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     De acordo com o ministro das Relações Exteriores, o tema será prioridade da reunião do Conselho de Segurança da ONU. Vieira ressaltou que não tem informações sobre brasileiros terem sido feitos reféns pelo Hamas.   O chanceler Mauro Vieira, em entrevista à GloboNews
Reprodução
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (11) que a proposta do governo brasileiro para um corredor humanitário ligando a Faixa de Gaza ao Egito foi bem recebida pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres.
Vieira está em viagem oficial ao Sudeste asiático. Ele precisou interromper a agenda para ir a Nova York, onde participará na sexta-feira (13) de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. O Brasil preside o conselho ao longo deste mês de outubro.
A reunião em Nova York foi antecipada, em razão da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Desde o fim de semana, Israel vem bombardeando a Faixa de Gaza em reposta a ataques do Hamas ao território israelense.
De acordo com Vieira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a ideia do corredor humanitário para pessoas poderem sair de Gaza e mantimentos e remédios poderem entrar.
"O presidente Lula lançou a ideia, disse da importância de evacuar crianças, idosos, pessoas com deficiência, evidentemente pensando em brasileiros e nas outras nacionalidades", afirmou o ministro em entrevista à GloboNews.
Essa proposta, segundo Vieira, "galvanizou" a possibilidade de o Conselho de Segurança da ONU antecipar a reunião, que seria só na semana que vem.
"O próprio secretário-geral Antonio Guterres entrou em contato para dizer que era o caminho certo e uniu esforços para antecipar a reunião do conselho", continuou Vieira.
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Reféns
O ministro relatou que o Brasil não tem informações de que brasileiros tenham sido feitos reféns pelo Hamas. O grupo terrorista, ao fazer o ataque a Israel, capturou cerca de 150 pessoas.
Vieira foi questionado se a reunião do conselho vai discutir esse ponto. Ele respondeu que sim, mas ressaltou que a prioridade vai ser a ajuda humanitária.
"O que a reunião do Conselho de Segurança vai fazer é aproveitar a discussão das propostas que o presidente Lula fez sobre medidas de caráter humanitário. O mais improtante neste momento é permitir que os diversos Estados possam evacuar seus nacionais, sejam pessoas vivendo na região ou em turismo", disse.
"A questão dos reféns relamente é gravíssima, isso será também abordado e discutido. Mas o primeiro objetivo dessa reunião é cuidar das saidas humanitárias", completou.
Retirada de brasileiros
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Aviões da Força Aérea do Brasil têm feito viagens diárias, desde terça-feira, de Tel Aviv para o Brasil. Cerca de 2 mil brasileiros em Israel pediram ajuda para voltar. O governo disse que vai manter os voos de resgate.
Na Faixa de Gaza, há 28 brasileiros que contactaram as autoridades pedindo regresso ao país. Nesse caso, ainda estão sendo feitas negociações diplomáticas. O Brasil planeja que esses cidadãos saiam da Faixa de Gaza por meio da fronteira com o Egito, num ônibus, e sigam até o Cairo, a capital egípcia. Lá, um avião estará à espera para fazer a viagem ao Brasil.
Mas o governo egípcio ainda não autorizou a entrada do ônibus em seu território. Mauro Vieira disse que conversou com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, e que está otimista sobre as negociações.
"Ele [Shoukry] falou quer faria todo o possível. Se dispôs a colaborar. Pediu que enviasse uma lista com os nomes dos brasileiros, características dos ônibus, dados do motorista", afirmou o ministro.
"Não pôs  nenhuma dificuldade nisso. Estou confiante que vamos conseguir pelo menos minorar as aflições desses brasileiros", completou Vieira.