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OEA aprova resolução condenando invasão de embaixada do México pelo Equador


     Organização dos Estados Americanos também exigiu diálogo entre os dois países. Embaixada do México em Quito, onde ex-vice-presidente equatoriano condenado em caso de corrupção estava refugiado, foi invadida na semana passada por policiais equatorianos.  OEA se reúne para analisar regras diplomáticas após invasão de embaixada do México
A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quarta-feira (10) uma resolução condenando a invasão da Embaixada do México no Equador por policiais equatorianos na semana passada.
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A invasão, feita para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que havia sido condenado pela Justiça equatoriana, abriu uma crise diplomática sem precedentes entre os dois países. O México rompeu relações com Quito após o episódio.
Na resolução aprovada por ampla maioria, a OEA exigiu que os dois governos iniciem um diálogo, "em conformidade com o Direito Internacional".
O texto foi aprovado com 29 votos favoráveis e um contra, feito pelo Equador. Outro país, El Salvador, se absteve. O Brasil votou a favor.
Entre os pontos, a resolução da OEA:
Condena "veementemente a intrusão" na embaixada e "os atos de violência exercidos contra a integridade e a dignidade do pessoal diplomático";
Frisa a "obrigação de todos os Estados de zelar pelo respeito aos privilégios e imunidades das missões diplomáticas";
Exige que os Estados membros "assegurem que a inviolabilidade das sedes diplomáticas e do seu pessoal seja respeitada sem exceção";
Pede o início do diálogo entre as duas partes e que "tomem medidas imediatas para resolver este grave assunto de forma construtiva".
Relações deterioradas
Policiais do Equador posicionados na frente da Embaixada do México em Quito
Associated Press
Equador e México já viviam uma crise diplomática antes da invasão da embaixada do México em Quinto. Na semana passada a embaixadora do México no Equador foi declarada "persona non grata" após o governo afirmar que o presidente mexicano fez comentários "infelizes" sobre as eleições equatorianas de 2023.
No dia seguinte, o governo do México anunciou ter concedido asilo político a Jorge Glas, condenado a seis anos de prisão por corrupção em um caso que envolve a Odebrecht.
O ex-vice-presidente estava na embaixada mexicana desde dezembro de 2023. Ele alega ser alvo de perseguições da Procuradoria-Geral do Equador.
Diante do anúncio do asilo, o Ministério das Relações Exteriores do Equador afirmou que o México estava violando acordos de asilo político. Além disso, autoridades equatorianas pediram permissão ao México para entrar na embaixada em Quito e prender Glas.
Durante a noite, um grupo de policiais equatorianos foi até a Embaixada do México em Quito com veículos escuros. Segundo a Associated Pres, os agentes arrombaram as portas externas da sede mexicana e entraram no local.
A principal avenida de acesso à embaixada também foi fechada pela polícia.
O encarregado da Embaixada do México no Equador, Roberto Canseco, afirmou que houve um "atropelo ao direito internacional". Ele também chamou o ocorrido de "inaceitável" e "barbárie".
"Como criminosos, invadiram a Embaixada do México no Equador. Isso não é possível. Não pode ser. É uma loucura", disse Canesco.

Source: OEA aprova resolução condenando invasão de embaixada do México pelo Equador
#2
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Última mensagem por noticias - Ontem at 02:24
Lula diz a Obrador que invasão de embaixada em Quito foi 'grave ruptura do direito internacional'


     Representação mexicana no Equador foi invadida na sexta-feira. Nesta terça, representante do Brasil na OEA afirmou que caso 'constitui um precedente perigoso e inaceitável'. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, nesta terça-feira (9). Segundo o governo brasileiro, Lula disse a Obrador que invasão da embaixada mexicana em Quito foi uma "grave ruptura do direito internacional".
Vídeos mostram ex-vice presidente do Equador sendo levado para fora de Embaixada do México
De acordo com o Palácio do Planalto, Lula manifestou solidariedade a respeito da invasão da embaixada do México em Quito, Equador, pelas forças policiais daquele país, realizada na última sexta-feira (5).
"O brasileiro salientou que o episódio representou uma grave ruptura do direito internacional. Lula reforçou que o Brasil acompanhará o tratamento do tema na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC)", disse o governo em nota.
Ainda segundo o Palácio do Planalto, Obrador agradeceu a solidariedade do Brasil e ressaltou que, além das discussões na CELAC, o México levará o tema da invasão da embaixada à Corte Internacional de Justiça.
"Na perspectiva de estreitar ainda mais laços econômicos e empresariais entre as nações, o presidente brasileiro expressou o desejo de viajar ao México ainda este ano, antes do fim do mandato de López Obrador. O líder mexicano afirmou que terá grande prazer em receber a visita de Lula", diz o comunicado do governo brasileiro.
Posição do Brasil na OEA
Nesta terça-feira, o representante permanente do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), o diplomata Benoni Belli, afirmou que a ação da polícia equatoriana constitui violação à Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
OEA se reúne para analisar regras diplomáticas após invasão de embaixada do México
As convenções estabelecem que os locais de missão diplomática são invioláveis, podendo ser acessados por agentes do Estado receptor somente com o consentimento do chefe da missão.
"Essa norma relativa à inviolabilidade dos locais de missão diplomática não admite exceção, quaisquer que sejam as justificativas, como recorda a Declaração do Comissão Jurídica Interamericana de 9 de agosto de 2022. Nem nos priores e mais sombrios tempos das ditaduras militares em nosso continente esse direito foi violado", disse.
Ainda de acordo com o diplomata, a medida do governo equatoriano constitui grave precedente, atinge em cheio um princípio fundamental das relações internacionais, e merece enérgico repúdio pelos efeitos nocivos que tende a gerar.
"Há algumas linhas vermelhas que não podem ser cruzadas nas relações entre os Estados no sistema internacional. O desrespeito à inviolabilidade dos locais e do pessoal diplomático é claramente uma delas. Essa linha infelizmente foi cruzada em Quito no dia 5 de abril. Por essa razão, merece condenação clara e sem ambiguidades por parte da OEA e da comunidade internacional", afirmou.
O diplomata brasileiro também fez votos de que o Equador e o México possam retomar assim que possível o diálogo diplomático para o encaminhamento dos temas de interesse comum.
Relembre o caso
Na noite de sexta (5), a polícia equatoriana invadiu a embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas.
Militares são vistos ao lado de fora da Embaixada do México em Quito, em 6 de abril de 2024
REUTERS/Karen Toro
Glas foi condenado a seis anos de prisão por corrupção em um caso que envolve a Odebrecht, mas havia recebido asilo político do governo mexicano.
Em resposta ao ato, o governo mexicano suspendeu relações diplomáticas com o Equador e diplomatas mexicanos deixaram o país no domingo.
Desde então, diversos países do continente – incluindo Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia e Peru – condenaram a invasão. O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse no entanto que tomou "decisões excepcionais para proteger a segurança nacional."

