Zona de Livre Comércio Continental Africana entra em vigor

Iniciado por noticias, 03, Janeiro, 2021, 14:21

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Zona de Livre Comércio Continental Africana entra em vigor

Cerimônia de lançamento foi realizada em Gana por Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul e atual líder da União Africana. Países esperam reduzir tarifas internas e aumentar industrialização no continente. A Zona de Livre Comércio Continental Africana entrou em vigor nesta sexta-feira (1º) e se torna a maior área de livre comércio do mundo em relação ao número de países participantes.
O acordo de estabelecimento da AfCFTA (sigla em inglês) foi assinado em março de 2018 por 54 dos 55 países membros da União Africana e ratificado por 31. As negociações tiveram início em 2015.
De acordo com o Banco Mundial, o bloco econômico soma mais de 1,3 bilhão de pessoas e um PIB conjunto de  US$ 3,4 trilhões. A entidade também estima que, com as mudanças, mais de 30 milhões de pessoas deixem a extrema pobreza na região.
A cerimônia de lançamento foi realizada em Gana por Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul e atual líder da União Africana. Reuniu chefes de estado do continente e "parceiros de desenvolvimento e do setor privado", segundo comunicado da União Africana.
Segundo o órgão, a porcentagem de comércio realizado entre os países africanos atualmente é baixa, entre 16% e 18%. O resto das transações comerciais é realizada com países de outros continentes, como a exportação de commodities.
O que muda para o continente
A Zona de Livre Comércio é um bloco econômico regional formado por diversos países com a finalidade de reduzir ou eliminar as taxas alfandegárias entre os países membros. O objetivo é estimular o comércio entre os países participantes.
Assim, as nações africanas planejam reduzir tarifas sobre diversas mercadorias e preveem uma "maior industrialização e agregação de valor" aos produtos do continente.
Além das tarifas, o comércio africano enfrenta fortes barreiras não-tarifárias, por meio de leis, normas e cotas. Segundo a União Africana, esse problema será um dos focos a partir de agora.
Para isso, foi criado um sistema de monitoramento on-line dessas barreiras, por meio do qual comerciantes podem reportar dificuldades no comércio interno, como taxação e exigências excessivas ou regulamentação de produtos restritivos.
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