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     Homem registrado em vídeo de condenação à pena de morte não é o assassino de ucraniana
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Circula nas redes sociais o vídeo de um homem chorando ao ser condenado à pena de morte; segundo publicações que usam essa filmagem, ele seria o assassino da ucraniana Iryna Zarutska, nos EUA. É #FAKE.
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🛑 O que diz a publicação?
Publicado no dia 13 de setembro no X, onde já acumulou mais de 2,8 milhões de visualizações, o post diz, em espanhol: "Pena de morte para o assassino de Iryna Zarutska quando recebe sua sentença".
O post exibe um vídeo de um homem chorando e caindo ao chão ao receber a sentença de morte em um tribunal dos Estados Unidos: "O réu do tribunal cumpre uma pena de prisão perpétua sem liberdade condicional quanto à acusação quatro pelo crime de tentativa de homicídio, uma violação da seção 29 23.02A do código penal, um crime de primeiro grau", diz a juíza.
Iryna Zarutska era uma refugiada ucraniana de 23 anos que chegou aos Estados Unidos em agosto de 2022 para fugir da guerra em seu país. No dia 22 de agosto de 2025, ela foi esfaqueada até a morte em um trem na cidade de Charlotte, no estado da Carolina do Norte, por Decarlos Brown. Jr., de 34 anos. Ele já havia sido preso em 14 vezes e permaneceu oito anos preso por assalto à mão armada.
No dia 9 de setembro, o perfil oficial da Casa Branca publicou um vídeo do presidente Donald Trump pedindo a pena de morte para o acusado (veja íntegra abaixo)  e criticando a política de segurança de cidades governadas pelo partido democrata, que faz oposição ao seu governo, como Charlotte.
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⚠️ Por que é falso?
Embora o vídeo seja real — e não algo criado com inteligência artificial (IA) —, o post mente ao dizer que a cena mostre Decarlos Brown Jr., o acusado de assassinar a refugiada ucraniana. Na verdade, a filmagem é de 2016 e mostra outro homem sentenciado à prisão perpétua —e não condenado à morte— por cometer um assassinato após assalto à mão armada (latrocínio).
O Fato ou Fake usou a plataforma InVID para fragmentar o vídeo em vários frames (imagens estáticas). Depois, fez uma busca reversa por essas "fotos" no Google Lens, ferramenta que permite encontrar a origem de materiais na internet, ao apontar publicações mais antigas em que eles apareceram.
A pesquisa levou a um vídeo do mesmo momento, publicado em 19 de outubro de 2016 no canal de YouTube da WCPO 9 News, afiliada da ABC. O vídeo tem o seguinte título, em português: "Juiz nega pedido de Jaleel Smith-Riley para mudar sua confissão de culpa por tiroteio fatal em Norwood em 2013; com o pedido negado, Smith-Riley teve sua sentença de prisão perpétua mantida".
Segundo informações da mídia local, Smith-Riley atirou em Porshia Brooks e Aron Martin durante uma tentativa de assalto em Massachusetts. Enquanto Martin sobreviveu com problemas duradouros resultantes de um ferimento de bala na cabeça, Brooks não resistiu aos ferimentos e morreu.
Já Brown Jr. está detido em uma prisão na Carolina do Norte e aguarda julgamento. Ele foi acusado formalmente pelo Departamento de Justiça dos EUA por homicídio de primeiro grau no dia 8 de setembro. No dia 22 de agosto, o estado da Carolina do Norte já havia o indiciado pelo mesmo crime.
Homem registrado em vídeo de condenação à pena de morte não é o assassino de ucraniana
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