Brasileira que abrigou refugiados da guerra em apartamento relata rotina de 'distrações' para crianças: 'Realidade batendo'

Iniciado por noticias, 12, Março, 2022, 06:41

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Brasileira que abrigou refugiados da guerra em apartamento relata rotina de 'distrações' para crianças: 'Realidade batendo'


   Kati Fernanda Marangon, 39 anos, de Sorocaba (SP), conseguiu abrigar uma mãe e dois filhos na Hungria. Pai das crianças ficou na Ucrânia. Crianças ucranianas brincam com bolhas de sabão em apartamento onde foram abrigadas por brasileira na Hungria
Arquivo pessoal
A brasileira de Sorocaba (SP) que mora na Hungria e acolheu uma família de refugiados da Ucrânia, no último sábado (5), contou como tenta manter as crianças distraídas.
Kati Fernanda Marangon, de 39 anos, abrigou uma mãe e dois filhos que fugiram da guerra. O pai dos meninos teve que ficar na Ucrânia e não conseguiu acompanhar a família para longe do conflito.
Segundo a brasileira, ela encontrou os três na fronteira e os levou para um apartamento alugado exclusivamente para a ação em frente ao que mora, na cidade de Budapeste, capital da Hungria.
"A realidade está batendo cada vez mais forte. Agora ela [mãe] chora. Nos contou que onde ela mora, uma área residencial com mais ou menos 170 apartamentos, apenas três pessoas ficaram. Não há água, comida, eletricidade, calefação, nada. Ela conseguiu falar com uma pessoa que está lá e pediu para arrombarem a porta do apartamento para pegar comida", conta Kati.
Cidade de Beregsurány, que fica na fronteira entre a Hungria e a Ucrânia
Arquivo pessoal
Apesar das dificuldades, as crianças conseguem se distrair com a televisão e brincadeiras, como bolhas de sabão, segundo a sorocabana.
"Dá para perceber a mudança de comportamento. O pequenino estava chorando bastante, doentinho, e agora está melhorando. Sorri o tempo todo. Já o maiorzinho chega na minha casa e deita na minha cama para assistir TV", diz.
Kati também contou que eles comemoraram de forma simples o aniversário de 40 anos da mãe das crianças, na quarta-feira (9).
"Levá-la na manicure e para tomar café da manha em um lugar bem bacana aqui em Budapeste são coisas bem simples, mas que trazem conforto", ressalta.
Doações recebidas de amigos e conhecidos
Arquivo pessoal
Possível reencontro
De acordo com a brasileira, o marido e pai das crianças precisa ficar na Ucrânia durante o período em que a Lei Marcial estiver em vigor no país. A lei é uma norma implementada em cenários de conflitos, crises civis e políticas, que substitui as leis e autoridades civis por leis militares.
Desde o dia 25 de fevereiro, um dia depois de decretar a Lei Marcial, a Ucrânia decidiu que todos os cidadãos do sexo masculino de 18 a 60 anos ficassem no país.
No entanto, Kati contou que ele está hospedado em uma pequena cidade próxima da fronteira com a Hungria, e que está tentando promover um encontro entre o pai e as crianças.
"Estou vendo um jeito para que ele possa ver a esposa e as crianças, nem que seja por cinco minutos. Ele não pode atravessar, mas o que separa uma nação da outra são apenas alguns passos. Então eles podem estar frente a frente sem estar no país", explica.
Apartamento onde brasileira recebe família de refugiados da Ucrânia
Arquivo pessoal
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