Rússia acusa EUA de orquestrar 'golpe de estado' na Venezuela durante reunião do Conselho de Segurança

Iniciado por noticias, 29, Janeiro, 2019, 03:00

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Rússia acusa EUA de orquestrar 'golpe de estado' na Venezuela durante reunião do Conselho de Segurança


   Governo russo se opõe aos EUA e reitera apoio a Nicolás Maduro contra Juan Guaidó. Vassily Nebenzia, embaixador da Rússia na ONU, durante debate no Conselho de Segurança sobre situação na Venezuela
Carlo Allegri/Reuters
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, acusou os Estados Unidos de tentarem "orquestrar um golpe de estado" na Venezuela contra o regime de Nicolás Maduro. O russo questionou se o governo de Donald Trump "vai usar força militar" para interferir na crise no país sul-americano.
Representantes do Conselho de Segurança da ONU estão em reunião neste sábado (26), em Nova York, para tentar encontrar alguma solução para a crise da Presidência na Venezuela. O encontro foi convocado pelo governo dos EUA, o primeiro a reconhecer Juan Guaidó como presidente interino do país sul-americano.
Segundo Nebenzia, a interferência internacional está "empurrando a sociedade venezuelana a um banho de sangue". O representante russo defende que Maduro "tem amplo apoio" na Venezuela.
"Os EUA pintam um cenário de confronto entre o regime de Maduro e o povo da Venezuelano. E esse cenário está longe da realidade", acusou Nebenzia.
Juan Guaidó cumprimenta manifestantes contra Nicolás Maduro após prestar juramento e se declarar presidente interino da Venezuela
Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Na quarta-feira, Juan Guaidó – que preside o parlamento local – se declarou presidente interino da Venezuela em um dia em que centenas de milhares de venezuelanos tomaram as ruas do país contra Maduro. A declaração do oposicionista foi referendada pelos EUA e pela maior parte dos países da América Latina, inclusive o Brasil.
Maduro x Guaidó: o que favorece cada lado
Nebenzia já havia adiantado, na sexta-feira, que o Kremlin se oporia à iniciativa dos EUA em fazer outros países reconhecer Juan Guaidó como presidente interino na Venezuela. A Rússia, assim como China, Bolívia, Cuba e Turquia, mantiveram apoio a Nicolás Maduro.
'Escolham um lado', pedem EUA
Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, fala à imprensa após reunião na ONU sobre Venezuela
Carlo Allegri/Reuters
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu na reunião que os países "escolham um lado" na Venezuela, incentivando-os a apoiar o líder da oposição Juan Guaidó e exigindo eleições "livres e justas assim que possível".
"Agora é a hora de todas as nações escolherem um lado. Sem mais demoras, sem mais jogos. Ou vocês apoiam as forças da liberdade ou estão na mesma liga de Maduro e sua desordem", disse Pompeo ao conselho.
Governo Maduro rejeita novas eleições
Jorge Arreaza, chanceler do governo de Nicolás Maduro, durante reunião sobre a Venezuela no Conselho de Segurança da ONU
Carlo Allegri/Reuters
O chanceler venezuelano, Jorge Arraeza, também compareceu à reunião em Nova York e repudiou a hipótese de convocar novas eleições ou entregar o governo a Guaidó.
"De onde vocês tiram que têm algum poder para dar prazos ou ultimatos a um povo soberano? De onde tiram que tão ação intervencionista e, diria eu, até infantil?", questionou o venezuelano.
A convocação de um novo pleito nos próximos oito dias era uma condição imposta por França, Alemanha, Reino Unido e Espanha para que os países europeus não reconhecessem Guaidó como presidente.
Nicolás Maduro e Juan Guaidó disputam a legitimidade do poder na Venezuela
Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Além das declarações do chanceler em Nova York, Diosdado Cabello, presidente do PSUV, o partido chavista, disse que os líderes desses países deveriam "pensar duas vezes" antes de falar sobre a Venezuela.
Os líderes europeus deram um prazo de oito dias para que a Venezuela organizasse novas eleições. Caso isso não ocorresse, os países passariam a reconhecer Juan Guaidó como presidente, somando-se aos EUA e se distanciando da Rússia.
Arreaza também disse que "sempre procurou" a via do diálogo com o governo dos EUA. "É nossa intenção estabelecer comunicação e diálogo com o governo do presidente Trump, e essa proposta ainda está à mesa", disse.
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