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O comitê organizador do Nobel afirmou que está muito preocupado com o caso. A ativista iraniana Narges Mohammadi, vencedora do Nobel da Paz 2023, em foto de arquivo
Reuters
A vencedora mais recente do Nobel da Paz, a iraniana Narges Mohammadi, começou nesta segunda-feira (6) uma greve de fome na cadeia na qual ela está presa, no Irã. Ela afirma que é um protesto contra a falta de atendimento médico. A informação é da agência Hrana.
O comitê organizador do Nobel afirmou que está muito preocupado com o caso.
Narges venceu o Nobel no dia 6 de outubro. O prêmio foi considerado uma crítica do comitê organizador ao regime político do Irã. O governo iraniano criticou os organizadores de tentar interferir em questões internas e politizar o tema dos direitos humanos.
Segundo a agência Hrana, as autoridades do Irã proibiu Narges de ir ao hospital para um tratamento cardíaco porque ela se recusou a usar o véu islâmico. A agência não diz quem são as fontes da história.
A Justiça do Irã não falou nada sobre o caso.
Nobel da Paz 2023 vai para iraniana Narges Mohammadi
Nos dias 29 e 30 de outubro, Narges e um algumas mulheres detidas na prisão de Evin, no Irã, protestaram as autoridades do sistema carceário porque a ativista foi proibida de ir ao hospital para tratamento, de acordo com um comunicado da família dela enviado à Reuters.
"Ela está disposta a arriscar sua vida ao não usar o 'hijab forçado', mesmo para tratamento médico", diz o comunicado de 1º de novembro, escrito antes do anúncio da greve de fome.
Esta é a terceira vez que Narges cumpre pena na prisão de Evin desde 2012.
A pena atual dela é de de 12 anos de prisão, sob acusações de propaganda contra a República Islâmica.