Governo do Amazonas libera abertura de lojas, shoppings e restaurantes em Manaus

Iniciado por noticias, 19, Fevereiro, 2021, 15:00

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Governo do Amazonas libera abertura de lojas, shoppings e restaurantes em Manaus

Decreto entra em vigor na próxima segunda-feira (22) e vai até domingo (28). Apesar da abertura, circulação de pessoas segue restrita entre 19h e 6h. Shopping em Manaus com movimento intenso na véspera de Natal, semanas antes da segunda onda da Covid.
Rebeca Beatriz/G1 AM
O governador Wilson Lima afirmou, nesta sexta-feira (19), permite o funcionamento das lojas em geral, shoppings centers e restaurantes. O decreto entra em vigor na próxima segunda-feira (22) e vai até domingo (28).
As lojas em geral poderão abrir de 9h às 15h, de segunda a sábado. No domingo, fica proibido o funcionamento. O delivery continua funcionando de 8h às 17h, e drive thru, de 8h às 16h.
Shoppings centers também estão liberados de 10h às 16h, de segunda a sábado, com delivery de 8h às 17h, e drive thru de 10h às 17h.
Restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos registrados como restaurantes, podem funcionar de 6h às 16h, de segunda a sábado, com capacidade máxima de 50%. O delivery pode funcionar até 22h e drive thru até 18h.
A praça de alimentação dos shoppings centers deve seguir o mesmo horário de funcionamento dos restaurantes e podem operar com capacidade máxima de 50% do público, distanciamento entre mesas, uso de máscara pelos clientes enquanto não estiver consumindo os produtos.
Supermercados deverão manter o horário de funcionamento que já estava em vigor no decreto anterior, entre 6h e 19h. No entanto, o governador informou que produtos de departamentos considerados não-essenciais agora estão liberados.
As unidades de ensino podem abrir a área administrativa de segunda a sexta, com a capacidade de 50% e por agendamento.
Outras atividades que tiveram funcionamento flexibilizado são as marinas, que podem abrir para manutenção preventiva e corretiva, construção civil, com obras em residências.
Apesar de toda essa flexibilização, segundo o governador, a norma mantém o período restrito de circulação de pessoas em espaços e vias públicas, em todos os municípios, entre 19h às 6h. "Só saia por uma situação excepcional, precisar ir a uma farmácia, hospital, ou alguma outra situação que não pode ser prorrogada".
O governador reforçou a necessidade de manter o distanciamento social nos estabelecimentos, usar máscara e adotar medidas de higiene, como o uso de álcool em gel.
"Não vá ao comércio passear, não vá ao shopping passear. Eu não queria estar dizendo isso aqui, porque sei, principalmente na nossa região, o quanto esses estabelecimentos são visitados. A questão das feiras, que é uma questão cultural, tradicional, em que as famílias vão às feiras. Mas estamos em uma pandemia", disse.
Cabe lembrar que, em dezembro, o governador recuou e liberou o funcionamento das atividades não-essenciais,  após protestos contra o fechamento do comércio no centro de Manaus. Em janeiro, o que se viu foi a explosão no número de casos, internações e mortes, sendo o mês com os números mais altos desde o início da pandemia (veja mais abaixo)
Atualmente, Manaus está na fase vermelha, mas os 61 municípios do interior encontram-se na fase roxa, que corresponde à classificação máxima de risco para transmissão de Covid-19.
Em Parintins (AM), o governador informou que foi montado um comitê para analisar o aumento significativo de casos. Segundo dados divulgados na quinta-feira, Parintins registra 8.187 casos e 251 óbitos.
Caos na saúde
Desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, o Amazonas registra mais de 301 mil infectados e o número de mortes supera os 10,2 mil.
Após um primeiro pico de mortes em abril e maio do ano passado, o estado teve um novo aumento de casos logo após o Natal. Por conta do surto dessa segunda onda, houve recorde de internações, os hospitais voltaram a ficar superlotados e faltou oxigênio nas unidades. Com o aumento de mortes, o governo voltou a instalar câmaras frigoríficas nos principais hospitais e até em cemitérios de Manaus. Sem condições de oferecer tratamento, o estado teve de remover pacientes para outros estados.
FOTOS: Novo surto de Covid e crise de oxigênio marcam mês de janeiro no AM
Crise do oxigênio: um mês após colapso em hospitais, Manaus ainda depende de doações do insumo
No fim de janeiro, a disseminação do novo coronavírus já havia feito de janeiro o mês mais trágico da história do Amazonas, com recordes de mortes, internações e casos confirmados de Covid-19.
Homem chora na porta do Hospital 28 de Agosto, em Manaus, em meio a desabastecimento de oxigênio na cidade durante novo surto de Covid-19 na quinta-feira, 14 de janeiro.
Michael Dantas/AFP
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