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Voo da FAB para repatriação de brasileiros decola de Lisboa com destino ao Líbano


     Trajeto rumo a Beirute estava previsto para a sexta-feira (4), mas acabou adiado por motivos de segurança. Avião deve trazer 220 pessoas, entre brasileiros e familiares. Tripulação para resgatar brasileiros no Líbano inclui médicos, enfermeiros e psicólogos
Secretaria de Audiovisual/PR
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que fará a repatriação de brasileiros no Líbano decolou neste sábado (5) de Lisboa, em Portugal, com destino a Beirute, capital libanesa.
De acordo com a FAB, a aeronave levantou voo às 6h55, com pouso previsto para 11h (horário de Brasília). Após o embarque dos passageiros, o avião retorna para Lisboa, onde fará uma parada técnica.
A previsão de chegada ao Brasil é na manhã de domingo (6), na Base Aérea de Guarulhos (SP).
A expectativa é que 220 brasileiros e familiares retornem ao país. O Itamaraty ainda não atualizou a lista de passageiros. O número pode sofrer alterações, já que os cidadãos podem desistir de fazer o trajeto.
Este primeiro voo estava previsto para ser realizado nessa sexta-feira (4), mas acabou adiado por razões de segurança.
Ao longo da semana, Israel realizou bombardeios em diversas regiões do país, afetado pelo conflito entre forças israelenses e o grupo extremista Hezbollah.
Repatriação adiada: trecho por estrada até aeroporto de Beirute é o que mais preocupa
Avião para resgatar brasileiros no Líbano só aguarda autorização
Operação Raízes do Cedro
A aeronave, do modelo KC-30, que faz parte da operação de resgate batizada de Raízes do Cedro decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada de quarta-feira (2) e chegou a Portugal na manhã do mesmo dia.
Quase 3 mil pessoas demonstraram disposição para voltar ao Brasil. A maioria é de moradores do Vale do Bekaa e da capital, Beirute.
O brigadeiro Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica, informou que o Brasil tem capacidade para buscar 500 pessoas por semana no Líbano.
Forças de Israel fazem nova onda de bombardeios contra o Líbano
A decisão por uma missão oficial foi tomada após uma conversa do presidente Lula e do chanceler Mauro Vieira, no México, durante viagem para acompanhar a posse da nova presidente Claudia Sheinbaum.
A embaixada em Beirute está fazendo consultas com comunidade local desde terça-feira da semana passada, e a procura de brasileiros que querem voltar ao país tem aumentado dia após dia.
Em paralelo a isso, estão sendo montadas listas com as pessoas que devem deixar o país com a ajuda oficial. A previsão é que esta mesma aeronave retorne para fazer uma novo voo de repatriação.
Segundo fonte do Itamaraty, os números tendem a oscilar porque algumas famílias desistem, outras conseguem sair por conta própria e outras podem entrar na lista em decorrência do aumento dos riscos.
Em 2006, última grande crise militar entre Israel e Hezbollah, cerca de 3 mil brasileiros deixaram o Líbano.
Conflito armado
O Líbano tem sido alvo de bombardeios aéreos do Israel, que mira alvos do grupo extremista Hezbollah em território libanês.
Os ataques têm atingido também civis, e dois cidadãos brasileiros já morreram desde a intensificação dos combates a partir do dia 20 de setembro.
Na madrugada deste sábado (5), as Forças de Defesa de Israel tentaram uma nova operação por terra. O grupo extremista Hezbollah disse que militares israelenses tentaram se infiltrar em uma cidade do sul do país, o que resultou em conflitos armados. Além disso, Beirute voltou a ser bombardeada.
Desde a segunda-feira passada (23), o Itamaraty discute a necessidade de uma operação de repatriação. O grande ponto era a opção por qual rota seria usada para o resgate.

