Eleições nos EUA 2024: Trump é oficializado como candidato republicano e escolhe J.D. Vance para ser vice de sua chapa

Iniciado por noticias, 19, Julho, 2024, 06:41

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Eleições nos EUA 2024: Trump é oficializado como candidato republicano e escolhe J.D. Vance para ser vice de sua chapa


     James David Vance é um senador republicano pelo estado de Ohio. Aos 39 anos, Vance talvez seja o mais alinhado ideologicamente com o ex-presidente e adicionaria um contraste millennial à chapa do partido, energizando a base apoiadora de Trump. J.D. Vance também foi oficializado como candidato a vice na Convenção Nacional do Partido Republicano. Donald Trump (à esquerda) escolheu o senador republicano J.D. Vance para ser seu vice em 15 de julho de 2024.
Marco Bello/Rebecca Cook/Reuters
Donald Trump foi oficializado como candidato do Partido Republicano à Casa Branca nesta segunda-feira (15). A formalização do resultado das prévias do partido ocorreu durante o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana.
Trump também anunciou a escolha de J.D. Vance para ser o vice-presidente de sua chapa à Casa Branca. James David Vance é um senador republicano pelo estado de Ohio. Vance também foi oficializado como candidato a vice durante a Convenção Republicana nesta segunda.
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"Após longas deliberações e reflexões, e considerando os enormes talentos de muitos outros, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do estado de Ohio", disse Trump em post de sua rede social, Truth Social.
Vance talvez seja o mais alinhado ideologicamente com o ex-presidente e energizaria sua base. Aos 39 anos, ele adicionaria um contraste millennial aos homens mais velhos no topo das chapas de seus partidos. No entanto, Vance serviu no Senado americano por menos de dois anos. Saiba mais sobre quem é J.D. Vance abaixo.
Antes de o anunciar oficialmente, Trump disse à rede "Fox News" que Vance "será um grande vice-presidente". Segundo a Constituição americana, o cargo de vice-presidente é limitado. (Leia mais abaixo)
Jovem, autor de best-seller e ex-crítico de Trump: quem é J.D. Vance, candidato a vice na chapa de Trump
Guga Chacra: J.D. Vance, vice de Trump, é 'anti-elite' e já foi crítico do ex-presidente
O presidente Joe Biden se pronunciou sobre Vance após o anúncio de Trump: "Sobre J.D. Vance, é o seguinte: ele fala muito sobre os trabalhadores. Mas agora, ele e Trump querem aumentar os impostos das famílias de classe média enquanto promovem mais cortes de impostos para os ricos", disse Biden em publicação no X (antigo Twitter).
Biden é o vencedor das prévias democratas e candidato do partido até o momento, apesar da pressão que vem sofrendo para desistir da corrida e deixar um novo político assumir a candidatura democrata para a Casa Branca.
O Partido Democrata também se manifestou, chamou J.D. Vance de extremista e "ultra-MAGA", se referindo ao slogan "Make America Great Again" ("Faça os EUA Grandes Novamente", em português). A publicação no X (antigo Twitter) foi apagada minutos depois.
A escolha foi feita por Trump no contexto da Convenção Nacional Republicana, realizada em Milwaukee, Wisconsin. O evento está no primeiro dia nesta segunda e vai até a quinta-feira (18).
Outras duas figuras republicanas concorriam com J.D. Vance para a nomeação, o governador da Dakota do Norte, Doug Burgum, e o senador Marco Rubio, da Flórida. Burgum e Rubio foram avisados mais cedo nesta segunda que não foram escolhidos, segundo fontes da Associated Press e da Reuters.
Quem é J.D. Vance
J.D. Vance
Rebecca Cook/Reuters
Vance nasceu e foi criado em Middletown, Ohio. Ele entrou para os Marines e serviu no Iraque, e mais tarde obteve diplomas da Ohio State University e da Yale Law School. Ele também trabalhou como capitalista de risco no Vale do Silício.
Vance se destacou com sua autobiografia, o best-seller de 2016 "Hillbilly Elegy", que foi publicado enquanto Trump estava se candidatando pela primeira vez à presidência. O livro deu a Vance a reputação de alguém que poderia ajudar a explicar o apelo do empresário nova-iorquino entre os americanos médios, especialmente entre os eleitores brancos rurais da classe trabalhadora que ajudaram Trump a vencer a presidência.
"Hillbilly Elegy" também apresentou Vance à família Trump. Donald Trump Jr. adorou o livro e conhecia Vance quando ele iniciou sua carreira política. Os dois se deram bem e continuam amigos.
➡️ Vance foi eleito para um cargo público pela primeira vez em 2022
Depois que Donald Trump venceu a eleição de 2016, Vance voltou para sua terra natal em Ohio e criou uma instituição de caridade anti-opioides. Ele também participou de circuitos de palestras e era um convidado favorito nos jantares do Partido Republicano, onde sua história pessoal — incluindo as dificuldades que Vance enfrentou devido ao vício em drogas de sua mãe — ressoava.
As aparições de Vance eram oportunidades para vender suas ideias para consertar o país e ajudaram a preparar o terreno para entrar na política em 2021, quando ele disputou a vaga no Senado deixada pelo republicano Rob Portman, que se aposentou.
