Onda de calor se intensifica na Europa

Iniciado por noticias, 06, Agosto, 2018, 21:55

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Onda de calor se intensifica na Europa


   De norte ao sul do continente, termômetros continuam em alta. Cidades portuguesas marcam temperaturas mais altas de sua história, e Espanha registra primeiras mortes. Pessoas se divertem em fonte em dia de calor intenso na cidade basca de Vitória, no norte da Espanha
Alvaro Barrientos/AP
A onda de calor que castiga há semanas a Europa levou neste sábado (4) a temperaturas recordes em cidades portuguesas, causou três mortes na Espanha e chegou a derreter o asfalto na Holanda.
Em Portugal, a temperatura foi a mais alta registrada na história em 26 estações. Em Lisboa, foram 44 graus. Em Alvega, no distrito de Santarám, os termômetros chegaram a marcar 46,8ºC.
O atual recorde europeu foi registrado em 1977, em Atenas, quando os termômetros alcançaram 48°C.  O recorde na Espanha é de 47,3 graus, em Portugal, 47,4.
Em Lisboa, as autoridades fecharam parques e alertaram as pessoas a evitarem atividades ao ar livre durante o auge do calor. Refúgios para desabrigados foram abertos mais cedo, para que moradores de rua pudessem busca abrigo do calor.
Mulher se refresca em fonte em Lisboa, Portugal, no sábado (4)
Rafael Marchante/ Reuters
Na Espanha, já ocorreram três mortes: em Murcia (sudeste) um homem de 78 anos morreu enquanto realizava trabalhos agrícolas, vítima de insolação, e outro trabalhador, de 48 anos, também foi vítima das altas temperaturas. Em Barcelona (nordeste) um homem de meia idade, aparentemente sem-teto, morreu. Além disso, outro homem de 55 anos foi hospitalizado hoje em estado grave, após sofrer insolação na região de Murcia.
Na França, mais da metade do país está em alerta laranja, e as autoridades recomendaram evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes do dia.
A Alemanha, cujas máximas diurnas chegaram a 38°, também está sofrendo com o excesso de calor, além da estiagem, que já levou a perdas bilionárias na agricultura. Em julho praticamente não choveu no oeste, norte e leste do país.
Vista aérea mostra pessoas que aproveitam dia quente no lago Silbersee em Haltern, na Alemanha, no sábado (4)
Wolfgang Rattay/ Reuters
As águas do Mar Báltico no litoral alemão alcançaram temperaturas semelhantes às do litoral do Mediterrâneo francês, com até 27°C, dez a mais que o habitual, Além disso, o nível de alguns rios caiu para mínimos históricos, o que levou a restrições no transporte fluvial de mercadorias em alguns pontos do Reno. As autoridades de Berlim anunciaram que distribuirão água e protetor solar entre os sem-teto.
O Meteoalarm, o site da União Europeia (UE) que oferece informação sobre fenômenos climáticos adversos, emitiu alertas "vermelhos" por calor extremo em partes de Suíça, Croácia, Espanha e Portugal.
Este aviso, segundo o site, implica uma situação meteorológica "muito perigosa" e que "são prováveis graves danos e acidentes, em alguns casos com risco para a vida das pessoas".
Além disso, o site mantém o alerta laranja em amplas partes de França, Bélgica, Áustria, Lituânia, Estônia, Polônia, Noruega, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia e Grécia, por "situações perigosas por fenômenos incomuns, como altas temperaturas, que podem causar danos às pessoas".
Turistas fazem fila no elevador Santa Justa, em Lisboa, na sexta-feira (3)
Patricia de Melo Moreira / AFP
As elevadas temperaturas se devem ao sistema estacionário de alta pressão, um fenômeno que se repetiu de forma constante nas condições meteorológicas europeias durante os dois últimos meses, disse a porta-voz da Organização Meteorológica Mundial (OMM) Sylvie Castonguay.
A vice-secretária-geral da OMM, Elena Manaenkova, afirmou no último boletim da organização que "o ano de 2018 será um dos mais quentes já registrados, com novos recordes de temperatura em muitos países, o que não é surpreendente".
"As ondas de calor extremo que estamos vivendo são condizentes com os efeitos esperados da mudança climática causada pelas emissões de gases do efeito estufa. Não se trata de um cenário futuro, está acontecendo agora", disse a vice-secretária-geral da OMM.

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