Source: Lula diz a Obrador que invasão de embaixada em Quito foi 'grave ruptura do direito internacional'
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Última mensagem por noticias - 14, Abril, 2024, 02:23
Qual a origem da rivalidade entre Israel e Irã e como ela está sendo intensificada pela guerra em Gaza


     Houve um tempo em que as relações entre os dois países eram cordiais. Tudo mudou, porém, com a ascensão dos aiatolás ao poder em 1979. A inimizade entre o Irã e Israel tornou-se uma das principais fontes de instabilidade no Oriente Médio
Manu Brabo/Getty Images
Cresce o temor de uma escalada bélica no Oriente Médio, entre Israel e Irã.
Após vários de seus altos comandantes militares morrerem em um ataque contra o consulado do país em Damasco, atribuído a Israel, o Irã prometeu uma resposta.
Nas ruas de Israel, a tensão com uma retaliação iraniana aumentou nas últimas horas. Alguns cidadãos já se apressam para garantir água e outros itens básicos.
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Além disso, o Exército suspendeu todas as dispensas de soldados, e os serviços de GPS foram bloqueados para atrapalhar a navegação de drones e mísseis intrusos.
Esse é o mais recente episódio de uma inimizade já antiga.
Israel e Irã estão há anos em uma rivalidade sangrenta que virou uma das principais fontes de instabilidade no Oriente Médio e cuja intensidade varia de acordo com o momento geopolítico.
Para Teerã, Israel não tem o direito de existir. Os governantes iranianos consideram o país o "pequeno Satanás", o aliado no Oriente Médio dos Estados Unidos, que chamam de "grande Satanás", e querem que ambos desapareçam da região.
Já Israel acusa o Irã de financiar grupos "terroristas" e de realizar ataques contra seus interesses, movidos pelo antissemitismo dos aiatolás.
A rivalidade entre os "arqui-inimigos" já fez um grande número de mortos, muitas vezes em ações secretas em que nenhum dos governos admite sua responsabilidade.
O triunfo da Revolução Islâmica de 1979 no Irã marcou o início da rejeição iraniana a Israel
Getty Images
E a guerra em Gaza só fez as coisas piorarem.
Como começou a rivalidade entre Israel e Irã
As relações entre Israel e o Irã foram bastante cordiais até 1979, quando a chamada Revolução Islâmica dos aiatolás conquistou o poder em Teerã.
E embora tenha se oposto ao plano de fatiamento da Palestina que resultou na criação do Estado de Israel em 1948, o Irã foi o segundo país islâmico a reconhecer Israel, depois do Egito.
O Irã era uma monarquia na qual reinavam os xás da dinastia Pahlavi e um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio. Assim, o fundador de Israel e seu primeiro chefe de governo, David Ben-Gurion, procurou e conseguiu a amizade iraniana como forma de combater a rejeição do novo Estado judeu de seus vizinhos árabes.
Mas a Revolução de Ruhollah Khomeini, em 1979, derrubou o xá e impôs uma república islâmica que se apresentava como defensora dos oprimidos e tinha como principais marcas a rejeição ao "imperialismo" americano e a Israel.
O novo regime dos aiatolás rompeu as relações com Israel, deixou de reconhecer a validade do passaporte de seus cidadãos e tomou posse da embaixada israelense em Teerã para cedê-la à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que então liderava a luta por um Estado palestino, contra o governo israelense.
Alí Vaez, diretor do Programa para o Irã do International Crisis Group, um centro de análise, disse à BBC Mundo que "a aversão a Israel foi um pilar do novo regime iraniano porque muitos de seus líderes haviam treinado e participado de ações de guerrilha com palestinos em lugares como o Líbano e tinham uma grande simpatia por eles".
Mas além disso, acredita Vaez, "o novo Irã queria se projetar como uma potência pan-islâmica e levantou a causa palestina contra Israel, que os países muçulmanos árabes tinham abandonado".
Assim, Khomeini começou a reivindicar a causa palestina como sua própria. E grandes manifestações pró-Palestina, com apoio oficial, tornaram-se habituais em Teerã.
Vaez explica que "em Israel a hostilidade ao Irã só começou mais tarde, na década de 1990, porque antes o Iraque de Saddam Hussein era percebido como uma maior ameaça regional."
Tanto é que o governo israelense foi um dos mediadores que tornou possível o chamado Irã-Contra, o programa pelo qual os Estados Unidos desviaram armamento para o Irã, para que usassem na guerra contra o vizinho Iraque, entre 1980 e 1988.
Mas, com o tempo, Israel começou a ver no Irã um dos principais perigos para sua existência. E a rivalidade entre os dois passou das palavras para os fatos.
Uma 'guerra nas sombras'
Vaez observa que, enfrentando também a Arábia Saudita, outra grande potência regional, e consciente de que o Irã é persa e xiita em um mundo islâmico maioritariamente sunita e árabe, "o regime iraniano percebeu seu isolamento e começou a desenvolver uma estratégia destinada a evitar que seus inimigos pudessem um dia atacá-lo em seu próprio território".
Assim, proliferou uma rede de organizações alinhadas a Teerã que realizavam ações armadas favoráveis aos seus interesses. A libanesa Hezbollah, listada como terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, é a mais proeminente. Hoje, o chamado "Eixo da Resistência" iraniano se estende pelo Líbano, Síria, Iraque e Iêmen.
Israel não ficou de braços cruzados e trocou com o Irã e seus aliados ataques e outras ações hostis, muitas vezes em outros países, onde financia e apoia grupos armados que combatem os pró-iranianos.
O estado da relação entre o Irã e Israel foi descrito como uma "guerra nas sombras", na qual ambos já realizaram ataques mútuos sem que, em muitos casos, nenhum dos governos tenha admitido oficialmente sua participação.
Em 1992 o grupo Jihad Islâmico, próximo ao Irã, atacou a embaixada israelense em Buenos Aires, provocando 29 mortes. Pouco antes, o líder do Hezbollah, Abbas al-Musawi, tinha sido assassinado, em um atentado amplamente atribuído aos serviços de inteligência de Israel.
Para Israel, sempre foi uma obsessão minar o programa nuclear iraniano e evitar que chegue o dia em que os aiatolás tenham armas nucleares.
Em Israel não se acredita que o programa nuclear iraniano tenha apenas fins civis. E é amplamente aceito que foram os serviços israelenses que, em colaboração com os Estados Unidos, desenvolveram o vírus de computador Stuxnet, que causou sérios danos às instalações nucleares iranianas na primeira década de 2000.
Teerã também denunciou a inteligência israelense como responsável pelos atentados contra alguns dos principais cientistas encarregados de seu programa nuclear.
O caso mais conhecedio foi o assassinato em 2020 de Mohsen Fakhrizadeh, considerado o principal responsável pelo programa. Mas o governo israelense nunca aceitou seu envolvimento nas mortes de cientistas iranianos.
Israel, juntamente com seus aliados ocidentais, acusam o Irã de estar por trás dos ataques com drones e foguetes sofridos por seu território, bem como de ter realizado vários ataques cibernéticos.
Outro motivo de confronto foi a guerra civil desencadeada na Síria a partir de 2011. A inteligência ocidental aponta que o Irã enviou dinheiro, armas e instrutores para apoiar as forças do presidente Bashar Al-Assad contra os insurgentes que tentavam derrubá-lo. Isso disparou o alerta em Israel, que acredita que a vizinha Síria é uma das principais rotas por onde os iranianos enviam armamentos e equipamentos para o Hezbollah no Líbano.
De acordo com o portal de inteligência americano Stratfor, tanto Israel quanto o Irã realizaram ações na Síria destinadas a dissuadir o outro de lançar um ataque em larga escala.
Em 2021, a "guerra nas sombras" chegou ao mar quando Israel apontou o Irã como responsável pelos ataques contra navios israelenses no Golfo de Omã. E o Irã, por sua vez, acusou Israel de atacar seus navios no Mar Vermelho.
Como estão as coisas agora
Desde os ataques de 7 de outubro de 2023 realizados pelo Hamas contra Israel, e a ofensiva militar massiva lançada pelo Exército israelense em Gaza em resposta, analistas e governos de todo o mundo expressam preocupação de que o conflito possa provocar uma reação em cadeia na região, e um confronto aberto e direto entre iranianos e israelenses.
Os conflitos entre forças israelenses e milicianos supostamente ligados ao Hezbollah na fronteira com o Líbano aumentaram nos últimos meses. Os choques com manifestantes palestinos nos territórios ocupados da Cisjordânia também.
Até agora, tanto Irã quanto Israel vinham evitando elevar a hostilidade e os combates em grande escala.
Para Vaez, "a ironia é que ninguém quer um conflito em grande escala agora. Israel está há seis meses em sua devastadora guerra contra o Hamas em Gaza, que afetou muito negativamente sua reputação no cenário internacional e o deixou mais isolado do que nunca. Com essa missão ainda por concluir, ela teria que encarar o Irã, que é um ator estatal e, portanto, muito mais poderoso do que o Hamas".
"O Irã, por sua vez, tem muitos problemas econômicos e seu governo sofre uma crise de legitimidade interna", depois de meses de protestos liderados por mulheres, fartas de restrições religiosas. Assim, o país também não está nas melhores condições para se colocar contra uma potência militar como Israel, que, presume-se, contaria com o apoio dos EUA em caso de guerra declarada.
Mas o ataque à sua sede diplomática em Damasco, que deixou 13 mortos, incluindo alguns dos mais proeminentes altos comandantes iranianos, como o general da Guarda Revolucionária Mohammad Reza Zahedi e seu adjunto, Hadi Hajriahimi, bateu forte em Teerã.
O Ministério das Relações Exteriores iraniano prometeu "um castigo ao agressor" e seu embaixador na Síria, Hossein Akbari, anunciou que a resposta será "decisiva".
Desde então, analistas de inteligência, jornalistas e diplomatas especulam sobre qual pode ser a réplica do Irã, com comentários que prenunciam um bombardeio com drones, ou um ataque cibernético ou naval, ou tudo isso ao mesmo tempo.
As condições que desencorajam israelenses e iranianos de entrar em uma espiral violenta não mudaram, mas ainda assim muitos em Israel estão convencidos de que o golpe dos aiatolás chegará em questão de horas.
Seja como e quando for, pode-se apostar que não será o último episódio desta longa troca.