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Última mensagem por noticias - 09, Outubro, 2024, 11:53
Fortes explosões são vistas na região do aeroporto de Beirute; FAB planejava pousar no local para resgatar brasileiros


     Governo do Líbano disse que Israel lançou bombardeio na região durante a madrugada de sexta-feira (3), pelo horário local. Provável novo chefe do Hezbollah seria um dos alvos. Itamaraty não informou se haverá mudanças no resgate de brasileiros após as explosões. Explosões são reportadas na região do aeroporto de Beirute
Uma série de fortes explosões foi vista próximo ao aeroporto de Beirute, capital no Líbano, na madrugada de sexta-feira (4), pelo horário local — noite de quinta-feira (3), no Brasil. O ministro dos Transportes do Líbano afirmou que as explosões foram provocadas por um ataque israelense.
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O site Axios, citando fontes militares de Israel, disse que o alvo do ataque seria Hashem Safi al-Din, um dos chefes do Hezbollah. Ele é visto como um dos favoritos a se tornar o número 1 do grupo extremista, após a morte de Hassan Nasrallah. O paradeiro de Safi al-Din é desconhecido.
É possível ver um avião comercial pousando no aeroporto instantes antes da série de explosões na região. Veja aqui.
As explosões acontecem em meio às tentativas de retiradas de cidadãos estrangeiros do Líbano. O Brasil, por exemplo, aguarda autorização para pousar uma aeronave em Beirute e resgatar brasileiros. A previsão era de que um voo da FAB chegasse ao Líbano na sexta-feira.
Antes das explosões, o chanceler Mauro Vieira disse que a retirada de brasileiros poderia ser adiada, "se houver algum episódio que não permita a aterrissagem". O g1 perguntou para o Itamaraty se o ataque desta sexta-feira causará mudanças na operação e aguarda retorno.
Avião pousa em aeroporto de Beirute instantes antes de série de explosões
Testemunhas ouvidas pela Reuters afirmaram que ouviram jatos sobrevoando a região do aeroporto de Beirute, na madrugada de sexta-feira. Imagens mostram aviões comerciais pousando no terminal pouco antes das explosões. Veja no vídeo acima.
Nos últimos dias, Israel lançou uma série de ataques aéreos contra alvos do Hezbollah em Beirute. Os militares também mantêm uma frente de batalha no sul do país, na região de fronteira.
Até a última atualização desta reportagem Israel não havia se pronunciado sobre o novo ataque na região de Beirute.
Em duas semanas, ataques israelenses em todo o território libanês provocaram 1,9 mil mortes. Somente nesta quinta-feira, 37 pessoas foram mortas e 151 se feriram em ataques, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano.
Fumaça e chamas no sul de Beirute em 3 de outubro de 2024.
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
Entenda o conflito
Israel disse que está fazendo uma operação militar contra o grupo extremista Hezbollah. Embora tenha atuação política no Líbano, a organização possui um braço armado com forte influência no país. Além disso, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e é aliado dos terroristas do Hamas.
Os extremistas têm bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade aos terroristas do Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:
Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.
A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.
Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando "uma nova fase na guerra".
Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.
Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.
Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.
Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, por meio de um bombardeio em Beirute.
Israel lançou uma operação terrestre no Líbano "limitada e precisa" contra alvos do Hezbollah, no dia 30 de setembro.
Em 1º de outubro, o Irã atacou Israel como resposta à morte de Nasrallah e outros aliados do governo iraniano.
Veja onde fica o Líbano
Arte/g1
VÍDEOS: mais assistidos do g1

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Última mensagem por noticias - 08, Outubro, 2024, 11:53
Qual a origem da rivalidade entre Israel e Irã


     As relações entre Israel e o Irã foram bastante cordiais até 1979; depois, os países adentraram em uma 'guerra nas sombras'.  Iraniano pisa em bandeira de Israel durante comemoração em Teerã pelos ataques com mísseis nesta terça-feira (01/10).
Reuters via BBC
Os ataques do Irã contra Israel nesta terça-feira (01/10) são os episódios mais recentes de uma antiga rivalidade entre os dois países.
Israel e Irã protagonizam há anos uma disputa sangrenta que virou uma das principais fontes de instabilidade no Oriente Médio e cuja intensidade varia de acordo com o momento geopolítico.
