Estudos chineses relatam que não há transmissão do coronavírus de grávidas para bebês durante a gestação

Iniciado por noticias, 17, Março, 2020, 03:05

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Estudos chineses relatam que não há transmissão do coronavírus de grávidas para bebês durante a gestação


   Duas pesquisas não detectaram vírus em testes feitos em bebês. Cientistas esperam mais casos para comprovação.  Mulher faz compras com bebê usando máscara em Pequim, em meio à epidemia de coronavirus na China
REUTERS/Tingshu Wang
Um estudo publicado nesta segunda-feira (16) e outro na sexta-feira (13) relatam casos de mães grávidas que pegaram o novo coronavírus em Wuhan, na China, e não passaram a doença para os bebês.
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O artigo mais recente, publicado na revista "Frontiers in Pediatrics", trouxe a análise de quatro mães que estavam infectadas pelo vírus e que deram à luz em um hospital da cidade chinesa.
De acordo com o artigo dos pesquisadores, nenhum dos bebês desenvolveu os sintomas da Covid-19, como febre ou tosse, embora eles tenham sido isolados em unidades de terapia intensiva e tenham sido alimentados com fórmula. Três dos quatro recém-nascidos fizeram o teste para o coronavírus e o resultado foi negativo. Uma das mães não autorizou que o exame fosse feito.
Apesar dos artigos, no sábado foi divulgado pelo jornal britânico "The Guardian" que um bebê em Londres testou positivo para a doença. Os médicos ainda não sabem dizer se a criança foi contaminada durante a gestação ou no parto.
Um dos bebês teve um problema respiratório por três dias. Dois tiveram erupções pelo corpo que desapareceram com o tempo. As quatro crianças estão saudáveis.
"Não temos certeza de que a erupção tenha sido causada pela Covid-19 causada pela mãe", disse o co-autor do estudo, Yalan Liu.
O estudo publicado na última semana pela "The Lancet" também não encontrou evidências de que o vírus possa ser passado de mãe para filho durante a gestação.
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Desta vez, nove mães com a doença foram analisadas. Sete delas tiveram febre. Outros sintomas, como tosse (quatro mulheres), dor de cabeça (três), dor de garganta (duas), e mal-estar (duas) também foram observados. Nenhuma paciente desenvolveu pneumonia grave.
Os nove recém-nascidos foram testados. Foram usadas amostras de líquido amniótico, sangue do cordão umbilical, coleta de amostras da garganta dos bebês e leite materno de seis mães. Todos os exames apresentaram um resultado negativo para o Sars-Cov-2.
Os pesquisadores estão coletando amostras adicionais de recém-nascidos, incluindo placenta, sangue neonatal, líquido gástrico. Eles dizem que são necessárias mais análises científicas sobre outros aspectos da infecção por coronavírus nos bebês. Os testes diagnósticos têm uma eficiência de 71% na detecção do Sars-CoV-2, outro ponto que deverá ser levado em consideração.
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Infografia/G1
Idosos mais suscetíveis
Os idosos costumam ser mais vulneráveis a doenças infectocontagiosas – e a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, não é exceção. Relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde colocam os mais velhos entre os mais suscetíveis e entre aqueles afetados pelos maiores índices de letalidade quando atingidos pelo novo coronavírus.
Segundo o médico infectologista Caio Rosenthal, uma série de fatores colabora para que esse grupo seja mais afetado que a população em geral. Veja, abaixo, alguns deles:
O sistema imunológico dos idosos costuma ser deficiente por causa da idade
Mesmo as vacinas tomadas na juventude já não são tão eficazes, portanto há menos anticorpos no organismo
Os pulmões e mucosas tornam-se mais frágeis e vulneráveis a doenças virais
O idoso costuma engasgar e aspirar mais, inclusive levando mais a mão à boca, aumentando o risco de contágio
Ele também vai a hospitais com mais frequência, ficando mais exposto a micro-organismos
Veja os cuidados específicos que os mais velhos devem tomar:
Estar com as vacinas em dia
Controlar possíveis casos de diabetes e de outras enfermidades (como doenças cardíacas, por exemplo)
Manter-se fisicamente ativo
Reduzir, apenas quando possível, as idas a hospitais, para evitar contágio
As outras recomendações, diz o médico, são as mesmas destinadas a outras faixas da população: lavar bem as mãos, afastar-se de pessoas com suspeita de infecção e tentar não levar uma vida sedentária – além de não fumar.
O infectologista alerta que cuidadores e familiares que costumam ficar perto de idosos devem redobrar a atenção com relação à limpeza das próprias mãos e roupas antes de entrar em contato com os mais velhos.
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