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 TV LG OLED GALLERY 55"


Para quem imaginava que a evolução do TV culminaria nas tecnologias plasma e LED-LCD, a qualidade da imagem de uma tela OLED impressiona. É possível uma exibição de brilho plenamente uniforme, com taxas de resposta muito mais rápidas (0,1ms) e contraste superior a qualquer plasma já lançado.

No aspecto estético, a espessura inferior a 1cm é marcante, valorizando o design principalmente quando instalado na parede. Essa foi a ideia da LG ao lançar comercialmente no Brasil uma linha de TVs OLED Full-HD 3D, de 55 polegadas; além deste modelo avaliado por nossa equipe numa sala de demonstração do fabricante, em São Paulo, foi lançado um outro TV OLED, de tela curva, também com 55".

Quando em modo standby, o aparelho apresenta imagens de pinturas clássicas em alta definição, armazenadas em uma memória interna, em efeito looping, ressaltando a aparência de obra de arte. Fotos da família também podem ser escolhidas para exibição.

A moldura do TV abriga quatro falantes, que liberam 40W, e suporte articulado para avanço e recuo da tela. A instalação deve ser na parede, e para isso o aparelho vem acompanhado de suporte giratório, que dá fácil acesso ao painel traseiro. Girando o suporte, pudemos ver a profundidade do TV OLED – incríveis 4,3mm, mais fino que qualquer smartphone – e conectar fontes de sinal em uma das quatro entradas HDMI e duas USB (uma no padrão 3.0).

O peso de apenas 24kg se deve ao gabinete em fibra de carbono, mais leve e fino que o alumínio utilizado em muitos TVs. Acompanham o aparelho quatro óculos 3D passivos e dois controles remotos, sendo um Smart Magic com Bluetooth, sensor de movimentos e microfone bem mais preciso, pelo que pudemos experimentar, do que os usados em linhas anteriores

STREAMING 3D E BUSCA POR VOZ

Embora o TV utilizado não tivesse idioma português (BR), a opção "português europeu" manteve a interface intuitiva e inteligente. Há conexões sem fio Wi-Fi e Wi-Di/Miracast para acesso a rede local (DLNA), internet e smartphone, incluindo o modo NFC para espelhamento de imagens. Entre os apps disponíveis, o da Disney é exclusivo da LG e permite alugar até filmes recém-lançados.

A falta de conteúdo em 3D é suprida com imagens de esporte, gráficos computadorizados e documentários gratuitos de vários gêneros, oferecidos pela LG. No total, 500 aplicativos podem ser baixados e organizados na plataforma (dashboard) personalizável do fabricante. Um teclado USB pode ser plugado para facilitar a digitação nas redes sociais. Porém, a navegação com o Smart Magic torna mais rápida a seleção de apps, assim como a busca por voz de conteúdos na internet (veja neste vídeo como funciona).



AVALIAÇÃO

Há várias opções de ajustes avançados e presets interessantes, como o ISF EXPERT e o THX. As configurações feitas pela Lucasfilm para esse TV, a maioria inalteráveis, são eficientes para contraste, brilho e balanço de cores, o que foi posteriormente verificado com nosso disco de calibragem. Somente no item "nitidez" foi necessária a regulagem, a fim de checar a capacidade de detalhamento do display OLED.

Devido à impossibilidade de controlar totalmente a luz externa no ambiente, conhecemos pouco o nível de preto do OLED Gallery. Mas percebemos a superioridade do contraste, em relação a displays LED-LCDs, nas transições de cenas escuras do Blu-ray Sin City. Nas imagens carregadas de preto e branco, foi possível enxergar sutilezas importantes em trajes e cenários envoltos em sombras, que fatalmente se perderiam num TV convencional.

O teste de uniformidade do disco THX mostrou intensidade de luz homogênea em toda a área da tela, inclusive no centro. Conseguimos ver Guerra Mundial Z, mesmo com uma sutil variação de brilho, a partir de um ângulo de visão lateral extremo, de quase 180º. Talvez pela dinâmica da ação, esse filme em 3D não foi reproduzido com boa fluidez de cenas, tal como a obtida com o documentário IMAX Grand Canyon. Mesmo assim, o conforto representado pela tecnologia passiva, sem cintilação nem sobreposição perceptível de imagens, garante a diversão.

COMO FUNCIONA O OLED DA LG

OLED (Diodo Orgânico Emissor de Luz) é composto por moléculas de carbono que emitem luz ao receberem uma corrente elétrica. Os pixels são iluminados de forma independente, controlam a sua própria luminosidade e podem ser desligados para um preto absoluto. Na maioria dos displays, cada pixel, ou ponto formador da imagem, é composto por três subpixels com as cores digitais primárias – vermelho, verde e azul – que se unem para gerar luz branca.

Na tecnologia WRGB, da LG, o branco emana de um subpixel específico que se soma aos três existentes para, segundo o fabricante, "poupar" a combinação RGB de trabalhar com carga máxima. O objetivo é melhorar a qualidade das cores e ampliar a longevidade da tela.


Fonte original: revistahometheater.uol