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Para Teerã, Israel não tem o direito de existir. Os governantes iranianos consideram o país o "pequeno Satanás" — o aliado no Oriente Médio dos Estados Unidos, que chamam de "grande Satanás".
Já Israel acusa o Irã de financiar grupos "terroristas" e de realizar ataques contra seus interesses, movidos pelo antissemitismo dos aiatolás.
A rivalidade entre os "arqui-inimigos" já fez um grande número de mortos, muitas vezes em ações secretas em que nenhum dos governos admite sua responsabilidade.
E a guerra em Gaza só fez as coisas piorarem.
Irã lança mísseis contra Israel; veja imagens registradas por cidadãos e postadas em redes
Como começou a rivalidade entre Israel e Irã
O triunfo da Revolução Islâmica de 1979 no Irã marcou o início da rejeição iraniana a Israel.
Getty Images via BBC
As relações entre Israel e o Irã foram bastante cordiais até 1979, quando a chamada Revolução Islâmica dos aiatolás conquistou o poder em Teerã.
Embora tenha se oposto ao plano de fatiamento da Palestina que resultou na criação do Estado de Israel em 1948, o Irã foi o segundo país islâmico a reconhecer Israel, depois do Egito.
O Irã era uma monarquia na qual reinavam os xás da dinastia Pahlavi e um dos principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Assim, o fundador de Israel e seu primeiro chefe de governo, David Ben-Gurion, procurou e conseguiu a amizade iraniana como forma de combater a rejeição de seus vizinhos árabes ao novo Estado.
Mas a Revolução de Ruhollah Khomeini, em 1979, derrubou o xá e impôs uma república islâmica que se apresentava como defensora dos oprimidos e tinha como principais marcas a rejeição ao "imperialismo" americano e a Israel.
O novo regime dos aiatolás rompeu as relações com Israel, deixou de reconhecer a validade do passaporte de seus cidadãos e tomou posse da embaixada israelense em Teerã para cedê-la à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que então liderava a luta por um Estado palestino, contra o governo israelense.
Alí Vaez, diretor do Programa para o Irã do International Crisis Group, um centro de análise, disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que "a aversão a Israel foi um pilar do novo regime iraniano porque muitos de seus líderes haviam treinado e participado de ações de guerrilha com palestinos em lugares como o Líbano e tinham uma grande simpatia por eles".
Além disso, acredita Vaez, "o novo Irã queria se projetar como uma potência pan-islâmica e levantou a causa palestina contra Israel, que os países muçulmanos árabes tinham abandonado".
Assim, Khomeini começou a reivindicar a causa palestina como sua própria. E grandes manifestações pró-Palestina, com apoio oficial, tornaram-se habituais em Teerã.
Vaez explica que em Israel "a hostilidade ao Irã só começou mais tarde, na década de 1990, porque antes o Iraque de Saddam Hussein era percebido como uma maior ameaça regional."
Tanto é que o governo israelense foi um dos mediadores que tornou possível o chamado Irã-Contra, o programa pelo qual os Estados Unidos desviaram armamento para o Irã, para que usassem na guerra contra o vizinho Iraque, entre 1980 e 1988.
Mas, com o tempo, Israel começou a ver no Irã um dos principais perigos para sua existência. E a rivalidade entre os dois passou das palavras para os fatos.
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Khomeini e outros líderes da Revolução Islâmica simpatizavam com a causa dos palestinos contra Israel.
Getty Images via BBC
Uma 'guerra nas sombras'
Vaez lembra que o regime iraniano enfrentava também a Arábia Saudita, outra grande potência regional, e tinha consciência de que o Irã é persa e xiita — em um mundo islâmico maioritariamente sunita e árabe.
"O regime iraniano percebeu seu isolamento e começou a desenvolver uma estratégia destinada a evitar que seus inimigos pudessem um dia atacá-lo em seu próprio território", explica o especialista.
Assim, proliferou uma rede de organizações alinhadas a Teerã que realizavam ações armadas favoráveis aos seus interesses.
