Amigosdaeletronica

   Ele confessou ter mentido sobre interferência nas eleições presidenciais de 2016. Ex-assessor de Trump, Michael Flynn chega a tribunal em Washington para ouvir sua sentença, na terça-feira (18)
Jonathan Ernst/Reuters
O juiz federal Emmet Sullivan concordou em adiar para março a sentença de Michael Flynn, ex-assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump, que deveria ser anunciada nesta terça-feira (18).
Ele confessou ter mentido ao FBI sobre a suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, vencidas pelo republicano.
Atualmente Flynn ainda colabora com a investigação do tema. Por isso, seus advogados pediram que o prazo fosse ampliado, para que ele pudesse concluir sua cooperação e ter uma eventual pena diminuída com base em suas contribuições.
Segundo a Associated Press, o pedido veio depois que o juiz federal Emmet Sullivan avisou a Flynn que, se ele fosse sentenciado como previsto nesta terça-feira, poderia não receber todo o crédito a que tinha direito por ajudar na investigação.
Embaixador russo
Segundo documentos divulgados pelo tribunal que cuida do caso em Washington, Michael Flynn foi indiciado por ter feito afirmações falsas "propositalmente" ao órgão federal. Flynn trabalhou com o presidente dos EUA em sua campanha presidencial e como membro do governo por apenas 24 dias.
Quando foi ouvido pelo tribunal, Flynn afirmou ao FBI que não havia conversado sobre sanções com o embaixador russo dos EUA à época, Sergei Kislyak. Mas, de acordo com o "New York Times", Flynn não só debateu as sanções impostas pelo governo Obama como também falou sobre uma votação referente a Israel junto ao Conselho de Segurança da ONU – onde a Rússia tem assento permamente e poder de veto.
Flynn foi o conselheiro de segurança que ficou menos tempo no cargo na história dos EUA. As suspeitas sobre os contatos entre a equipe de Trump e a Rússia durante a campanha e imediatamente depois de sua vitória eleitoral provocaram verdadeiros terremotos políticos no novo governo.