Governo de Belarus retira credenciais de jornalistas estrangeiros; protestos contra Lukashenko continuam

Iniciado por noticias, 31, Agosto, 2020, 15:00

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Governo de Belarus retira credenciais de jornalistas estrangeiros; protestos contra Lukashenko continuam


   Jornais e agências de notícias relataram inclusive deportações de repórteres na véspera de grande manifestação contra o regime de Alexander Lukashenko.  Com guarda-chuvas com as cores da oposição a Alexander Lukashenko (branco e vermelho), mulheres protestam na capital de Belarus, Minsk, neste sábado (29)
 BelaPAN via Reuters
O governo de Belarus retirou neste sábado (29) as credenciais de jornalistas da imprensa estrangeira e chegou a deportar alguns desses profissionais. A medida foi tomada na véspera de uma nova megamanifestação para contra o presidente Alexander Lukashenko.
Segundo o porta-voz da diplomacia bielorrussa, Anatoli Glaz, esta decisão foi tomada de acordo com a recomendação da comissão interministerial de combate ao extremismo e ao terrorismo.
Milhares de mulheres protestam em Belarus contra o governo
Ele não especificou quantos jornalistas foram afetados pela medida, mas a mídia estrangeira, como a BBC e a Radio Liberty, já informaram que vários dos seus correspondentes tiveram o credenciamento suspenso.
"Pedimos às autoridades que nos devolvam os credenciamentos para que eles possam continuar a fornecer informações independentes e verídicas sobre o que está acontecendo em Belarus", afirmou o diretor de Informação da agência France Presse, Phil Chetwynd.
Por sua vez, a agência americana Associated Press informou que dois de seus jornalistas enviados de Moscou foram deportados de volta à Rússia no sábado.
"O Ministério das Relações Exteriores de Belarus me ligou e informou sobre o cancelamento da minha credencial e de uma das minhas colegas, como correspondentes da BBC. Eles exigiram que eu entregasse meu cartão", contou a jornalista Tatiana Melnichuk à AFP.
Protestos em Belarus
Mulheres protestam contra violência policial do governo de Belarus a manifestantes, em ato em Minsk neste sábado (29)
BelaPAN via Reuters
O presidente bielorrusso, Alexandre Lukashenko, que está no poder desde 1994, enfrenta desde as eleições de 9 de agosto um movimento de protestos sem precedentes por sua suposta vitória com 80% dos votos, que a oposição denuncia como fraudulenta.
Neste sábado, um grupo de mulheres marchou pelas ruas de Minsk para pedir o fim da repressão policial aos manifestantes.
Liderada por Svetlana Tikhanovskaya, que encontra-se refugiada na Lituânia, a oposição organizou duas grandes manifestações nos dias 16 e 23 de agosto e convocou outro grande protesto para o domingo.
VEJA TAMBÉM: 'Nosso povo acordou', diz líder da oposição em Belarus
Alexander Lukashenko apareceu no domingo (23) com um colete à prova de balas e um fuzil Kalashnikov nas mãos.
State TV and Radio Company of Belarus via AP
A União Europeia, que não reconhece os resultados das eleições e prepara novas sanções contra altos funcionários bielorrussos, solicita que Lukashenko dialogue com a oposição.
Os primeiros protestos contra o resultado das eleições foram duramente reprimidos e resultaram em três mortes, dezenas de feridos e 7 mil pessoas detidas.

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