Source: Qual a origem da rivalidade entre Israel e Irã e como ela está sendo intensificada pela guerra em Gaza
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Última mensagem por noticias - 13, Abril, 2024, 02:21
O que é songbun, o modelo que determina a vida dos cidadãos da Coreia do Norte de acordo com sua lealdade


     Pertencer a uma "casta" condiciona todos os aspectos da vida de um norte-coreano, desde o local onde vive até os estudos, o trabalho e o acesso a alimentos e remédios. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, mantém o sistema de classificação e controle social herdado de seu avô, o fundador do país Kim Il-sung.
Getty Images via BBC
O que seus avós ou bisavós fizeram na década de 1940? Qual era a sua filiação política?
Estes dados podem ser considerados irrelevantes para quase qualquer pessoa no mundo, mas, na Coreia do Norte, elas são determinantes para a vida dos cidadãos.
O rígido modelo de classificação social que rege o país coloca as pessoas em diferentes categorias: as leais ao regime da família Kim, as hostis e as que ficam em um nível intermediário, entre esses dois extremos.
O regime norte-coreano é caracterizado pelo extremo culto à personalidade dos Kim.
Getty Images via BBC
O sistema conhecido como songbun – palavra que significa origem ou ingrediente em coreano e faz parte da expressão "chulsin songbun" ou "origem familiar" – condiciona todos os aspectos da vida de um norte-coreano: como o seu local de nascimento, as regiões que pode visitar, o seu acesso a alimentos e remédios, as suas possibilidades de estudar ou o trabalho que lhes é atribuído pelo Estado.
"Songbun é o sistema no qual o seu valor é medido pelos méritos ou falhas de seus ancestrais e parentes", explica à BBC a ativista e acadêmica Yeonmi Park, autora do livro autobiográfico Escapar para Viver: A Viagem de uma Jovem Norte-Coreana Rumo à Liberdade.
A Coreia do Norte nega a existência do songbun e garante que todos os seus cidadãos desfrutam de oportunidades iguais sob o Estado socialista.
No entanto, norte-coreanos que fugiram do país e especialistas com acesso a documentos do governo compilam testemunhos e provas deste sistema de classificação social ao longo dos anos.
Entenda nesta reportagem as origens do songbun e como ele funciona.
A origem
Na primeira metade do século 20, a Coreia era um país sujeito ao domínio colonial japonês, herdeiro de uma sociedade feudal confucionista (que dava extrema importância às hierarquias) com quatro classes: nobres, técnicos qualificados, pessoas comuns e párias.
Após a Segunda Guerra Mundial, a península passou do domínio colonial japonês para uma divisão entre o Norte comunista, influenciado pela União Soviética de Josef Stalin, e o Sul capitalista, na esfera dos Estados Unidos.
A Guerra da Coreia (1950-1953) consolidou esta divisão e gerou uma fronteira quase intransponível entre os dois Estados antagônicos.
O fundador e primeiro presidente da Coreia do Norte, Kim Il-sung – avô do atual líder Kim Jong-un – consolidou a ditadura do proletariado sob um sistema de forte influência stalinista, com intensa vigilância ideológica e frequentes expurgos.
Algumas pessoas e famílias eram mais desconfiadas do que outras.
Ex-combatentes que lutaram contra o Japão ou contra o Sul, membros do Partido Comunista, ex-trabalhadores temporários e trabalhadores sem terra, entre outros, passaram a formar a liderança e a classe privilegiada do país.
Grandes e pequenos proprietários de terras, comerciantes, religiosos, pessoas com parentes sul-coreanos ou que lutaram do outro lado da guerra foram identificados como possíveis traidores.
À sua maneira, Kim Il-sung adaptou ao comunismo o sistema de castas confucionista da antiga Joseon — como era conhecida a Coreia entre o século 14 e o final do século 19. Oficialmente, a Coreia do Norte adota esse mesmo nome até hoje: República Popular Democrática de Joseon.
Foi na década de 1960 que, segundo especialistas, o governo norte-coreano completou os enormes registros que classificam cada cidadão em seu lugar correspondente de acordo com seu histórico familiar.
Os leais — ou haeksim
A maioria dos acadêmicos e norte-coreanos que conseguiram fugir do país distinguem três categorias dentro do songbun, enquanto outros reconhecem duas categorias adicionais dentro dessa mesma classificação, ela própria dividida em cerca de cinquenta subcategorias.
Os norte-coreanos de "casta" superior são classificados como haeksim – que significa "núcleo" – e são considerados cidadãos de confiança e leais aos Kim.
Eles são descendentes dos que lutaram contra a colonização japonesa e depois contra o Sul na Guerra da Coreia, membros ou autoridades do partido único e famílias de origem operária ou camponesa com uma história de lealdade impecável durante décadas.
Esses cidadãos gozam dos maiores privilégios da sociedade norte-coreana: vivem nos municípios mais desenvolvidos, estudam na universidade, recebem os melhores empregos e são tratados nos principais hospitais.
Outra vantagem importante para a classe alta é residir na capital, Pyongyang, cujos 3 milhões de habitantes (aproximadamente 12% da população norte-coreana) pertencem em sua grande maioria à classe haeksim, segundo especialistas.
"Pyongyang é o único lugar na Coreia do Norte onde o socialismo é realmente praticado e as pessoas recebem serviços do Estado", diz Yeonmi Park.
Dentro dos haeksim, explica Park, há uma camada superior composta por famílias próximas dos círculos de poder de Pyongyang que podem até viajar para o exterior e enviar os seus filhos para estudar na China, na Rússia ou na Europa.
Os 'hostis' — ou choktae
A antítese da classe privilegiada são os cidadãos considerados "hostis", chamados choktae.
O seu sangue é considerado "contaminado" porque são descendentes de proprietários de terras, comerciantes, cristãos ou colaboradores do império japonês durante a ocupação ou do Sul na Guerra da Coreia. Ou seja: os inimigos tradicionais do regime comunista norte-coreano.
Estas pessoas – que são frequentemente comparadas aos "intocáveis" no sistema de castas da Índia – enfrentam discriminação sistemática, vivem nos locais mais remotos onde o acesso a alimentos e eletricidade é limitado, não têm oportunidades de educação e realizam os trabalhos mais difíceis.
"Os filhos desta casta vão à escola no período da manhã, principalmente para doutrinação ideológica, mas depois são usados para trabalhar nos campos e nas minas. Eles geralmente têm vida curta e estão sujeitos a vigilância quase permanente por parte das autoridades", afirma Yeonmi Park.
Segundo ela, é extremamente raro que uma pessoa classificada como choktae viva em Pyongyang ou mesmo obtenha permissão para visitar a capital.
Intermediários — ou dongyo
Entre as classes mais altas e mais baixas existe um meio termo: o dongyo.
Estas são famílias não consideradas hostis, mas cuja história familiar também não é completamente limpa. Sua lealdade ao regime é vista como ambígua ou questionável.
Suas oportunidades são limitadas, mas dentro deste grupo existem subclassificações.
Por exemplo, um dongyo com ficha limpa poderia viver perto de Pyongyang, frequentar uma universidade de segunda categoria ou ocupar empregos administrativos ou intermediários.
Isto seria inconcebível para outra pessoa da mesma "casta" classificada na parte inferior — perto do limite da "hostilidade".
A maioria dos especialistas estima que os dongyo são os mais numerosos, representando aproximadamente 40% da população, enquanto os haeksim e choktae chegariam a cerca de 30% cada um.
De qualquer forma, não se sabe qual é a proporção real, já que os arquivos de classificação social – como quase todos os documentos oficiais da Coreia do Norte – são mantidos sob o mais estrito sigilo.
Como funciona na prática
Onde exatamente o songbun é registrado? É um tema de conversa entre os norte-coreanos? Como alguém pode saber seu status? Isso pode ser alterado? Pessoas com songbun diferentes podem se casar?
As informações sobre o songbun de cada norte-coreano são armazenadas em documentos confidenciais do Estado, das administrações locais e da polícia.
Songbun, explica Yeonmi Park, é algo que está na mente de todos os norte-coreanos no seu dia a dia, pois ele determina completamente as suas vidas.
Em geral, as famílias conhecem ou intuem a posição social que ocupam no sistema com base no local onde vivem, no acesso ao ensino superior e à saúde ou nos empregos que exercem.
No entanto, às vezes alguém pode precisar acessar arquivos confidenciais para descobrir o songbun de uma pessoa.
"Os norte-coreanos costumam subornar um oficial ou policial para descobrir o songbun da outra parte antes de arranjar um casamento", diz Park.
Eles fazem isso para garantir que o nível de ambos seja semelhante: "No songbun não há promoções, apenas rebaixamentos, então se um deles tivesse um status superior, quando se casarem serão automaticamente iguais ao do cônjuge 'mais baixo'", diz Park.
Por isso, diz ela, na Coreia do Norte o casamento entre uma pessoa "de confiança" e outra de nível intermédio, ou entre intermédio e "hostil", é extremamente raro, pois pioraria as condições de vida da família das seguintes gerações.
Perguntamos a Yeonmi Park se é possível alterar o songbun através de subornos, já que durante anos alguns norte-coreanos com diploma médio ou baixo acumularam alguma riqueza fazendo negócios no mercado negro, especialmente em áreas próximas à fronteira com a China, onde relegam muitas pessoas "hostis" e de classe média.
Mas ela diz que isso seria praticamente impossível, pois implicaria a falsificação de documentos em diferentes instâncias e, mesmo que isso fosse conseguido, o novo estatuto da pessoa não corresponderia ao dos seus familiares próximos e antepassados, o que poderia levantar suspeitas.
"Não há nada que você possa fazer para mudar seu destino, porque você não pode escolher seus antepassados", diz ela.
E o que o regime de Kim consegue com o songbun? O controle social exaustivo.
"Isso reforça a ideia de que se alguém faz algo errado na sua família, todos são responsáveis. Não se é responsável por si mesmo, pelo próprio comportamento, mas sim pelo grupo."

