Quando começa o Ano Novo?

Iniciado por marcosbr, 29, Dezembro, 2015, 22:34

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 O ano-novo do calendário gregoriano começa em 1 de janeiro (Dia do Ano Novo), assim como era no calendário romano. Existem inúmeros calendários que permanecem em uso em certas regiões do planeta e que calculam a data do ano-novo de forma diferente. A comemoração ocidental tem origem num decreto do imperador romano Júlio César, que fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro deriva do nome de Jano, que tinha duas faces (sendo, portanto, bifronte) - uma voltada para frente (visualizando o futuro) e a outra para trás (visualizando o passado). O povo romano era politeísta, ou seja, adorava vários deuses diferentes, e não existe nenhum relato de que o povo judeu que viveu nessa mesma época tenha comemorado o ano-novo, nem que tampouco que os primeiros cristãos o tenham feito.
A ordem dos meses no calendário romano vai de janeiro a dezembro desde o rei Numa Pompilius em cerca de 700 a.C, de acordo com Plutarco e Macrobius. Foi só recentemente que o dia 1 de janeiro voltou a ser o primeiro dia do ano na cultura ocidental. Até 1751, por exemplo, na Inglaterra e no País de Gales (e em todos os domínios britânicos), o ano-novo começava em 25 de março. Desde então, o 1º de janeiro tornou-se o primeiro dia do ano. Durante a Idade Média, vários outros dias foram diversas vezes considerados como o início do ano civil (1 de março, 25 de março, 1 de setembro, 25 de dezembro). Em muitos países, como República Checa, Brasil, Espanha, Portugal, Itália e Reino Unido, o dia 1 de janeiro é um feriado nacional. Com a expansão da cultura ocidental para muitos outros lugares do mundo durante séculos recentes, o calendário gregoriano foi adotado por muitos outros países como o calendário oficial e a data de 1 de janeiro tornou-se global para se comemorar o ano-novo, mesmo em países com suas próprias celebrações em outros dias (como Israel, China e Índia). Na cultura da América Latina, há uma variedade de tradições e superstições em torno dessas datas como presságios para o próximo ano

Quem foi Jano.


A figura de Jano é associada a portas (entrada e saída), bem como a transições. A sua face dupla também simboliza o passado e o futuro. Jano é o deus dos inícios, das decisões e escolhas. O maior monumento em sua glória se encontra em Roma e tem o nome de Ianus Geminus (gêmeos Jano).
O primeiro calendário romano era um calendário lunar com dez meses, começando no equinócio da Primavera, implantado, segundo a lenda, por Rômulo, o fundador de Roma aproximadamente em 753 a.C.
Neste primeiro calendário romano, o ano tinha 10 meses de 30 ou 31 dias, que totalizavam 304 dias e os demais 61 dias que coincidiam com o inverno não entravam no calendário havendo pouco interesse de acompanhamento temporal neste período do ano.

Márcio (31 dias)
April (30 dias)
Maio (31 dias)
Júnio (30 dias)
Quintil (30 dias)   Sextil (30 dias)
Setembro (30 dias)
Outubro (31 dias)
Novembro (30 dias)
Dezembro (30 dias)

A primeira reforma do calendário ocorreu com Numa Pompílio, o segundo dos sete reis de Roma, por volta de 713 a.C., que reduziu os meses de 30 dias para 29 dias e adicionou os meses de Januarius (29 dias) e Februarius (28 dias) no final do calendário aumentando o seu tamanho para 355 dias, transformando-o em um calendário luni-solar, mantendo os inícios dos meses coincidindo com os inícios das fases da Lua e adicionando de tempos em tempos um mês extra para completar o ano solar.
Este calendário fora baseado no calendário grego praticado em Atenas, que já era um calendário luni-solar e bem mais preciso que aquele primeiro calendário praticado em Roma e que, então, também passou a ser de 12 meses com um mês adicional para manter o ciclo anual lunar alinhado com o ciclo anual solar.

Márcio (31 dias)
April (29 dias)
Maio'(31 dias)
Júnio (29 dias)
Quintil (31 dias)
Sextil (29 dias)   Setembro (29 dias)
Outubro (31 dias)
Novembro (29 dias)
Dezembro (29 dias)
Januário (29 dias)
Februário (28 dias)

Para manter este alinhamento de ciclos, de dois em dois anos deveria ser adicionado um mês extra de 22 ou 23 dias, mensis intercalaris, de nome Mercedônio ou Mercedino, próximo ao final de Februário (Februarius) logo após os dias 23 ou 24, que era terminado somente após a conclusão deste mês intercalar, resultando em uma sequencia de anos com 355, 377, 355 e 378 dias, com uma média de 366,25 dias.
A decisão de inserir o mês intercalado, e sua posição, era a responsabilidade do pontífice máximo (pontifex maximus) que controlava para que o calendário não se distanciasse das efemérides anuais tornando irregular a sequência de inclusões. O sistema de alinhar o ano através destes meses intercalares falhou pelo menos duas vezes.
A primeira foi durante e após a Segunda Guerra Púnica. Isso levou a reforma da Lei Acília em 191 a.C., sendo bem sucedida por longo período.
A segunda falha foi na metade do Século I a.C. e que resultou na reforma instituída por Júlio César com a implantação de um calendário solar, em substituição do calendário luni-solar de Numa Pompílio, posteriormente chamado de calendário juliano.
Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta. (Chico Xavier)
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