Mike Pompeo fala em progresso após encontro com Kim Jong-un; Seul diz que há acordo para nova cúpula com Trump

Iniciado por noticias, 08, Outubro, 2018, 21:02

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Mike Pompeo fala em progresso após encontro com Kim Jong-un; Seul diz que há acordo para nova cúpula com Trump


   Após se reunir com o líder norte-coreano, secretário de Estado dos EUA chegou a Seul na manhã deste domingo. Coreia do Sul diz que os dois acordaram realizar uma nova cúpula de líderes. Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, cumprimenta o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante uma reunião na Casa Azul, sede da presidência em Seul, neste domingo (7)
Ahn Young-joon / Reuters
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, relatou neste domingo (7) os "progressos" realizados durante uma nova reunião com Kim Jong-un, em Pyongyang. O objetivo do encontro era acelerar o fim do programa nuclear da Coreia do Norte. Segundo escritório presidencial da Coreia do Sul, para onde Pompeo foi após se reunir com Jong-un, os dois acordaram realizar uma segunda cúpula de líderes entre EUA e Coreia do Norte.
"Fizemos uma boa viagem a Pyongyang para encontrar o presidente Kim. Continuamos a progredir nos acordos alcançados na cúpula de Singapura. Obrigado por me receber, a mim e a minha equipe", afirmou Pompeo no Twitter após se reunir com o líder norte-coreano por cerca de duas horas.
No encontro em Singapura entre Kim Jong-un e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em junho, a Coreia do Norte se comprometeu em desmantelar seu programa nuclear. Porém, desde então, a situação pouco avançou.
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Falando a Pompeo através de um intérprete, Kim elogiou "um bom encontro". "Foi um dia muito bom que promete um bom futuro (...) para os dois países".
Segundo o comunicado da presidência da Coreia do Sul, Moon Jae-in se encontrou com o secretário americano na manhã deste domingo. Pompeo disse ao presidente Moon Jae-in que acordou com uma segunda reunião entre Trump e Jong-un "o mais rápido possível" e a formação de um grupo de trabalho para discutir o processo de desnuclearização.
Turnê asiática
O chefe da diplomacia americana chegou a Seul (Coreia do Sul) nesta manhã. Ele realiza uma turnê asiática que também o levou a Tóquio (Japão) e que o conduzirá à China na segunda-feira (8).
Esta viagem é a quarta visita do secretário de Estado americano e acontece num momento em que um possível acordo histórico entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte toma forma.
Em uma viagem anterior, em julho, Pompeo relatou avanços, mas Pyongyang condenou os "métodos de gangster" dos americanos, acusados de exigir seu desarmamento unilateral sem fazer concessões.
Uma autoridade americana declarou que o novo encontro foi melhor do que o precedente, acrescentando, no entanto, que "o caminho será longo".
'Apaixonado'
O conteúdo preciso do encontro não foi divulgado. Pompeo, no entanto, tuitou que se tratou de honrar "os compromissos" feitos pelos líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.
No avião para Tóquio, Pompeo havia explicado a repórteres que seu objetivo era "construir uma confiança suficiente" com a Coreia do Norte para avançar em direção à paz.
"E também organizaremos a próxima cúpula", disse.
Ele havia, no entanto, relativizado a possibilidade de um grande avanço: "Duvido que iremos resolver tudo, mas começaremos a desenvolver opções para (fixar) o lugar e a data de uma nova reunião".
Até agora, nenhum presidente americano em exercício visitou a Coreia do Norte. O país continua, segundo os defensores dos direitos humanos, um dos mais repressivos do mundo.
Desde a cúpula em Singapura, as relações entre os dois países passaram por altos e baixos.
Donald Trump cancelou uma viagem anterior a Pyongyang de seu chefe de diplomacia depois de julgar insuficientes os progressos norte-coreanos.
Mas o presidente dos Estados Unidos garantiu em setembro ter "se apaixonado" pelo homem forte de Pyongyang.
Diminuir a pressão?
Os Estados Unidos insistem na manutenção das sanções até que a Coreia do Norte conclua uma "desnuclearização final e totalmente verificada".
Segundo analistas, é possível que Washington faça concessões, num momento em que China, Rússia e Coreia do Sul defendem a redução das sanções.
"A Coreia do Norte deu alguns passos em direção à desnuclearização e os Estados Unidos vão se expor às críticas da comunidade internacional, se continuarem a exigir a desnuclearização sem a retirada das sanções", considerou Yang Moo-jin, professor da Universidade de Estudos Norte-coreanos de Seul.
A visita do diplomata americano a Tóquio no sábado visava tranquilizar seu aliado japonês e incluí-lo no processo de negociação.
Estados Unidos e Japão têm uma "visão totalmente coordenada e unificada sobre como proceder, o que será necessário, se quisermos desnuclearizar com sucesso a Coreia do Norte", afirmou Pompeo ao lado do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
O Japão é historicamente a favor de uma linha dura em relação a Coreia do Norte e insiste em manter a pressão sobre o regime norte-coreano, que disparou em várias ocasiões mísseis sobre o território japonês e ameaçou exterminá-lo.
Na segunda-feira, Pompeu seguirá para Pequim, para uma visita que se anuncia tensa, dias depois de um discurso contundente do vice-presidente Mike Pence, que acusou a China de agressão militar, roubo de tecnologia e de intervenção eleitoral contra Trump.

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