Source: O que é songbun, o modelo que determina a vida dos cidadãos da Coreia do Norte de acordo com sua lealdade
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Última mensagem por noticias - 12, Abril, 2024, 02:18
Venezuela vai invadir Essequibo? O que acontece agora em território disputado na Guiana


     Venezuela retoma escalada em torno de região que é rica em petróleo, ouro e diamantes. Essequibo: Maduro promulga lei que cria província da Venezuela em território da Guiana
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, promulgou na quarta-feira (3) uma lei aprovada pela Assembleia Nacional do País que, na prática, criou um estado venezuelano em Essequibo.
Essa é uma região rica em petróleo e outros minerais atualmente controlada pela Guiana e alvo de uma disputa de mais de um século de duração entre os dois países.
Esse Estado vem sendo chamado pelas autoridades venezuelanas de Guiana Essequiba.
A lei determina, entre outras coisas, que o poder sobre Essequibo deverá ser exercido pelo presidente da Venezuela até que o governador e parlamentares do novo Estado sejam escolhidos.
A lei também proíbe a impressão do mapa da Venezuela sem que conste como parte do território do país a região que hoje é disputada com a Guiana.
Ela também concede ao governo da Venezuela o poder de proibir a "a celebração de contratos ou acordos com pessoas jurídicas que operem ou colaborem com operações estrangeiras nos territórios terrestres" da região em disputa.
Este artigo afeta, principalmente, empresas que já exploram petróleo na região sob autorização do governo da Guiana.
A promulgação é o episódio mais recente de uma escalada retórica que ganhou força a partir do segundo semestre do ano passado e que chegou a fazer com que países como o Brasil reforçassem o seu contingente militar na fronteira com Venezuela e Guiana.
Mas apesar dos discursos, ainda não há clareza sobre o que a promulgação da nova lei significará na prática para a vida das pessoas que vivem na região.
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil e pela BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, avaliam que a promulgação da lei agrava a crise diplomática entre os dois países, teria relação com o clima eleitoral vivido pela Venezuela, mas não significa que, pelo menos agora, a região será fisicamente ocupada pelo governo da Venezuela.
O que acontece agora?
Propaganda favorável à anexação de Essequibo em Caracas,
Getty Images via BBC
Ainda não estão claros quais serão os próximos passos do governo venezuelano após a promulgação da lei.
Em seu discurso durante a cerimônia em que promulgou o texto, Maduro não anunciou, por exemplo, se vai enviar tropas ou outros contingentes para a região que o governo venezuelano reivindica, o que poderia levar a uma escalada militar.
De acordo com a legislação venezuelana, no entanto, a chamada Guiana Essequiba deverá eleger seus primeiros parlamentares a partir de 2025.
No campo diplomático, no entanto, já houve reações da Guiana.
Em uma nota divulgada nas primeiras horas desta quinta-feira (4/04), a presidência do país criticou a medida tomada por Maduro classificando-a como uma "violação flagrante" de compromissos firmados pelo país.
"Esta tentativa da Venezuela de anexar mais de dois terços do território soberano da Guiana e torná-la parte da Venezuela é uma violação flagrante dos princípios mais fundamentais do direito internacional consagrados na Carta das Nações Unidas, na Carta da Organização dos Estados Americanos", diz um trecho da nota.
Na nota, o governo da Guiana afirmou que não vai permitir a anexação de Essequibo pela Venezuela.
"O Governo da República Cooperativa da Guiana deseja alertar o Governo da República Bolivariana da Venezuela, os Governos da Comunidade do Caribe e da Comunidade Latino-Americana e Caribenha de Nações, bem como o Secretário-Geral da Nações Unidas e ao Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos, que não permitirá a anexação, apreensão ou ocupação de qualquer parte do seu território soberano", disse outro trecho da nota.
O país também reafirmou que aguarda uma decisão final da Corte Internacional de Justiça (CIJ), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), para resolver a disputa entre os dois países. A Venezuela, no entanto, não reconhece a legitimidade da Corte para solucionar a controvérsia.
A BBC News Brasil enviou questões à CIJ, mas até a conclusão desta reportagem nenhuma resposta havia sido enviada.
A professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Caroline Pedroso disse à BBC News Brasil que a promulgação da lei não deverá levar a uma invasão do território de Essequibo.
"[A promulgação] não significa necessariamente que vai haver uma invasão. Olhando pras condições reais e concretas, não é factível que isso ocorra agora. Para a Venezuela colocar tropas em Essequibo, ela teria que passar pelo território brasileiro e isso me parece fora de cogitação", disse a professora.
"Uma escalada militar, hoje, não traria benefícios para o governo venezuelano", afirmou Pedroso.
A professora disse acreditar que o movimento feito por Maduro está relacionado com as eleições presidenciais que deverão ocorrer em julho deste ano. A tese é de que o líder venezuelano estaria insistindo na polêmica em torno de Essequibo como forma de mobilizar o eleitorado em torno do assunto como forma de ter vantagens sobre seus adversários.
"Uma coisa está, sim, bastante ligada à outra. Nos acordos de Barbados [acordo firmado entre o governo e líderes da oposição], há uma previsão de que todos os candidatos à Presidência devem ser comprometer à defesa da soberania do território venezuelano e do pleito sobre Essequibo", disse a professora.
A principal opositora de Maduro no país, Maria Corina Machado, rechaçou a realização do referendo e defendeu que o caso seja decidido pela Corte Internacional de Justiça. Machado está impedida de disputar as eleições deste ano.
Para o professor Carlos Romero, da Escola de Estudos Internacionais da Universidade Central da Venezuela (UCV), a promulgação da lei não deverá resolver os problemas em torno de Essequibo.
"A lei em nada vai contribuir para resolver o conflito bilateral e garantir a paz regional", afirmou o professor.
"A lei assume a tese do governo da Venezuela de que a Guiana Essequiba já faz parte do território nacional. Isso gera um problema de direito internacional, porque implica a anexação de fato de um território que, ainda que seja reivindicado pela Venezuela, forma parte da Guiana até que se decida o contrário", afirmou.
Por sua parte, o internacionalista Mariano de Alba considerou que a lei não é mais do que um gesto.
"O que a lei fez é reconhecer o que foi e têm sido as posições da Venezuela em relação à sua disputa territorial com a Guiana. É certo que precedeu a criação do estado de Guiana Essequiba, mas se o governo venezuelano não tomar ações adicionais para executar isso , a realidade é que a lei tem um caráter bastante simbólico", explicou o assessor da organização Crisis Group.
