Dólar tem maior queda desde dezembro e volta a ser cotado abaixo dos R$ 5

Iniciado por noticias, 04, Maio, 2022, 11:00

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Dólar tem maior queda desde dezembro e volta a ser cotado abaixo dos R$ 5


   Nesta terça-feira (3), a moeda norte-americana recuou 2,14%, a R$ 4,9625. Notas de dólar e real
 Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
O dólar fechou em queda de 2,14%, cotado a R$ 4,9625, nesta terça-feira (3). Essa foi a maior queda diária desde 30 de dezembro do ano passado (-2,12%).
Nesta sessão, o foco dos mercados esteve na trajetória da taxa de juros nos EUA e no Brasil.  Uma nova oferta de liquidez da autoridade monetária local no mercado de câmbio também ajudou a alimentar as perdas do dólar, segundo operadores.
Com o resultado desta terça, a moeda norte-americana passou a acumular alta de 0,40% no mês e queda de 10,98% no ano frente ao real. Veja mais cotações.
Já o Ibovespa  caiu 0,10%, a 106.528 pontos.
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Os mercados globais seguem guiados pelas apostas de uma alta mais agressiva dos juros nos EUA e por preocupações com os impactos da guerra na Ucrânia na economia e inflação global.
O Federal Reserve (Fed, o banco central do EUA) anuncia nesta quarta-feira a sua decisão, e a expectativa é que de aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, para o intervalo de 0,75% a 1%.
"A narrativa até o momento este ano tem sido muito orientada pela inflação e pela taxa de juros. O que os mercados estão tentando avaliar agora é uma desaceleração no crescimento global e o impacto que isso tem sobre a política monetária no futuro", disse Dan Boardman-Weston, diretor executivo da BRI Wealth Management.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também anuncia na quarta-feira a nova taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, atualmente em 11,75%, e a expectativa é de elevação para 12,75% diante da inflação persistentes. O mercado financeiro projeta uma Selic em 13,25% ao ano no final de 2022.
Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar frente a outras moedas.
Mais cedo, o IBGE divulgou o resultado da produção industrial, que cresceu 0,3% em março, permanecendo abaixo do patamar pré-pandemia.

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