Exército da República Democrática do Congo liberta mais de 150 reféns de grupo ligado ao Estado Islâmico

Iniciado por noticias, 26, Julho, 2021, 21:43

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Exército da República Democrática do Congo liberta mais de 150 reféns de grupo ligado ao Estado Islâmico

Mulheres, idosos e crianças foram sequestrados pelo grupo armado das Forças Democráticas Aliadas, que atua no país há mais de 30 anos.  O Exército da República Democrática do Congo anunciou, neste domingo (25), que libertou mais de 150 reféns sequestrados pelo grupo armado das Forças Democráticas Aliadas (ADF), considerado o braço do Estado Islâmico na África Central.
"Após as ofensivas contra as ADF de 18 a 20 de julho nas localidades de Boga e Tchabi, no território de Irumu, o Exército conseguiu libertar mais de 150 civis: mulheres, idosos, crianças e jovens", anunciou o tenente Jules Ngongo, porta-voz militar em Ituri.
De acordo com o comunicado oficial, "não se trata de combatentes terroristas que se renderam. As Forças Democráticas Aliadas usavam esses civis feitos reféns como escudos humanos. Neste atual momento, eles atuam livremente na região".
Os vilarejos de Boga e Tchabi estão localizados a cerca de 120 km ao sul de Bunia, capital da província de Ituri, onde os rebeldes da ADF estão presentes.
16 são mortos em emboscada na República Democrática do Congo
Um líder local, Rubingo Kabimba, confirmou à AFP que cerca de 20 pessoas de Boga foram libertadas, mas indicou que "outras 16 ainda estão desaparecidas".
No final de maio, as autoridades locais acusaram os rebeldes da ADF de terem matado, pelo menos, 50 civis nas aldeias de Boga e Tchabi, onde também atacaram um campo de refugiados.
Grupo perigoso e letal
As Forças Democráticas Aliadas eram originalmente rebeldes muçulmanos de Uganda, mas que estão presentes no leste da República Democrática do Congo há quase 30 anos.
É o grupo mais perigoso e letal entre os cerca de 100 ativos no leste do país. É acusado de massacres de civis que causaram, pelo menos, 6 mil mortes desde 2013, de acordo com um relatório do episcopado congolês.
Desde abril de 2019, a organização terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por alguns dos ataques cometidos pelas ADF por meio de seus canais nas redes sociais. O Estado Islâmico considera esse grupo como parte integrante da sua "Província da África Central" (Iscap, na sigla em inglês).
Em março, os Estados Unidos incluíram as Forças Democráticas Aliadas em sua lista de "organizações terroristas" afiliadas ao Estado Islâmico. Além disso, em várias mensagens, os rebeldes deste grupo afirmam pertencer à organização extremista, mas ainda restam dúvidas sobre essas supostas ligações.

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