Ao lado de Biden, Lula diz que EUA e Brasil devem se comportar como 'amigos' em busca de objetivo comum

Iniciado por noticias, 22, Setembro, 2023, 22:27

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Ao lado de Biden, Lula diz que EUA e Brasil devem se comportar como 'amigos' em busca de objetivo comum


     Presidentes brasileiro e norte-americano lançam plano pró-trabalhadores nesta quarta-feira (20), em Nova York. Parceria também visa melhores condições de emprego para quem trabalha por meio de aplicativos. Lula e o presidente norte-americano, Joe Biden, em reunião nos EUA
Ricardo Stuckert/Presidência da República
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (20) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova York. Após o encontro, o segundo entre os presidentes neste ano, Lula e Biden lançaram a "Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras".
A proposta prevê ações conjuntas para ampliar discussões sobre melhorias nas condições de trabalhadores (veja mais abaixo). Em fala ao lado do presidente norte-americano, Lula disse que EUA e Brasil devem se comportar como "amigos", em busca de um propósito comum.
"Espero que a relação Estados Unidos e Brasil seja aperfeiçoada e que a gente se trate e se comporte como amigos em busca de um objetivo comum: desenvolvimento e melhoria de vida do povo", disse.
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Lula viajou a Nova York para participar do debate de chefes de Estado e governo da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Além do discurso no plenário da ONU, ele aproveitou a viagem para se reunir com outros chefes de Estado e de governo, e para lançar a parceria com os EUA.
Ao lado de Biden, que derrotou o então presidente Donald Trump nas eleições de 2020, Lula disse que a "negação da política" ameaça a democracia e tem provocado o surgimento de grupos extremistas em todo o mundo.
"A democracia cada vez se corre mais perigo porque a negação da política tem feito com que setores extremistas tentem ocupar o espaço, em função da negação política. Isso já aconteceu no Brasil, está acontecendo na Argentina e está acontecendo em vários outros países", afirmou.
O presidente brasileiro também voltou a defender o combate às desigualdades como uma prioridade na agenda mundial.
"Estamos tentando convencer as pessoas que, quanto menos pobre existir na humanidade, melhor ainda será para os ricos. A pobreza e a desigualdade não interessam a ninguém", disse.
Parceria pró-trabalhadores
Segundo o governo brasileiro, Brasil e Estados Unidos pretendem, juntos, incentivar a geração de empregos com cobertura de direitos trabalhistas e proteger quem trabalha por meio de plataformas digitais, a exemplo de transporte de passageiros e entrega de refeições.
O governo brasileiro informou que a parceria com os EUA tem os seguintes objetivos:
Ampliar o conhecimento sobre direitos trabalhistas;
Garantir que a transição energética ofereça empregos que não sejam precários;
Aumentar a importância dos trabalhadores em organismos como G20 e nas conferências do clima (COP 28 e COP 30);
Apoiar e coordenar programas de cooperação técnica relacionados ao trabalho;
Capacitar trabalhadores e proteger direitos de quem trabalha por meio de plataformas digitais;
Buscar parceiros do setor privado para criar empregos dignos nas principais cadeias de produção, combater a discriminação e promover a diversidade.
Reunião com Zelensky
'A expectativa é de uma conversa de dois presidentes de países', diz Lula sobre encontro com Zelensky
Lula terá uma audiência, ainda nesta quarta, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Será o primeiro encontro entre os dois chefes de Estado.
O encontro entre Lula e Zelensky, que já conversaram por telefone, é negociado há meses pelos dois países.
Em maio, o ucraniano tentou se encontrar com Lula durante a cúpula do G7, no Japão, mas o governo brasileiro alegou que Zelensky se atrasou e não compareceu à reunião.
'Vou conversar sobre os problemas que ele quer conversar comigo', diz Lula sobre encontro com Zelensky
Lula tem sido criticado por países ocidentais em razão de uma posição neutra em relação à guerra entre Ucrânia e Rússia.
O presidente é crítico da invasão militar feita pela Rússia, porém não aceitou até o momento fornecer armas à Ucrânia. Lula deseja reunir países considerados neutros no conflito para uma negociação de paz.

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