O principal pesquisador sobre América Latina da Chatham House de Londres, Christopher Sabatini, expressou à BBC Mundo sua preocupação com o que classificou como "o aumento da tendência belicista venezuelana contra a Guiana".
"Cada passo que dá Maduro neste tema mete mais e mais dentro de um beco do qual eu acredito que seja difícil de sair", disse o especialista.
Reação do Brasil
Lula diz que não discutirá Essequibo com Guiana e Venezuela mas que está disponível para conversar com os presidentes dos países
Duas fontes do Ministério das Relações Exteriores (MRE) ouvidas em caráter reservado afirmaram que, neste momento, a chancelaria brasileira ainda avalia se irá se manifestar sobre a promulgação da lei. A cautela, afirmaram, é uma tentativa de manter os canais de diálogo com o governo venezuelano apesar do novo episódio da crise envolvendo Essequibo.
Uma delas afirmou que o Itamaraty está consultando sua equipe na Venezuela para entender as repercussões práticas da promulgação da lei antes de tomar alguma medida.
Segundo ela, o governo brasileiro também avalia se a promulgação da lei e as declarações de Maduro durante a cerimônia violaram os termos da declaração conjunta que Guiana e Venezuela fizeram após um encontro entre Maduro e Irfaan Ali no dia 14 de dezembro, em São Vicente e Granadinas.
Na ocasião, os dois países se comprometeram a não "escalar qualquer conflito ou desacordo" por meio de palavras ou promessas.
Na quarta-feira, no entanto, Maduro acusou o governo da Guiana de não controlar a Guiana e deixar a região sob o comando de petroleiras norte-americanas e da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA).
Sem apresentar provas, Maduro afirmou que os Estados Unidos teriam montado bases secretas no país vizinho.
"Temos informações comprovadas que no território da Guiana Essequiba, administrada temporariamente pela Guiana, foram instaladas bases militares secretas do comando sul, núcleos militares do Comando Sul e núcleos da CIA", disse Maduro em referência ao Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, que atua na região da América Latina.
Uma outra fonte do Itamaraty ouvida pela BBC News Brasil afirmou que a escalada de Maduro nesta semana era um movimento avaliado como "possível" pelas autoridades brasileiras em função do afunilamento do calendário eleitoral do país.
A BBC News Brasil enviou questões sobre o caso para o MRE, mas até a conclusão desta reportagem, nenhuma resposta foi enviada.
A previsão é de que as eleições presidenciais no país ocorram no dia 24 de julho deste ano. O processo eleitoral, no entanto, vem sendo criticado por oposicionistas e até mesmo por aliados de Maduro como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na semana passada, o presidente classificou como grave o fato de a candidata de oposição Corina Yoris não ter conseguido se registrar para disputar a presidência venezuelana.
"Primeiro, a decisão boa de a candidata proibida pela Justiça indicar uma sucessora. Achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata [Corina Yoris] não possa ter sido registrada", disse Lula em entrevista coletiva no dia 28 de março.
O temor de uma escalada retórica de Maduro às vésperas das eleições foi um dos motivos que levaram o Brasil enviar o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, à Venezuela e a São Vicente e Granadinas para conversar como Maduro e acompanhar o encontro dele com o presidente da Guiana, em dezembro.
No campo militar do lado brasileiro, ainda não há informações sobre novas medidas desencadeadas pela promulgação da lei na Venezuela.
No final do ano, porém, em meio ao aumento das tensões na região, o Ministério da Defesa reforçou o número de militares em Roraima. Em novembro, por meio de nota, a pasta disse que vinha "acompanhando a situação" e que por isso havia intensificado suas atividades na região. Foram enviados 28 veículos blindados para a região.
O movimento foi interpretado como uma demonstração de contrariedade do Brasil em relação à retórica de Maduro uma vez que uma anexação militar da Venezuela sobre Essequibo, possivelmente, teria que envolver a passagem de tropas do país pelo território brasileiro.
Em dezembro, contudo, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que essa hipótese estava descartada.
"Eles só chegarão à Guiana passando, se passassem, por território brasileiro. E nós não vamos permitir em hipótese nenhuma", disse Múcio em entrevista publicada pelo portal G1.
A BBC News Brasil perguntou ao Ministério da Defesa se tomaria novas medidas em função dos últimos acontecimentos, mas até a conclusão desta reportagem, nenhuma resposta havia sido dada.
Entenda a polêmica
A promulgação da lei venezuelana acontece em meio a uma disputa territorial entre a Venezuela e a Guiana que tem pelo menos 120 anos. Essequibo é uma área de 160 mil km² a leste da Venezuela coberta por uma densa camada de floresta, rica em petróleo e outros minerais como ouro e diamante.
A Venezuela reivindica esse território como seu desde que uma sentença internacional definiu em 1899 que a área pertencia ao Reino Unido, que na época possuía o que mais tarde se tornou a Guiana independente. A Venezuela, posteriormente, questionou a lisura da sentença, o que reiniciou a disputa sobre a área.
Em 1966, durante o processo de independência da Guiana, foi firmado um novo tratado prevendo que a controvérsia fosse resolvida por meio de uma arbitragem internacional.
A disputa tem se arrastado com intensidade variável desde então e agravou-se nos últimos anos, depois de terem sido descobertas importantes fontes de petróleo e gás na área e de o governo guianês ter concedido licenças para exploração para a empresa americana ExxonMobil.
Foram descobertas reservas de pelo menos 11 bilhões de barris de petróleo que vêm sendo exploradas por petroleiras dos Estados Unidos e da China. A atividade fez com que a Guiana se tornasse um dos países com o maior crescimento econômico nos últimos anos, segundo dados do Banco Mundial.
A disputa está nas mãos da CIJ, apesar de a Venezuela não reconhecer a Corte como apta a arbitrar o caso.
Em 4 de dezembro, o governo venezuelano realizou um referendo no qual a maioria dos eleitores foi a favor da incorporação de Essequibo como um novo Estado da República Bolivariana.
Na tentativa de reduzir a tensão, Maduro reuniu-se com o presidente guianês em 14 de dezembro.
No encontro, facilitado pela diplomacia brasileira, ambas partes concordaram em reduzir a tensão e afastaram o uso da força.
Mas a entrada em cena do governo britânico e o envio de um navio militar para a região provocaram a reação da Venezuela.
Quase simultaneamente com a aparição de Maduro na televisão, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou em comunicado que Caracas "reserva todas as ações, no âmbito da Constituição e do direito internacional, para defender a sua integridade marítima e territorial".
À BBC News Brasil, o presidente do país, Mohamed Irfaan Ali, disse que não descartava a possibilidade de permitir que países como os Estados Unidos instalassem bases militares na Guiana.

