EUA oferecem a palestinos 'oportunidade do século' para paz

Iniciado por noticias, 27, Junho, 2019, 09:04

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EUA oferecem a palestinos 'oportunidade do século' para paz


   Plano econômico para Oriente Médio foi apresentado por Jared Kushner, genro de Trump e conselheiro da Casa Branca. Autoridade Palestina decidiu boicotar reunião após criticar ausência de uma menção ao fim da ocupação israelense e a não abordagem de questões políticas.  Imagem retirada de vídeo do conselheiro da Casa Branca e genro do presidente dos EUA, Jared Kushner, durante discurso na abertura da conferência 'Da paz ?  prosperidade', em  Manama, no Bahrein, na terça-feira (25)
Stringer/AFP/Peace to Prosperity Workshop
O conselheiro da Casa Branca Jared Kushner propôs nesta terça-feira (25) aos palestinos a "oportunidade do século", caso aceitem os termos econômicos de seu plano de paz, em uma conferência no Bahrein.
Em seu discurso de abertura na conferência "Da paz ?  prosperidade", o genro do presidente Donald Trump afirmou que seu plano econômico para o Oriente Médio é "a oportunidade do século" para os palestinos, mas que sua aceitação é uma "condição prévia para a paz".
"Os Estados Unidos não abandonaram vocês", disse Kushner, dirigindo-se aos palestinos ao inaugurar a reunião de dois dias no Bahrein que foi boicoteada pela Autoridade Palestina.
"Aceitar um caminho econômico é um condição prévia para resolver as questões políticas sem solução até o momento", afirmou Kushner.
"Mas devemos ser claros: o crescimento econômico e a prosperidade para o povo palestino não podem ser alcançados sem uma solução política justa e duradoura que garanta a segurança de Israel e respeite a dignidade do povo palestino".
Kushner rejeitou a descrição pejorativa de "acordo do século", como alguns se referem ?  proposta. "A este esforço é melhor nos referirmos como a oportunidade do século, caso os líderes tenham a valentia de persegui-la".
Os palestinos consideram a abordagem econômica totalmente inoportuna sem uma solução das questões políticas.
Para isso, os palestinos pedem o fim da ocupação israelense para formar um Estado independente.
Embora as questões políticas não devam ser abordadas durante os dois dias de trabalho em Manama, Kushner reconheceu que deveriam ser tratadas posteriormente.
Ele disse ainda aos palestinos que eles estavam em desvantagem em acordos de paz anteriores.
"Minha mensagem direta ao povo palestino é que, apesar do que aqueles que o abandonaram no passado disseram, o presidente Trump e os Estados Unidos não o abandonaram", insistiu.
O encontro começará com um jantar em um hotel de luxo no Bahrein que, juntamente com outros países árabes do Golfo Árabe, pede a formação de uma frente comum com Israel por causa de sua hostilidade compartilhada em relação ao Irã.
O governo americano espera levantar mais de US$ 50 bilhões em projetos de infraestrutura, educação, turismo e comércio para os palestinos.
Os convidados incluem ministros das finanças dos países árabes do Golfo, o secretário do Tesouro americano Steven Manuchin e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Christine Lagarde.
Boicote
A Autoridade Palestina decidiu boicotar a reunião e seu primeiro-ministro, Mohamed Shtayeh, criticou a ausência de uma menção ao fim da ocupação israelense.
Centenas de palestinos protestaram na segunda-feira na Cisjordânia ocupada contra a conferência do Bahrein. Perto de Hebron, alguns deles sentaram-se em torno de um caixão com a inscrição "Não ao acordo do século", uma expressão pejorativa que faz referência ? s propostas de paz de Donald Trump.
A administração americana diz que pretende aplicar uma nova abordagem para acabar com o conflito, com um plano que pode ser revelado em novembro, depois das legislativas em Israel.
Segundo autoridades americanas, o plano não mencionará a solução de "dois Estados", um israelense e outro palestino.
Israel, que estará presente no Bahrein, criticou a liderança palestina. "Eu não entendo como os palestinos rejeitaram o plano antes mesmo de saber o que ele contém", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta terça-feira aos membros das Nações Unidas que continuem financiando a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), na abertura de outra conferência de arrecadação de fundos para essa entidade do organismo internacional.
A Autoridade Palestina enfrenta sérias dificuldades financeiras. Israel congelou parte dos impostos alfandegários que deve aos palestinos, justificando que a soma congelada corresponde ?  quantidade de ajuda dada pela Autoridade ? s famílias de palestinos presos ou mortos por terem cometido ataques contra Israel.
Antes da reunião no Bahrein, a Liga Árabe reiterou seu compromisso de entregar US$ 100 milhões por mês aos palestinos, mas não especificou de que maneira.
A promessa de grandes investimentos em favor dos palestinos veio depois que Washington congelou mais de US$ 500 milhões de ajuda, parou de financiar a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) e tomou inúmeras decisões em favor de Israel.

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