A libanesa Hezbollah, listada como terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, é a mais proeminente. Hoje, o chamado "eixo da resistência" iraniano se estende pelo Líbano, Síria, Iraque e Iêmen.
Israel não ficou de braços cruzados e trocou com o Irã e seus aliados ataques e outras ações hostis, muitas vezes em outros países, onde financia e apoia grupos armados que combatem os pró-iranianos.
O estado da relação entre o Irã e Israel foi descrito como uma "guerra nas sombras", na qual ambos já realizaram ataques mútuos sem que, em muitos casos, nenhum dos governos tenha admitido oficialmente sua participação.
Em 1992, o grupo Jihad Islâmico, próximo ao Irã, atacou a embaixada israelense em Buenos Aires, provocando 29 mortes.
Pouco antes, o líder do Hezbollah, Abbas al-Musawi, tinha sido assassinado em um atentado amplamente atribuído aos serviços de inteligência de Israel.
Para Israel, sempre foi uma obsessão minar o programa nuclear iraniano e evitar que chegue o dia em que os aiatolás tenham armas nucleares.
Em Israel não se acredita que o programa nuclear iraniano tenha apenas fins civis. E é amplamente aceito que foram os serviços israelenses que, em colaboração com os Estados Unidos, desenvolveram o vírus de computador Stuxnet, que causou sérios danos às instalações nucleares iranianas na primeira década de 2000.
Teerã também denunciou a inteligência israelense como responsável pelos atentados contra alguns dos principais cientistas encarregados de seu programa nuclear.
O caso mais conhecido foi o assassinato em 2020 de Mohsen Fakhrizadeh, considerado o principal responsável pelo programa. Mas o governo israelense nunca aceitou a acusação de seu envolvimento nas mortes de cientistas iranianos.
Israel, junto a seus aliados ocidentais, acusam o Irã de estar por trás dos ataques com drones e foguetes sofridos em seu território no passado, assim como de ter realizado vários ataques cibernéticos.
Outro motivo de confronto foi a guerra civil desencadeada na Síria a partir de 2011.
A inteligência ocidental aponta que o Irã enviou dinheiro, armas e instrutores para apoiar as forças do presidente Bashar Al-Assad contra os insurgentes que tentavam derrubá-lo.
Isso disparou o alerta em Israel, que acredita que a vizinha Síria é uma das principais rotas por onde os iranianos enviam armamentos e equipamentos para o Hezbollah no Líbano.
De acordo com o portal de inteligência americano Stratfor, tanto Israel quanto o Irã realizaram ações na Síria destinadas a dissuadir o outro de lançar um ataque em larga escala.
Em 2021, a "guerra nas sombras" chegou ao mar quando Israel apontou o Irã como responsável pelos ataques contra navios israelenses no Golfo de Omã. E o Irã, por sua vez, acusou Israel de atacar seus navios no Mar Vermelho.
Reação em cadeia
Irã voltou a atacar Israel pela segunda vez este ano. Foto mostra mísseis sendo interceptados no céu da cidade de Ashkelon, em Israel.
Reuters via BBC
Desde os ataques de 7 de outubro de 2023 realizados pelo Hamas contra Israel e a reação militar massiva lançada pelo Exército israelense em Gaza, analistas e governos de todo o mundo expressaram preocupação de que o conflito pudesse provocar uma reação em cadeia na região — e um confronto aberto e direto entre iranianos e israelenses.
Em 1º de abril deste ano, um ataque aéreo israelense ao consulado do Irã na Síria matou dois generais de alto escalão.
No que pareceu uma retaliação, o Irã atacou Israel com drone e mísseis em 13 abril.
Agora, nesta terça, a Guarda Revolucionária do Irã descreveu o ataque com mísseis como retaliação pelo assassinato em julho do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, assim como do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na sexta-feira (27/9) — e também pelo assassinato de libaneses e palestinos.
