Ataque dos EUA na Somália mata 60 militantes do Al-Shabab, diz Pentágono

Iniciado por noticias, 18, Outubro, 2018, 09:00

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Ataque dos EUA na Somália mata 60 militantes do Al-Shabab, diz Pentágono


   Segundo os americanos, foi a maior incursão contra os extremistas desde o ano passado. Sobrevivente do ataque de outubro passado atribuído ao Al Shabab em Mogasíscio conversa ao celular nesta segunda-feira (16)
Reuters/Feisal Omar
Os Estados Unidos lançaram na sexta-feira (12) seu maior ataque aéreo em quase dois anos contra militantes radicais islâmicos na Somália, leste da África, resultando na morte de 60 combatentes do grupo armado Al-Shabab, informaram nesta terça-feira (16) as forças armadas americanas.
"Esse ataque aéreo de precisão foi a maior incursão aérea contra o Al-Shabaab desde 21 de novembro de 2017", quando aviões americanos atacaram campos de treinamento da organização e mataram cerca de cem extremistas, destacou o Comando Americano para a África, em um comunicado.
O que é o Al-Shabab?
A organização extremista Al-Shabab é apontada pelo governo da Somália como responsável pela explosão que deixou mais de 300 mortos e 400 feridos na capital do país, Mogadíscio, no ano passado.
O grupo tem ligações com a Al-Qaeda,  e vem realizando ataques violentos, em especial no Quênia, há anos.
A organização extremista chegou a controlar parte da Somália, mas foi expulsa das principais cidades que dominava no sul e no centro do país.
Ainda assim, o grupo permanece como uma ameaça em potencial ao governo local, que conta com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas) e da União Africana (UA), e a países vizinhos.
Al-Shabab significa 'A Juventude' em árabe. O grupo surgiu como uma ala radical da hoje extinta União das Cortes Islâmica da Somália em 2006, enquanto combatia forças etíopes que invadiram o país para apoiar o fraco governo interino.
Nas áreas sobre seu controle, impôs uma versão rígida da sharia (lei islâmica), que inclui desde o apedrejamento até a morte das mulheres acusadas de adultério, passando pelo amputamento dos acusados de roubo.
Forças de Segurança resgatam um ferido em ataque em Mogadíscio, na Somália, em 2017
Reuters/Feisal Omar
O Al-Shabab defende a versão wahabista do islã, inspirada pela Arábia Saudita, enquanto a maioria dos somalis segue a linha do sufismo. Por destruir um grande número de santuários sufistas, o grupo insuflou o descontentamento popular.
O grupo foi expulso da capital do país, Mogadíscio, em agosto de 2011.
Apesar de ter perdido o controle das principais cidades e povoados, a organização ainda tem influência sobre áreas rurais da Somália. Analistas acreditam que a organização extremista vem se focando cada vez mais em táticas de guerrilha. Mas o grupo está sob pressão de várias frentes, tanto na Somália quanto no Quênia e na Etiópia.
Em agosto do ano passado, Mukhtar Robow Mansuur, porta-voz da organização e um de seus ex-líderes, se entregou ao governo da Somália e pediu aos integrantes do Al Shabab para abandonarem a organização.
Por anos a fio, Ahmed Abdi Godane liderou o grupo. Também conhecido como Mukhtar Abu Zubair, ele era originário da região separatista da Somalilândia, ao norte do país.
Godane, uma figura reclusa que era amante de poesia e assumiu o comando do grupo, foi morto em 2014 em um ataque aéreo americano assim como seu antecessor, Moalim Aden Hashi Ayro, morto 2008.
Ahmad Umar, que também é conhecido como Abu Ubaidah e teria cerca de 40 anos, é apontado como um dos cabeças da organização. Em 2014, ele foi indicado por unanimidade entre os comandantes para liderar o Al-Shabab.

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