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O Aid al-Adha, o festival do sacrifício, marca o fim da peregrinação à Meca. Santa Sofia foi construída como uma igreja bizantina, foi transformada em mesquita, em museu e recentemente voltou a ser mesquita. 24 de julho - Fiéis participam das orações da tarde e visitam a mesquita Santa Sofia, pela primeira vez depois que foi declarada novamente uma mesquita após 86 anos, em Istambul, na Turquia
Umit Bektas/Reuters
Milhares de muçulmanos participaram da primeira oração de Aid al-Adha (um feriado islâmico), nesta sexta-feira (31), na antiga basílica de Santa Sofia, após a reconversão do histórico prédio de Istambul, na Turquia, em uma mesquita.
Uma multidão de fiéis se concentrou desde o início da manhã nos arredores da Santa Sofia, e alguns tiravam "selfies".
O Aid al-Adha, o festival do sacrifício, marca o fim da peregrinação à Meca.
Santa Sofia, na Turquia, tem sua primeira oração do Aid al-Adha
O número de pessoas autorizadas a participar da cerimônia foi limitado a algumas centenas, devido ao coronavírus. Por esse motivo, milhares se reuniram na área externa do templo.
Líderes turcos, como o chefe da autoridade religiosa, Ali Erbas, ou o presidente do Parlamento, Mustafa Sentop, participaram da oração Aid al-Adha, a grande festa muçulmana, a primeira na Hagia Sophia em 86 anos.
"Eu queria rezar nessa atmosfera magnífica e viver esse momento histórico acompanhado de muçulmanos do mundo todo", disse à AFP Mustafa, que é diretor de uma escola.
Murat Fidan, 50 anos, contou que orar na Santa Sofia "era um sonho de infância. Ver a Santa Sofia com as portas fechadas era uma grande frustração".
Uma monumental obra arquitetônica do século VI, Santa Sofia é um lugar importante para cristãos e muçulmanos. Foi construída como uma basílica bizantina até ser convertida em mesquita após a conquista de Constantinopla pelos otomanos em 1453.
Mustafa Kemal, pai da República Turca, transformou-a em museu, em 1934, para torná-la símbolo de uma Turquia laica.
Em 10 de julho passado, o atual presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, decidiu, porém, reconvertê-la em um templo muçulmano, depois que uma decisão judicial revogou seu "status" de museu.