EUA tiveram mais de 2.000 ataques a tiros em escolas desde 1970

Iniciado por noticias, 30, Maio, 2022, 09:01

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EUA tiveram mais de 2.000 ataques a tiros em escolas desde 1970


   Cifra de 2.054 casos foi calculada pelo Centro de Defesa e Segurança Interna da Escola de Pós-Graduação Naval em Monterey, no Estado da Califórnia, e leva em conta todos os incidentes envolvendo armas de fogo nesses locais. Ataques a tiros contra escola primária Sandy Hook, em 2012, deixou 26 pessoas mortas
Getty Images/BBC
Os Estados Unidos tiveram mais de 2.000 ataques a tiros em escolas desde 1970, ou um a cada nove dias.
A cifra impressionante — de 2.054 casos — foi calculada pelo Centro de Defesa e Segurança Interna da Escola de Pós-Graduação Naval em Monterey, no Estado da Califórnia, e leva em conta todos os incidentes envolvendo armas de fogo nesses locais, independentemente do número de vítimas, hora do dia ou dia da semana.
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Desse total, mais de 1.500 aconteceram depois do massacre na escola primária Sandy Hook, em Newtown, no Estado de Connecticut, que matou 26 pessoas — 20 crianças com idades entre 6 e 7 anos e seis adultos. O caso foi em 2012.
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Na terça-feira (24), mais um ataque a tiros em uma escola primária, dessa vez em Uvalde, no Texas, chocou os Estados Unidos e se tornou o segundo mais mortal desde o ocorrido em Sandy Hook.
Armado com dois fuzis semiautomáticos do tipo AR-15 e 370 cartuchos de munição, Salvador Ramos, de 18 anos recém-completados, matou 19 crianças, dois professores.
Segundo parentes, Ramos adquiriu o armamento de forma totalmente legal.
As armas de fogo são a principal causa de morte entre crianças e adolescentes americanos. Uma em cada 10 vítimas por armas de fogo tem 19 anos ou menos, segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
Nos últimos dias, usuários do Twitter e do Facebook compartilharam uma longa lista com ataques a tiros em escolas do país desde 1998, demonstrando surpresa e choque.
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Desde o início deste ano, foram 27 deste tipo, que deixaram feridos e mortos, segundo a imprensa americana.
Dados indicam que os ataques a tiros em escolas nos EUA voltaram aos níveis pré-covid e até aumentaram.
No entanto, uma pesquisa do Departamento de Segurança Interna americano mostra que, se a população estiver ciente dos "sinais" da violência com armas de fogo, é possível preveni-la e reverter a tendência.
Entre esses "sinais", o de que 93% dos autores planejaram o ataque a escolas com antecedência, de acordo com um estudo abrangente sobre o tema realizado pelo Serviço Secreto e pelo Departamento de Educação do país.
Porém, na maioria dos casos (quatro em cada cinco), pelo menos uma outra pessoa tinha conhecimento do plano do agressor, mas não o denunciou.
O ataque recente em Uvalde renovou os apelos por um maior controle sobre as armas de fogo no país, mas mudanças na legislação sofrem obstáculos — antigos e novos.
Para especialistas da área, a possibilidade de progresso é remota — e há chances reais de retrocessos em Estados que já conseguiram avanços nesse campo, com a Justiça dando ganho de causa a processos movidos por defensores do direito ao porte de armas.
Segundo a ONG Gun Violence Archive, que contabiliza dados de violência por armas de fogo nos EUA, foram 2.000 tiroteios em massa desde 2012 — a entidade considera "tiroteio em massa" quando mais de quatro pessoas foram feridas ou mortas, excluindo o perpetrador do ataque.
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