No Líbano, o conflito com o Hezbollah se intensificou em meados de setembro, quando ocorreram explosões de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah, matando mais de 30 pessoas e deixando mais de 2 mil feridos.
Israel foi acusado pela ação, mas não negou nem confirmou a autoria.
Poucos dias depois, o sul do Líbano passou a ser fortemente bombardeado por Israel.
Autoridades libanesas dizem que mais de mil pessoas foram mortas nas últimas duas semanas em meio aos ataques de Israel, e até 1 milhão de pessoas precisaram deixar suas casas.
Este texto foi originalmente publicado em 8 de abril de 2024 e republicado em 2 de outubro de 2024 com atualizações.

Source: Qual a origem da rivalidade entre Israel e Irã
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Última mensagem por noticias - 07, Outubro, 2024, 11:52
Governo Lula aguarda próximos passos no conflito entre Israel e Irã para avaliar impactos reais no Brasil


     Valdo: governo espera para avaliar impactos do conflito
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aguarda os próximos passos no conflito entre Israel e Irã para ter uma avaliação mais precisa dos possíveis impactos da crise entre os dois países no Brasil.
 Segundo diplomatas e assessores de Lula, é preciso esperar um pouco para ter uma visão mais clara do que vai acontecer no Oriente Médio.
Dois fatores vão influenciar diretamente no clima na região: como será a reação de Israel e sua intensidade; e como vão se comportar os Estados Unidos, se vão atuar militarmente ao lado de Israel ou vão tentar dissuadir o seu aliado a não responder à altura para evitar uma guerra regional.
Nesta terça-feira (1º), o petróleo chegou a subir 5%, mas depois recuou para uma alta na casa de 3,5%. Nada preocupante para um barril na casa dos US$ 74. E o dólar teve leve alta.
Agora, se o conflito se transformar numa guerra regional, o barril do petróleo pode disparar, o que teria um impacto positivo na balança comercial do Brasil, mas um efeito negativo de gerar mais pressões sobre a inflação, tirando do horizonte uma redução do preço dos combustíveis neste fim de ano.
As declarações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e do embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, geraram preocupações de que o pior cenário possa acontecer, com o Irã revidando os ataques israelenses.
Presidente Lula na Assembleia Geral da ONU em 2024
Ricardo Stuckert/PR
Por isso, há uma grande expectativa para a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, convocada para esta quarta (2) para tentar conter os ânimos no Oriente Médio.
Netanyahu disse que o Irã cometeu um grande erro e vai pagar por ele. O embaixador disse que "Israel vai decidir quando e como vai responder, mas serão algo notado e doloroso".
 Se isso ocorrer, haverá uma escalada no conflito, com risco de se tornar numa guerra regional. E o Irã já avisou que irá reagir com ataques mais intensos sobre a infraestrutura israelense.

Source: Governo Lula aguarda próximos passos no conflito entre Israel e Irã para avaliar impactos reais no Brasil
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Última mensagem por noticias - 06, Outubro, 2024, 11:50
Governo do Irã diz que ação contra Israel está concluída se não houver retaliação


     Israel planeja uma resposta ao ataque com 200 mísseis lançados pelos iranianos contra o território do país na terça (1º). Netanyahu classificou a ação do Irã como um 'grande erro'. 'Chuva de mísseis' é vista nos céus de países Oriente Médio em ataque do Irã contra Israel
Israel divulga imagens de operações realizadas na fronteira com o Líbano
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou nesta quarta-feira (2) que o país exerceu o direito de autodefesa ao lançar 200 mísseis contra o território israelense na terça-feira (1º), informou a agência Reuters.
Segundo ele, a ação iraniana contra Israel está concluída, a menos que haja nova retaliação. A declaração foi feita pela plataforma X, de acordo com a agência.
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"Nossa ação está concluída, a menos que o regime israelense decida provocar nova retaliação. Nesse cenário, nossa resposta será mais forte e poderosa", disse Araqchi.
O lançamento dos mísseis aconteceu em resposta às mortes de líderes do Hezbollah, grupo extremista apoiado pelo Irã. O ministro também disse que os Estados Unidos foram avisados para não interferir após o bombardeio a Israel.
