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   Parlamentares israelenses votam dissolver o próprio Knesset para antecipar convocação das novas eleições — que ocorreriam em março e seriam as terceiras em menos de um ano. Visão geral do Knesset, Parlamento de Israel que vota nesta quarta (11) convocação de novas eleições para o país
Menahem Kahana/AFP
Parlamentares israelenses votam nesta quarta-feira (11) se dissolvem o próprio Parlamento para convocar novas eleições em Israel. Isso porque o prazo para que a formação de um governo para o país se encerra ?  meia-noite desta quinta (horário local), e nem o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nem o líder opositor Benny Gantz — que também recebeu a tarefa de tentar construir uma nova maioria — conseguiram costurar uma coalizão.
Na primeira votação no Knesset, o Parlamento israelense, os congressistas concordaram com a dissolução. Há ainda outras rodadas de votação para que se convoque oficialmente novas eleições para 2 de março de 2020. Se nada for decidido, o novo pleito ocorrerá em 10 de março.
ANÁLISE: Israel num beco sem saída
Como nem Gantz nem Netanyahu conseguiram formar maioria, o próprio Parlamento pode — até o prazo que se encerra nesta noite — indicar um parlamentar para formar uma nova maioria. São necessárias 61 das 120 cadeiras para que uma coalizão majoritária governe Israel.
De acordo com a agência Associated Press, outra campanha e um novo feriado para o dia das eleições vão custar bilhões ?  economia de Israel. No entanto, a longa paralisação do Parlamento causada pelo impasse político que leva ao congelamento do governo é ainda mais custosa ao país.
Terceiras eleições em menos de 1 ano
Benny Gantz e Benjamin Netanyahu, no centro do debate político de Israel
Amir Cohen/Reuters
Isso significa que Israel se encaminha para as terceiras eleições gerais em menos de um ano. Em abril de 2019, o partido Likud, de Netanyahu, conseguiu mais cadeiras do que o Azul e Branco, de Gantz.
Porém, semanas depois dessa primeira eleição, o partido nacionalista Israel Nossa Casa deixou a coalizão costurada por Netanyahu por discordâncias com a ala religiosa ortodoxa da base de apoio ao primeiro-ministro. Assim, o governo perdeu a maioria, e novas eleições foram convocadas.
Nas segundas eleições, em setembro, nem o Likud nem o Azul e Branco conseguiram maioria, sozinhos, para governar Israel. Assim, Netanyahu teve novamente a tarefa de costurar uma coalizão parlamentar para se manter no cargo. Isso não ocorreu, e o presidente israelense, Reuven Rivlin, deu a Gantz o papel de conseguir formar maioria no Knesset.
ENTENDA: Por que países como Israel têm dificuldade em formar governo
O prazo se expira ?  meia-noite desta quinta-feira, sem que nenhum dos líderes tenha conseguido formar governo. Houve inclusive uma tentativa de se formar uma ampla coalizão entre os partidos de Gantz e Netanyahu. Os dois líderes chegaram a admitir a possibilidade, mas as siglas não fecharam nenhum acordo — sobretudo diante das denúncias de corrupção que recaem sobre Netanyahu (veja mais no vídeo abaixo).
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