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Após reunião entre os chanceleres, representante japonês colocou a invasão da Rússia sobre a Ucrânia como principal causador da crise global de alimentos. Veículo militar é visto diante de grande plantação de grãos
Edgar Su/REUTERS
Os ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Sete países ricos concordaram nesta sexta-feira (24) que a invasão da Ucrânia pela Rússia provocou a atual crise global de alimentos, e Moscou foi responsável pelo assunto, disse o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi.
Hayashi fez o comentário a repórteres após uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G7, da qual participou remotamente.
Ministro das Relações Exteriores do Japão durante evento em maio de 2022
Hiro Komae/AP
O Japão pretende apoiar as exportações de grãos da Ucrânia e planeja buscar mais assistência alimentar para responder à crise alimentar global, disse Hayashi.
Comunicado do G7
Em um comunicado divulgado pouco tempo depois do término desta reunião, os ministros das relações exteriores do G7 disseram acreditar que a Rússia está exacerbando a insegurança alimentar com seus bloqueios e ataques a bomba a infraestruturas importantes na Ucrânia.
Os ministros pediram a Moscou "que cesse seus ataques e ações ameaçadoras e desbloqueie os portos ucranianos do Mar Negro para a exportação de alimentos".+
Resposta russa
Vladimir Putin disse que a Rússia não é responsável pela crise alimentar global, culpando o Ocidente por impedir a exportação de grãos russos.
Falando em uma cúpula virtual do Brics Plus que reuniu os líderes de 17 países, incluindo China, Índia, Brasil e África do Sul, o líder russo descreveu o mercado de alimentos como "desequilibrado da maneira mais séria".
Presidente russo, Vladimir Putin, durante cúpula virtual dos Brics
Sputnik/Mikhail Metzel/Kremlin via REUTERS
Putin acusou os países ocidentais, em particular os EUA, de "desestabilizar a produção agrícola global" com restrições à entrega de fertilizantes da Rússia e da Bielorrússia e de "tornar difícil" para Moscou exportar grãos.
Ele disse que o aumento dos preços de produtos agrícolas básicos, como grãos, tem impactado mais os países em desenvolvimento "onde pão e farinha são meios necessários de sobrevivência para a maioria da população".