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Moradores gaúchos começam a voltar para casa depois dos temporais. Moradores do Vale do Taquari (RS) começam a voltar pra casa depois dos temporais
Parou de chover no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul.
Depois de muito trabalho e um mutirão de limpeza, o auxiliar de produção Jair de Vargas voltou pra casa.
"Todo mundo deu apoio, os vizinhos. Todo o mundo que pode ajudar, veio. Ganhei congelador - veio um pequeno -, cama, colchão, tudo. Comida. Não podemos ficar parados. Temos que reerguer", diz.
Em Arroio do Meio, 200 famílias que ficaram sem casa vão receber de R$ 400 a R$ 800 para ajudar no aluguel, mas pode não haver imóveis para tantos desabrigados.
"Já estamos pensando em contêineres de casas, e talvez casas pré-moldadas provisórias, que a gente possa colocar e instalar essas famílias", afirma Danilo Bruxel, o prefeito da cidade.
A Deise se mudou nesta quinta-feira (14) para uma casa de aluguel. A anterior foi levada pela enchente. "Tudo é doação. Consegui bastante coisa", conta ela.
As enchentes que mataram 47 pessoas no Vale do Taquari, na semana passada, também provocaram prejuízos gigantescos no campo. As perdas na agricultura ultrapassam R$ 1 bilhão. Estima-se que quase 30 mil animais da pecuária tenham morrido.
Em uma fazenda, os galpões onde estavam os animais ficam a cinco quilômetros da margem do rio Taquari. Naquela madrugada, todas as instalações foram inundadas. A água chegou a mais ou menos dois metros de altura; 500 suínos morreram.
"É inacreditável. Os galpões destruídos. Isso é muito lastimável. A gente vem de secas, agora enchente em cima. Então é meio assustador isso", lamenta o produtor Telmo Hendges.
A produtora Clair Hendges ainda está muito abalada:
"Nós chegamos em casa e estavam os porco chorando, as vacas gritando, perdemos as galinhas. Tudo por aqui. Eu não sei nadar nem ele sabe nadar, como que nós íamos nos salvar? Nós íamos morrer".
Juntos, eles unem forças para não desanimar. "A gente está ali. Vamos reerguer, vamos lutar, vamos reconstruir; fazer tudo que dá e vai dar tudo certo", garante Telmo.
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