"Trocamos mensagens, mas isso não significa coordenação. Nenhuma mensagem foi enviada antes de nossa resposta (a Israel). Após essa resposta, um aviso foi transmitido via Suíça, informando os americanos que era nosso direito à autodefesa e que não pretendíamos continuar (o ataque)", disse Araqchi, segundo a agência de notícias Tasnim, informou a Reuters.
O ministério das Relações Exteriores do Irã já havia solicitado anteriormente ao Conselho de Segurança da ONU, que se reúne nesta quarta para tratar da escalada do conflito, que tomasse "ações significativas" para prevenir ameaças à paz e segurança regional.
"Estou otimista em relação aos dias futuros. Há uma possibilidade de conflito, mas nossas forças estão totalmente preparadas. Esperamos testemunhar gradualmente a estabilidade em nossa região nos próximos dias," disse o ministro das Relações Exteriores do Irã.
Israel promete resposta 'surpresa' e 'precisa'
Israel está planejando uma resposta ao ataque lançado pelo Irã contra o território israelense. Segundo as autoridades, a resposta irá comprovar as capacidades de "surpresa" e "precisão" de Israel.
No ataque iraniano, projéteis cruzaram os céus de cidades importantes, como Tel Aviv e Jerusalém. Boa parte do ataque foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel.
Após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a ação iraniana como um "grande erro" e afirmou que o Irã irá "pagar" pelo ataque.
Vários países, como Estados Unidos, Reino Unido e França, condenaram o ataque do Irã contra Israel. A comunidade internacional voltou a pedir por uma desescalada no conflito no Oriente Médio.
Gif com mísseis sobre Tel Aviv
Reuters
Troca de ataques
Irã atacou diretamente Israel pela primeira vez em abril deste ano. À época, o país lançou mísseis e drones contra o território israelense em resposta a um bombardeio que atingiu a embaixada do Irã em Damasco, na Síria.
Dias depois, como resposta, bombardeios atingiram uma região do Irã com instalações nucleares. Embora Israel não tenha assumido a autoria, autoridades americanas confirmaram que a ação era uma resposta israelense.
Nesta terça-feira, o Irã voltou a atacar Israel. Uma operação do tipo contra o território israelense era aguardada desde o fim de julho, quando Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, foi assassinado na capital do Irã, Teerã.
O Irã responsabilizou Israel pela morte de Haniyeh e disse que a operação representava uma violação da soberania do país.
Nos últimos dias, o Irã voltou a prometer uma resposta à Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
Novo ataque do Irã
Irã lança mísseis contra Israel
Depois de semanas de promessas, uma ação militar do Irã veio nesta terça-feira, com o disparo de cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel. A maior parte foi direcionada a Tel Aviv e foi interceptada pela defesa israelense. Não houve registro de mortes ou grandes estragos.
Diante do ataque, os militares israelenses emitiram uma ordem para que a população procurasse por abrigos e bunkers. Sirenes de aviso tocaram por todo o país. O espaço aéreo também foi fechado.
Cerca de 20 minutos após uma primeira onda de mísseis, uma segunda leva de artefatos foi lançada. A agência de notícias estatal iraniana afirmou que alguns artefatos atingiram locais controlados por Israel no território palestino da Cisjordânia.
O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
O chefe do Conselho de Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o ataque iraniano não atingiu nenhuma infraestrutura estratégica de Israel. Além disso, não há relatos de mortes.
O governo do Irã disse que, após o envio de mísseis, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido e a salvo.
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Invasão ao Líbano
Um dia antes da ofensiva iraniana, Israel lançou uma operação terrestre no Líbano, mirando alvos específicos do Hezbollah. Os militares garantiram que estavam fazendo ataques precisos e controlados contra o grupo extremista.
A operação foi batizada de "Setas do Norte" e aprovada de acordo com uma decisão "política", segundo as Forças de Defesa de Israel. Os militares disseram que a ação continuará de acordo com a avaliação situacional dos militares e em paralelo ao combate na Faixa de Gaza.