Source: Venezuela vai invadir Essequibo? O que acontece agora em território disputado na Guiana
#6
LEIA SEMPRE AQUI! / INFOGRÁFICO: Único acesso viáv...
Última mensagem por noticias - 11, Abril, 2024, 02:18
INFOGRÁFICO: Único acesso viável por terra da Venezuela a Essequibo passa por BR; invasão é improvável


     Fronteira da Venezuela com a Guiana é formada por mata densa, mas estrada que sai de Boa Vista e que entra no território da Guiana por Bomfim (RR) é apontado com alternativa para passagem de veículos militares. 
Como é a fronteira entre Brasil e Essequibo
Arte/g1
O presidente Nicolás Maduro promulgou nesta quarta-feira (3) uma lei que cria uma província da Venezuela em Essequibo, que é um território internacionalmente reconhecido como sendo da Guiana.
Caso Maduro decida realizar uma ação militar para tomar Essequibo, a única ligação viável por terra passa pelo Brasil.
Trata-se de uma rodovia que começa em Boa Vista, passa por Bomfim, entra no território da Guiana por meio da ponte sobre o Rio Tacutu e segue adentro pelo país vizinho. No Brasil, essa via leva o nome de BR-401. Veja no INFOGRÁFICO acima.
A fronteira da Venezuela com a Guiana é formada por uma mata densa que impossibilita a passagem de veículos blindados e grandes tropas ao mesmo tempo.
Uma entrada de forças venezuelanas no território brasileiro, porém, é improvável.
Vista área da ponte sobre o rio Tacutu, que tem o nome oficial de "Ponte Prefeito Olavo Brasil Filho"
Reprodução/Google Earth
Para Vitelio Brustolin, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o contingente das Forças Armadas brasileiras na região de Roraima, de cerca de 5 mil militares, é suficiente para dissuadir qualquer iniciativa de Maduro nesse sentido.
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"É suficiente [para evitar uma invasão], até porque seria temerário a Venezuela usar o território brasileiro de passagem", disse Brustolin em entrevista ao g1 em dezembro.
Na visão do pesquisador, a chance de qualquer investida da Venezuela contra a Guiana , de qualquer forma, é praticamente nula, e representaria o fim da carreira política de Nicolás Maduro.
"O que a Venezuela pode fazer: invadir o território com o risco de ter uma guerra com o Brasil. O que Maduro vai fazer? Bombardear a Guiana? O que os Estados Unidos querem é uma união mundial para tirar o Maduro do poder", analisa.
Como é a fronteira entre os três países
Metade dos 1,6 mil quilômetros de fronteira da Guiana com o Brasil estão na região de Essequibo, o território do país vizinho que o governo de Nicolás Maduro, da Venezuela, quer anexar. 
São cerca de 790 km que se estendem do Parque Nacional Monte Roraima até Oriximiná, no Pará, com uma geografia que, segundo especialistas, favorece o uso do território brasileiro como passagem em uma eventual ação militar venezuelana – uma manobra, entretanto, considerada improvável por eles.
Esses 790 km se estendem por 6 municípios de Roraima (5) e Pará (1), em que moram 141 mil brasileiros – 37 mil deles indígenas. A região abriga 6 Terras Indígenas. A maior delas é a Raposa Serra do Sol, com 1,7 milhão de hectares e 25.077 habitantes dos povos Ingarikó, Macuxi, Patamona, Taurepang e Wapichana (clique aqui para ver todas).
Venezuela x Guiana: qual o risco de uma guerra na fronteira
Essequibo brasileiro: parte do território já foi do Brasil
Em geral, esses municípios têm territórios grandes e núcleos urbanos pequenos (veja as populações aqui). Os de Bonfim – onde fica o principal cruzamento por terra entre Brasil e Guiana , e também entre a Venezuela e a Guiana –, Normandia e Uiramutã (a cidade mais indígena do Brasil) ficam a poucos quilômetros do país vizinho. Já o de Oriximiná, no Pará, está a 400 km.
Como é a fronteira do Brasil com o território na Guiana cobiçado pela Venezuela
A região tem como principais motores da economia o comércio entre as populações brasileira e guianense – Lethem, a cidade mais próxima, é considerado um paraíso de compras baratas para os moradores de Roraima –, o turismo – um dos principais destinos, o Monte Roraima, fica na região – e o garimpo ilegal.
"Aqui está tudo tranquilo, não tem movimentação nenhuma. O que há é só a preocupação do povo com a possibilidade de se fechar a fronteira", conta ao g1 em dezembro Joner Chagas (Republicanos), prefeito de Bonfim, cidade de 13,9 mil habitantes por onde passa a principal ligação por terra entre Brasil e Guiana.
O sentimento dos indígenas que vivem na borda do país é outro.
"Nossa comunidade está há 800, 1 mil metros da fronteira", contou na mesma época Lázaro Wapichana, líder indígena da região do Pium, que fica em Bonfim. "A gente se sente muito inseguro [com um possível conflito] porque eles não vão respeitar os povos indígenas e nem ninguém, porque uma guerra é uma guerra".
O Brasil possui 12 bases militares em Roraima – a maioria delas em Boa Vista, a cerca de 50 km da região de fronteira com Essequibo. Para ampliar a segurança no território brasileiro, Ministério da Defesa determinou, em dezembro, o envio de 28 veículos blindados e um contingente de até 150 militares.
Questionado se o efetivo mobilizado foi mantido e se os veículos continuam na região, o Exército não se manifetou até a última atualização desta reportagem.
Saiba mais sobre a fronteira:
Quais são as cidades e qual é a população delas?
Bonfim (RR) - 13.897 habitantes, 6.463 indígenas
Caracaraí (RR) - 20.957 habitantes, 1.273 indígenas
Caroebe (RR) - 10.656 habitantes, 810 indígenas
Normandia (RR) - 13.669 habitantes, 12.144 indígenas
Oriximiná (PA) - 68.294 habitantes, 3.805 indígenas
Uiramutã (RR) - 13.751 habitantes, 13.283 indígenas
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Quais são as terras indígenas existentes na região, e quais povos vivem nelas?
Raposa Serra do Sol: 25.077 habitantes dos povos Ingarikó, Macuxi, Patamona, Taurepang e Wapichana;
São Marcos: 9.033 (Macuxi, Taurepang e Wapichana);
Manoa/Pium: 2.576 (Macuxi e Wapichana);
Jacamim: 1.167 habitantes (Wapichana);
Waiwái: 500 habitantes (Waiwai);
Bom Jesus: 43 habitantes (Macuxi e Wapichana).
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Atrações turísticas
Monte Roraima, destino turístico na tríplice fronteira entre Brasil, Guiana e Venezuela
Divulgação/Embratur
O turismo está entre as atividades econômicas que movimentam a região de Bonfim e Pacaraima. Há o temor de que, em caso de um conflito armado, as fronteiras sejam fechadas.
Visitantes dos países vizinhos e de outros estados têm o Monte Roraima, no norte do estado brasileiro – com acesso pela Venezuela– como um dos principais atrativos. Há também, na fronteira com Essequibo, fazenda com lago natural e pontos de vendas de açaí (do lado brasileiro, em Bonfim), e de outros produtos naturais típicos da região, como a de Moco Moco, na Guiana.
Além da vinda de estrangeiros ao Brasil, brasileiros também visitam Essequibo. Um dos locais visados é Lethem, cidade na Guiana que possui cachoeiras bastante buscadas por brasileiros.
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Garimpo ilegal
Assim como outras áreas de Roraima, a região próxima a Essequibo tem registros de garimpo ilegal.
Nessa área, o principal palco de exploração é a terra Indígena Raposa Serra do Sol, uma das maiores terras indígenas do país, segundo o Conselho Indígena de Roraima (CIR).
Monitoramento feito em julho de 2023 identificou pontos de extração ilegal nas áreas de Água Fria, Igarapé do Trovão e Igarapé do Kai da TI Raposa Serra do Sol.
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Presença das Forças Armadas Brasileiras
Modelos dos blindados que reforçarão a fronteira
Exército Brasileiro/Divulgação
Para Vitelio Brustolin, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a chance de uma investida da Venezuela contra a Guiana é praticamente nula. Ele avalia que uma ação militar representaria o fim da carreira política de Nicolás Maduro.
Na hipótese remota de a Venezuela decidir atacar, haveria duas possibilidades: uma incursão por ar e água, com ataques aéreos e tropas invadindo a Guiana por navios; ou, então, por terra. E é aqui que entra o Brasil.
A fronteira da Venezuela com a Guiana é formada por uma mata densa que impossibilita a passagem de veículos blindados e grandes tropas ao mesmo tempo. A alternativa seria por estradas e só no Brasil há uma ligação assim com a Guiana.
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Source: INFOGRÁFICO: Único acesso viável por terra da Venezuela a Essequibo passa por BR; invasão é improvável
#7
LEIA SEMPRE AQUI! / Passageiros ficam retidos em c...
Última mensagem por noticias - 10, Abril, 2024, 02:17
Passageiros ficam retidos em cruzeiro à Europa após problema com documentação de bolivianos: '24h atracados sem poder zarpar', diz brasileira