Trump endossou Vance. Vance venceu uma primária republicana disputada e a eleição geral.
Nome de J.D. Vance é anunciado como vice na chapa de Trump
➡️ Vance passou de opositor a aliado feroz de Trump
Vance era um republicano "never Trump" em 2016. Ele chamou Trump de "perigoso" e "inapto" para o cargo. Vance, cuja esposa, a advogada Usha Chilukuri Vance, é indo-americana e mãe de seus três filhos, também criticou a retórica racista de Trump, dizendo que ele poderia ser o "Hitler americano".
Mas quando Vance conheceu Trump em 2021, ele reverteu sua opinião, citando as conquistas de Trump como presidente. Ambos minimizaram as críticas ferozes de Vance no passado.
Uma vez eleito, Vance tornou-se um aliado feroz de Trump no Capitólio, defendendo incessantemente as políticas e comportamentos de Trump.
➡️ Ele é uma voz conservadora proeminente
Kevin Roberts, presidente da Heritage Foundation, chamou Vance de uma voz líder para o movimento conservador, em questões importantes, incluindo uma mudança em relação à política externa intervencionista, economia de mercado livre e "cultura americana em geral".
Os democratas o chamam de extremista, citando posições provocativas que Vance tomou, mas às vezes depois alterou. Vance sinalizou apoio a uma proibição nacional do aborto após 15 semanas durante sua campanha para o Senado, por exemplo, mas suavizou essa posição depois que os eleitores de Ohio apoiaram esmagadoramente uma emenda de direitos ao aborto em 2023.
Sobre a eleição de 2020, ele disse que não teria certificado os resultados imediatamente se fosse vice-presidente e que Trump tinha "uma queixa muito legítima". Ele colocou condições para honrar os resultados da eleição de 2024 que ecoam as de Trump. Uma série de investigações governamentais e externas não encontraram nenhuma fraude eleitoral que pudesse ter alterado o resultado da derrota de Trump em 2020 para o presidente democrata Joe Biden.
No Senado, Vance às vezes adota uma postura bipartidária. Ele e o senador democrata de Ohio Sherrod Brown co-patrocinaram um projeto de lei de segurança ferroviária após um descarrilamento de trem em East Palestine, Ohio. Ele patrocinou uma legislação que estende e aumenta o financiamento para a restauração dos Grandes Lagos e apoiou uma legislação bipartidária que beneficia trabalhadores e famílias.
➡️ Vance traz habilidades de debate e arrecadação de fundos
Pessoas familiarizadas com o processo de seleção para vice-presidente disseram que Vance traria para a chapa republicana habilidades de debate, capacidade de arrecadação de fundos e a habilidade de articular a visão de Trump.
Charlie Kirk, fundador do grupo ativista conservador Turning Point USA, disse que Vance articula de forma convincente a visão America First e poderia ajudar Trump em estados que ele perdeu por pouco em 2020, como Michigan e Wisconsin, que compartilham os valores, demografia e economia de Ohio.
Vice-presidente nos EUA
Nos Estados Unidos, o cargo de vice-presidente é visto principalmente como substituto do presidente em caso de morte ou renúncia. Além disso, a posição é extremamente limitada, segundo a Constituição dos EUA.
John Adams, o primeiro vice-presidente dos Estados Unidos, reclamou amargamente de seu destino em uma carta à sua esposa, Abigail, em 1793: "Meu país, em sua infinita sabedoria, me designou para o cargo mais insignificante já imaginado pelo homem".
A função evoluiu com o tempo e hoje equivale a ser uma "espécie de conselheiro multifuncional" para o ocupante da Casa Branca, explicou Joel Goldstein, professor da Universidade de Saint Louis, à AFP.
A atual vice-presidente, Kamala Harris, lida principalmente com questões como o direito ao aborto e imigração. Seu caso desperta grande interesse devido à idade do presidente Biden.
A verdade é que os poderes do vice-presidente dependem muito da personalidade do presidente, observa Goldstein.
"E é difícil imaginar Trump permitindo que alguém roube seu protagonismo", garante.
Mas talvez a qualidade que Trump valorize acima de tudo seja a lealdade.
Seu ex-vice-presidente Mike Pence jurou lealdade absoluta ao republicano, mas em 6 de janeiro de 2021 se recusou a bloquear a validação da vitória de Joe Biden pelo Congresso, indo contra as ordens de Donald Trump.
Os apoiadores de Trump agora veem Mike Pence como um traidor, e Donald Trump descartou completamente escolhê-lo novamente como companheiro de chapa.
Quem são seus candidatos favoritos? É um mistério, mas vários nomes estão sendo cogitados, como Doug Burgum, Marco Rubio e J.D. Vance.
Sempre que questionado sobre o assunto, a equipe de Trump se refere à breve declaração de Brian Hughes, um de seus assessores: "Qualquer um que diga saber quem Donald Trump escolherá como vice-presidente, ou quando, está mentindo. A menos que essa pessoa se chame Donald Trump".
Nove vice-presidentes chegaram à presidência nessas circunstâncias. Os mais recentes foram Lyndon Johnson, após o assassinato de John F. Kennedy, e Gerald Ford, depois da renúncia de Richard Nixon devido ao escândalo Watergate.
Alguns optaram por buscar a presidência após seus mandatos, como Joe Biden, que foi vice de Barack Obama.

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