Dias antes da invasão, Israel já estava bombardeando diferentes regiões do Líbano, incluindo a capital Beirute.
A invasão ocorreu após mais de uma semana em que Israel vem bombardeando diferentes regiões do Líbano, inclusive a capital, Beirute, em uma ação que marcou um novo conflito na guerra do Oriente Médio.
Israel e Hezbollah vêm trocando ataques desde outubro de 2023, quando o grupo extremista baseado no Líbano lançou foguetes contra o território israelense em solidaridade aos terroristas do Hamas e à guerra na Faixa de Gaza.
Veja onde fica o Líbano
Arte/g1
Histórico do conflito
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:
Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.
A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.
Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando "uma nova fase na guerra".
Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.
Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.
Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. Cerca de 500 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.
Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah por meio de um bombardeio em Beirute.
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LEIA SEMPRE AQUI / Israel volta a bombardear o Lí...
Última mensagem por noticias - 05, Outubro, 2024, 11:49
Israel volta a bombardear o Líbano após ser alvo de ataque iraniano


     Explosões foram ouvidas em Beirute, na madrugada de quarta-feira (2), pelo horário local. Militares afirmaram que estão atacando alvos do Hezbollah na capital libanesa. Israel volta a bombardear o Líbano
Israel voltou a bombardear o Líbano horas após ser alvo de um ataque de mísseis iraniano. Explosões foram reportadas em Beirute na madrugada de quarta-feira (2), pelo horário local — noite de terça-feira (1º) no Brasil.
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Segundo as Forças de Defesa de Israel, os bombardeios miram alvos do Hezbollah em Beirute. A agência de notícias Reuters disse que explosões foram ouvidas em uma área suburbana que fica no sul da capital libanesa.
Até a última atualização desta reportagem não havia informações sobre feridos ou estragos em Beirute. O Hezbollah também não havia se pronunciado.
Nesta terça-feira, Israel foi alvo de um ataque do Irã. Cerca de 200 mísseis balísticos foram disparados contra o território israelense. A maior parte dos artefatos foi abatida. O governo de Israel disse que ação iraniana "falhou" e prometeu contra-atacar.
Entre os motivos que levaram o Irã a atacar Israel está a morte do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Ele foi morto em um bombardeio israelense contra Beirute no dia 27 de setembro.
Irã e Hezbollah são aliados. O grupo extremista possui influência política no Líbano e forte atuação armada no sul do país, onde fica a fronteira com Israel.
Israel e Hezbollah vêm trocando ataques desde outubro de 2023, quando o grupo extremista baseado no Líbano lançou foguetes contra o território israelense em solidariedade aos terroristas do Hamas e à guerra na Faixa de Gaza.
Ainda na madrugada de terça-feira, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que iniciaram uma operação por terra limitada contra alvos do Hezbollah no Líbano.
A operação foi batizada de "Setas do Norte" e aprovada de acordo com uma decisão "política", segundo as Forças de Defesa de Israel.
Nas últimas semanas, a escalada no conflito entre Israel e o Hezbollah provocou a morte de mais de 1 mil pessoas no Líbano. Além disso, as forças israelenses mantêm outra frente de batalha na Faixa de Gaza.
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Netanyahu diz que Irã cometeu 'grande erro' e irá pagar por ataque; governo iraniano faz nova ameaça
VÍDEO mostra momento em que míssil cai perto de shopping em Tel Aviv
'Não entre em confronto com o Irã', diz presidente iraniano após ataque de mísseis a Israel
Explosão é reportada em Beirute, no Líbano, em 2 de outubro de 2024
Reuters

Source: Israel volta a bombardear o Líbano após ser alvo de ataque iraniano
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Última mensagem por noticias - 04, Outubro, 2024, 11:46
Irã lança mísseis contra Israel, que promete vingança


     Ataque direto, o 1º após escalada de conflitos entre Israel e Hezbollah, atingiu principalmente Tel Aviv. Israel prometeu resposta à ofensiva, que foi retaliação do Irã ao assassinato dos chefes do Hezbollah e do Hamas. Atentado em paralelo nos arredores de Tel Aviv deixou 8 mortos. Fotos mostram projéteis lançados pelo Irã sendo interceptados sobre o céu Tel Aviv, em Israel
Jack Guez/AFP
Israel divulga imagens de operações realizadas na fronteira com o Líbano
O Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos em direção ao território israelense nesta terça-feira (1º), no primeiro ataque direto após a escalada de tensão entre Israel e o Hezbollah — o grupo extremista, embora atue no Líbano, é financiado pelo regime iraniano. O Irã confirmou que disparou 200 mísseis contra Israel, segundo a TV estatal iraniana.
