Amigosdaeletronica

Lionel Messi, que marcou de pênalti, e Julián Álvarez, que fez os outros dois gols, foram os destaques da partida.  Argentina vence Croácia por 3 a 0 e está na final da Copa
Uma vitória robusta, por 3 a 0, na semifinal contra a Croácia, autorizou milhões de torcedores argentinos a continuar sonhando com o tricampeonato mundial de futebol.
Argentina conquista torcedores de diferentes países no jogo contra a Croácia
Análise: como a Argentina venceu o duelo tático contra a Croácia
Jornais estrangeiros veneram Messi após classificação argentina
Um rosto é a mistura do cansaço com a realização. Os outros, a impotência diante do que não se consegue explicar.
Por onde ele passa, como ele consegue? Fica mais fácil de entender se a gente observa todos os que estão ao redor, batalhando por cada centímetro de campo.
Escudeiros e devotos de Lionel ao mesmo tempo. Alguns 15, 16 anos mais jovens que o ídolo como Enzo Fernandez, aos 21, uma das joias argentinas que brilham nessa Copa.
Foi dele o primeiro chute a gol da semifinal e o primeiro passe decisivo, aprovado facilmente pelo selo Messi de qualidade, deixando outra revelação, Julián Álvarez, 22 anos, de frente para o goleiro Livakovic. Sem alternativas, o paredão croata cometeu o pênalti.
Por mais que estejam ganhando espaço, há hierarquias que devem ser respeitadas. O goleiro Dibu Martinez nem precisava virar de costas porque os pênaltis, na Argentina, são de responsabilidade do capitão. Messi, com força, raiva? Não dá bola, nunca. E ele agora é, também, artilheiro dessa Copa ao lado de Mbappé, com cinco gols.
Dois minutos depois, um erro da Croácia virou contra-ataque pela cabeça do zagueiro Otamendi, a ponta do pé de Messi e uma correria em que, mesmo de forma atrapalhada, o atacante Julián Álvarez não desistiu. Não deu o passe para o lateral Molina e se viu diante do gol.
Álvarez contou que viu os companheiros passando, mas que seguiu em frente. A bola quicou, bateu em muita gente, mas, por sorte, voltou pra ele. Premiado três vezes pelo gol, pelo afago de um craque depois e pelos aplausos de outro. Nem Ronaldinho Gaúcho resistiu ao baile e o passo mais belo desse tango ainda estava por vir.
Messi recebeu um passe na lateral do campo, distante do gol, já com pernas pesadas de quem jogou todos os minutos da Argentina na Copa até hoje. E foi em frente, para um lado, para o outro, e mais uma vez, e deixou o marcador tonto. Passou, entrou na área e em um toque deu o gol a Julián Álvarez.
A Argentina, assim, devolvia os 3 a 0 sofridos contra a Croácia há quatro anos, na fase de grupos da Copa da Rússia. Só que, dessa vez, valeu a vaga para a decisão da Copa do Catar.
O camisa 10 argentino disse que muita coisa estava passando pela cabeça dele naquele momento, que estava muito emocionado de ver a festa da torcida e das famílias.
Depois do título de 1986, a Argentina perdeu as duas finais de Copa que disputou. Esta será a terceira tentativa de conquistar a terceira estrela na camisa, um desejo que embala torcida e jogadores.
"Quero ganhar a terceira, quero ser campeão mundial", canta a arquibancada, canta o banco, canta um país inteiro. A canção símbolo da campanha fala de um sonho, de Maradona, de Messi, provoca o Brasil, mas acima de tudo fala de orgulho. Um orgulho que estes rapazes, que esses muchachos já resgataram, aconteça o que acontecer no domingo (18).