     Cruzeiro, que tinha como destino final Veneza, na Itália, ficou retido no porto de Barcelona, na Espanha. Passageiros foram impedidos de descerem do navio por 24 horas. Nesta quarta-feira (3), passageiros foram informadas de que a viagem foi cancelada. Passageira de navio impedido de seguir viagem relata situação em cruzeiro
Brasileiros que estão fazendo um cruzeiro até a Europa relataram que ficaram retidos no navio, com cerca de 1.500 passageiros a bordo, por cerca de 24 horas assim que atracaram no porto de Barcelona, na Espanha, nesta terça-feira (2).
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Eles disseram ao g1 que o passeio foi interrompido após problemas com a documentação de um grupo de bolivianos que tentaram desembarcar em países europeus.
A MSC Cruzeiros, companhia responsável pela viagem, confirmou a situação com os bolivianos ao g1.
"No momento, estamos trabalhando junto com as autoridades espanholas para gerenciar uma situação envolvendo hóspedes da Bolívia, que viajavam com documentação inválida para o desembarque na Europa."
Caroline Moraes, que mora em Votorantim (SP), disse ao g1 que o grupo é formado por 69 bolivianos (assista acima).
"Estamos 24 horas atracados sem poder zarpar. "Era pro navio ter zarpado ontem (2), por volta das 15h, mas foi impedido pela polícia", diz Caroline.
"Nós ficamos impedidos de descer e conhecer a cidade de Barcelona. Nós já tínhamos passados em dois portos, um na Espanha e outro em Portugal, onde os bolivianos também não puderam descer do navio," completa.
Segundo Caroline, viaturas da polícia espanhola cercaram o navio para impedir que passageiros deixassem o local na terça-feira (2)
Caroline Moraes/Reprodução
Conforme Caroline, depois de 24 horas impedidos de descerem do navio, os turistas que tem o passaporte foram liberados para descer do navio e visitar a cidade. Porém, eles precisam retornar ao navio até às 23h59 desta quarta-feira.
O destino final da jovem, que viaja junto com o marido, é Veneza, na Itália, mas ela comenta que ainda não sabe se o cronograma da viagem vai ser mantido. Caroline conta que há outros três casais que moram em Sorocaba (SP) que estão a bordo do navio.
"Não temos previsão do que vai acontecer. Mas nós que estamos a bordo não estamos passando por nenhuma situação constrangedora, exceto a frustação da nossa viagem. Temos alimentação, está tudo normal", conta Caroline.
Outra brasileira, moradora de Sorocaba (SP) que pediu para ter a identidade preservada, também está no cruzeiro e contou que passa pela mesma situação. Com destino a Roma, ela disse que um grupo de turistas vai conseguir seguir até o destino em um voo.
Caroline comentou ao g1 que de que o trajeto final do cruzeiro, até Veneza, seria cancelado. A assessoria da MSC no Brasil disse que, até o início da tarde desta quarta, não tem informações sobre o cancelamento do cruzeiro.
O g1 também solicitou informações ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil na Espanha e para a Embaixada da Bolívia na Espanha, mas até a última atualização desta reportagem não obteve retorno.
Ao jornal espanhol El Periódico, o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia informou que tomou conhecimento da situação e que acompanha o caso.
Passageiros se reuniram em recepção do navio para pedirem informações sobre a viagem
Arquivo Pessoal
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#8
LEIA SEMPRE AQUI! / Homem considerado pelo Guinnes...
Última mensagem por noticias - 09, Abril, 2024, 02:16
Homem considerado pelo Guinness como o mais velho do mundo morre aos 114 anos


