Afeganistão: Talibã reprime protesto por direitos das mulheres em Cabul

Iniciado por noticias, 07, Setembro, 2021, 16:34

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Afeganistão: Talibã reprime protesto por direitos das mulheres em Cabul

Mulheres dizem que Talibã usou gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar o último protesto. Mulheres realizam protesto por emprego no Afeganistão
Combatentes do Talibã interromperam no sábado (4) uma manifestação de dezenas de mulheres em Cabul. Elas estavam protestando por seus direitos depois que o Afeganistão foi tomado pelo grupo.
As mulheres afirmam que o Talibã as alvejou com gás lacrimogêneo e spray de pimenta enquanto tentavam caminhar de uma ponte até o palácio presidencial.
Mulheres afegãs protestam em Cabul, em 3 de setembro de 2021
Wali Sabawoon/AP
O Talibã, por sua vez, afirmou que o protesto saiu do controle, de acordo com o serviço de notícias afegão Tolo News.
É o mais recente de vários protestos de mulheres em Cabul e Herat, a terceira maior cidade do Afeganistão.
As mulheres reivindicavam o direito de trabalhar e serem incluídas no governo.
Protesto de mulheres em Cabul, em 3 de setembro de 2021
Stringer/Reuters
O Talibã diz que anunciará a composição de seu governo nos próximos dias, e já declarou que as mulheres poderão se envolver no governo, mas não ocupar cargos ministeriais.
Muitas mulheres temem um retorno à forma como eram tratadas quando o Talibã estava no poder, entre 1996 e 2001. As mulheres foram forçadas a cobrir o rosto, e punições severas eram aplicadas por pequenas transgressões.
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"Vinte e cinco anos atrás, quando o Talibã chegou, eles me impediram de ir à escola", disse a jornalista Azita Nazimi à Tolo News.
"Depois de cinco anos de governo deles, eu estudei por 25 anos e trabalhei muito. Pelo bem do nosso futuro, não vamos permitir que isso aconteça."
Outro manifestante, Soraya, disse à Reuters que combatentes do grupo usaram carregadores de armas para bater na cabeça de mulheres durante o protesto, deixando-as ensanguentadas.
Enquanto isso, no fim de semana, houve confrontos no Vale Panjshir, ao norte de Cabul, onde combatentes da resistência frustraram os esforços do Talibã para tomar o controle da região.
O vale, que fica em uma província de mesmo nome, tornou-se um centro de resistência isolado no país contra o Talibã, formado por combatentes de diferentes etnias e ex-membros das forças armadas afegãs - supostamente na casa dos milhares.
Mas o Talibã afirma ter assumido o controle de mais dois distritos e diz estar se dirigindo para o centro da província de Panjshir.
Um porta-voz da Frente de Resistência Nacional do Afeganistão disse que os combates continuavam lutando e que milhares de combatentes do Talibã haviam sido cercados.
O Vale Panjshir, que abriga entre 150 mil e 200 mil pessoas, foi um centro de resistência quando o Afeganistão estava sob ocupação soviética na década de 1980 e durante o período anterior de governo do Talibã.
O líder da Frente de Resistência Nacional, Ahmad Massoud, elogiou os protestos de mulheres e disse que Panjshir segue resistindo.
Nenhuma das alegações da Frente de Resistência Nacional ou do Talibã pôde ser verificada de forma independente.
No sábado, o general americano Mark Milley, chefe do Estado-Maior dos EUA, questionou se o Talibã seria capaz de fazer a transição de uma força insurgente para um governo, dizendo que havia uma "boa probabilidade" de guerra civil.
"Isso, por sua vez, levará a condições que podem, de fato, levar à reconstituição da Al-Qaeda ou ao crescimento do EI [grupo extremista autodenominado Estado Islâmico]", disse ele à Fox News.
No Reino Unido, em entrevista à BBC, o chefe das Forças Armadas, general Nick Carter, defendeu a inteligência militar contra as críticas de que ela falhou em prever o avanço do Talibã, dizendo que até os próprios combatentes ficaram surpresos com a facilidade com que assumiram o controle do Afeganistão.
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