34 soldados dos EUA foram diagnosticados com lesão cerebral depois de ataque do Irã a bases no Iraque, diz Pentágono

Iniciado por noticias, 26, Janeiro, 2020, 09:00

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34 soldados dos EUA foram diagnosticados com lesão cerebral depois de ataque do Irã a bases no Iraque, diz Pentágono


   As bases, que abrigavam forças americanas, foram atacadas pelo Irã no dia 7 de janeiro. Há dois dias, o presidente americano havia dito que as lesões sofridas pelos soldados não eram graves.  Logo do Pentágono é visto na sala de briefing do Departamento de Defesa americano em Arlington, na Virgínia.
Al Drago/Reuters
O Pentágono informou, nesta sexta-feira (24), que 34 soldados americanos foram diagnosticados com lesões cerebrais traumáticas depois do ataque do Irã a bases no Iraque que abrigavam forças dos EUA.
O porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman, disse em coletiva de imprensa que 17 soldados ainda estão sob observação médica, e 8 que haviam sido levados à Alemanha foram transferidos para os Estados Unidos nesta sexta. Outros 9 continuam na Alemanha.
Na semana passada, as forças armadas americanas haviam dito que 11 soldados tinham sido tratados por sintomas de concussões depois dos ataques - especificamente à base de Ain Al-Asad. As forças militares disseram, ainda, que mais soldados haviam sido retirados do Iraque por causa de possíveis lesões, segundo a Reuters.
Bases iraquianas sofrem ataques
Cido Gonçalves/G1
'Não é muito grave', declarou Trump
Na quarta-feira (22), o presidente americano, Donald Trump, havia dito em uma entrevista em Davos, na Suíça, que as lesões não eram graves.
"Eu ouvi que eles tiveram dores de cabeça e algumas outras coisas... e eu posso dizer que não é muito grave", declarou Trump.
"Não, eu não considero que sejam lesões muito graves comparadas a outras que já vi. Já vi pessoas sem pernas e sem braços. Eu vi pessoas que foram terrivelmente, terrivelmente feridas naquela área, naquela guerra", disse o presidente.
Desde o ataque à base no Iraque, em 7 de janeiro (horário de Brasília), Trump disse e repetiu que nenhum americano havia sido morto ou ferido: poucas horas depois do lançamento dos mísseis contra o local, o presidente americano declarou, no Twitter, que estava "tudo bem", e, no dia seguinte, fez um pronunciamento em que repetiu a afirmação.
O ataque do Irã foi uma retaliação do país persa ao assassinato, pelos Estados Unidos, do general iraniano Qassem Soleimani, no dia 2 de janeiro (horário de Brasília). O militar foi morto em um ataque aéreo em Bagdá, no Iraque, depois de uma série de ofensivas entre Irã e EUA:
No dia 27 de dezembro, milícias financiadas pelo Irã atacaram uma outra base iraquiana que abrigava forças dos Estados Unidos, matando um civil dos EUA.
Em resposta, os americanos atacaram bases milicianas no Iraque e na Síria, matando 24 pessoas.
No dia 31 de dezembro, milicianos invadiram o complexo de prédios da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá. O local ficou sitiado até que líderes das milícias ordenaram a liberação do lugar, pouco mais de 24 horas depois.
Dois dias depois (pelo horário de Brasília; madrugada de 3 janeiro no Iraque), o ataque aéreo dos EUA, ordenado por Trump, matou Soleimani na capital iraquiana.

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