     Juan Vicente Pérez Mora foi considerado o homem mais velho do mundo vivo em 2022. Agricultor, que nasceu em 1909, teve 11 filhos e mais de 40 netos. Juan Vicente Pérez, considerado o homem mais velho do mundo vivo, em foto de 2022
Jhonny Parra/AFP
O venezuelano Juan Vicente Pérez Mora, certificado em 2022 pelo Guinness como o homem mais velho do mundo, morreu nesta terça-feira (2) aos 114 anos. A informação foi confirmada por autoridades e familiares.
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"Juan Vicente Pérez Mora transcendeu para a eternidade aos 114 anos [...] Ele deu à Venezuela o Recorde Guinness por ser o homem mais velho do mundo", disse o presidente Nicolás Maduro.
Ele foi oficialmente confirmado como o homem mais velho vivo em 4 de fevereiro de 2022, quando tinha 112 anos e 253 dias.
Pai de 11 filhos, ele tinha mais de 40 netos, 18 bisnetos e 12 trinetos.
O agricultor conhecido como "Tio Vicente" nasceu em El Cobre, estado de Táchira, em 27 de maio de 1909. Mora foi o nono filho de dez irmãos.
"Aos cinco anos, começou a trabalhar com seu pai e seus irmãos na agricultura, ajudando na colheita de cana-de-açúcar e café", indicou o Guinness após o eleger como o homem mais velho do mundo.
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Última mensagem por noticias - 08, Abril, 2024, 02:13
'Acontece em guerras', diz Netanyahu sobre ataque que matou 7 de ONG de chef condecorado por Obama


     Funcionários da World Central Kitchen, ONG de chef condecorado por Obama e uma das principais fornecedoras de alimentos à Faixa de Gaza desde o início da guerra, foram atingidos em carro identificado na segunda (1º). Premiê israelense disse que ataque não foi intencional.  Ataque israelense destrói carro e mata 7 trabalhadores humanitários em Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu nesta terça-feira (2) que o ataque que matou sete membros da ONG World Central Kitchen na Faixa de Gaza partiu do Exército israelense.
"Infelizmente, no último dia houve um caso trágico em que as nossas forças atingiram involuntariamente pessoas inocentes na Faixa de Gaza. Acontece em guerras, e estamos verificando até o fim, estamos em contato com os governos, e tudo faremos para que isso não aconteça novamente", declarou o premiê.
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O ataque, que atingiu dois veículos da ONG, ocorreu na segunda-feira (1º). A organização, criada nos Estados Unidos pelo chef espanhol José Andrés, famoso nos EUA, havia levado uma carga de alimentos ao território palestino horas antes do bombardeio.
Segundo a ONG, entre os mortos há três cidadãos do Reino Unido, um da Austrália, um dos Estados Unidos, um da Polônia, e um palestino.
A World Central Kitchen é uma das mais atuantes em Gaza e, há duas semanas, envio o primeiro navio com ajuda humanitária ao território, em uma parceria com a ONG Open Arms, que resgata migrantes naufragados no mar Mediterrâneo. A WCK disse que vai pausar as operações de ajuda na região.
Os dois veículos que transportavam as vítimas e que foram atingidos tinham o logotipo e o nome da ONG desenhados no teto (veja imagem acima) e circulavam sozinhos em uma via de uma área sem conflitos. Em comunicado, a World Central Kitchen frisou que os carros eram blindados e estavam identificados. 
Após o episódio, o Ministro da Defesa de Israel anunciou que abrirá uma sala de situação para coordenar a distribuição de ajuda humanitária em Gaza em conjunto com "grupos internacionais".
Um dos veículos da ONG World Central Kitchen após ser atingido por um ataque israelense na Faixa de Gaza, em 1º de abril de 2024.
Ahmed Zakot/ Reuters
As Forças Armadas de Israel também emitiram uma nota nesta terça admitindo a culpa e afirmando que o ataque foi um "trágico resultado" de um bombardeio israelense. Em mensagem de vídeo nesta terça-feira (2), o porta-voz do Exército disse ter ligado para o chef espanhol José Andrés para expressar "os mais profundos sentimentos".
O chef espanhol José Andrés afirmou que a ONG perdeu "diversas irmãs e irmãos em um ataque das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza". "É uma tragédia. Trabalhadores de organizações humanitárias e civis nunca deveriam ser um alvo. Nunca", disse Andrés.
O chef espanhol é famoso nos Estados Unidos por atuar em diversos programas de TV, realizar trabalhos de distribuição de comida e ter sido condecorado pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama com uma medalha de serviços humanitários do governo norte-americano.
"Este não é apenas um ataque contra a World Central Kitchen, é um ataque a organizações humanitárias que se apresentam nas situações mais terríveis, em que os alimentos são usados ��como arma de guerra. Isso é imperdoável", disse o CEO da ONG, Erin Gore.
Resposta é 'insuficiente', dizem EUA
Membros da World Central Kitchen na Faixa de Gaza em 21 de março de 2024
Reprodução/ @chefjoseandres
O caso gerou repercussão também entre líderes e autoridades mundiais.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, chamou a resposta de Israel de "insuficiente" e disse que a World Central Kitchen "estava fazendo um trabalho extraordinário" em Gaza. "Os funcionários de organizações de ajuda humanitária têm de ser protegidos", afirmou.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou estar "chocado" com o ataque. Já o premiê espanhol, Pedro Sánchez, se disse "horrorizado", e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, cobrou de Israel explicações -- uma das vítimas era uma funcionária australiana da ONG.
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Entrega de alimentos
Embarcações atracam em estrutura flutuante com ajuda humanitária transportada por navio de ONG espanhola, que chegou na Faixa de Gaza em 15 de março de 2024.
Forças Armadas de Israel
Os funcionários da ONG haviam acabado de levar comida e outros itens de ajuda humanitária ao norte da Faixa de Gaza, onde a população está à beira de uma crise de fome. Imagens em vídeo gravadas em um hospital na cidade de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, mostram que alguns deles estavam com itens de proteção que tinham o logotipo da ONG.
Nesta semana, a World Central Kitchen enviou um navio com cerca de 400 toneladas de comida e itens de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O carregamento foi organizado pelos Emirados Árabes Unidos e deve chegar na semana que vem à costa de Gaza.
No mês passado, a ONG enviou a primeira entrega, com 200 toneladas e que reabriu a rota marítima a Gaza, que estava fechada por determinação de Israel.
A ONU tem uma agência especializada em atender os palestinos que atua na Faixa de Gaza, mas Israel proibiu essa entidade de fazer entregas no norte do território. Outros grupos de ajuda afirmam que enviar comboios de caminhões para o norte tem sido muito perigoso devido à falta de garantia de segurança por parte do exército.
Veja abaixo um vídeo sobre a possibilidade de crise de fome na Faixa de Gaza.
A Corte Internacional de Justiça - principal órgão judicial da ONU - ordenou que Israel garanta a entrega de alimentos à população palestina na Faixa de Gaza
Campanha militar em hospital
O ataque aconteceu horas depois de as forças de Israel finalizarem um período de duas semanas de ações militares no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza. O hospital ficou destruído, e uma parte do prédio foi reduzida a cinzas.
Os militares afirmaram ter matado 200 militantes do Hamas durante a permanência no hospital, mas as principais agências de notícias não conseguiram confirmar se todos realmente pertenciam ao grupo terrorista.
O governo local, controlado pelo Hamas, disse ter retirado corpos de civis dos destroços.
VÍDEOS: mais assistidos do g1

Source: 'Acontece em guerras', diz Netanyahu sobre ataque que matou 7 de ONG de chef condecorado por Obama
#10
AREA DOS AMIGOS! / Para Percí e para os jovens am...
Última mensagem por marcosbr - 07, Abril, 2024, 18:35
Citei meu amigo Percí simplesmente porque ele entre outros "jovens" desconhecem a historia real da DITADURA.
Para não estender muito... 
Quero deixar "gravado"  para filhos e netos o que na realidade aconteceu na ditadura.
Vejamos com as musicas. já que as vitimas já se foram...
Estes idiotas que se intitulam "patriotas" são nada menos do que opositores a democracia!

A banda passou dizendo o de sempre. Os "patriotários" só não entenderam:


E a banda passou e vieram os problemas.

E aí vem a cobrança... 


O cidadão vivia ao deus dará. O trabalhador era considerado uma peça descartável em prol de um futuro melhor que nunca veio!

Graças ao meu Deus algumas pessoas (a maioria) acordaram.