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Veja, abaixo, os principais pontos sobre o ataque:
Segundo o Irã, a investida foi uma retaliação, em razão das recentes mortes de chefes do Hezbollah no Líbano. Autoridades iranianas argumentaram ainda que qualquer contra-ataque resultará em uma "grande destruição" para Israel.
Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã cometeu um "grande erro" e irá pagar. Autoridades de Israel também prometeram vingança, com uma resposta "surpresa" e "precisa".
O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
A maior parte dos mísseis lançados pelo Irã atingiu Tel Aviv, onde houve uma série de explosões.
A população teve de se proteger em bunkers e abrigos por mais de uma hora, e o espaço aéreo chegou a ficar totalmente fechado, mas foi reaberto após o ataque.
Pouco antes dos bombardeios, ocorreu um atentado a tiros nos arredores de Tel Aviv, que deixou oito mortos.
Após o lançamento dos mísseis, o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou que os militares dos Estados Unidos ajudem na defesa de Israel, segundo o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
O Irã e Israel são os principais rivais no Oriente Médio, e a disputa entre os dois países aumentou após o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023 — o Hamas, assim como o Hezbollah, é financiado pelo regime iraniano.
Nesta segunda-feira (30), um dia antes da ofensiva iraniana, Israel lançou uma ofensiva terrestre no Líbano mirando alvos específicos do Hezbollah. A invasão ocorreu após mais de uma semana em que Israel vem bombardeando diferentes regiões do Líbano, inclusive a capital, Beirute, em uma ação que marcou um novo conflito na guerra do Oriente Médio.
Há quase um ano, Israel luta também contra o Hamas na Faixa de Gaza, desde que o grupo terrorista invadiu o sul do país, matou 1,2 mil pessoas e sequestrou outras centenas. O Hezbollah tem bombardeado o norte de Israel desde então, em apoio ao Hamas.
A tensão na região escalou nos últimos dias, com bombardeios de Israel contra alvos do Hezbollah em vários pontos do Líbano, incluindo a capital Beirute. Um dos ataques provocou a morte do chefe do grupo extremista, Hassan Nasrallah, na sexta-feira (27).
Leia, abaixo, sobre os seguintes assuntos (clique para navegar pela página):
▶️ Como foi o bombardeio
▶️ O histórico recente do conflito na região
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HISTÓRICO: Israel, Líbano e Hezbollah vivem em tensão há quase 50 anos
Como foi o bombardeio
Irã lança mísseis contra Israel
Em apenas 12 minutos, os mísseis iranianos atravessaram os céus de pelo menos dois outros países do Oriente Médio e chegaram em Israel por volta das 18h30 no horário local (13h30 pelo horário de Brasília).
Imagens de Tel Aviv mostraram dezenas de mísseis cruzando o céu de Tel Aviv e de Jerusalém.
Cerca de 20 minutos após uma primeira onda de mísseis, uma segunda leva de artefatos foi lançada, segundo a agência estatal iraniana. Parte dos artefatos foi abatida pelo Domo de Ferro, um dos poderosos sistemas antimísseis israelenses.
A imprensa iraniana afirmou que a Universidade de Tel Aviv foi atingida.
A agência de notícias estatal iraniana Irna afirmou que alguns mísseis atingiram também atingiram locais controlados por Israel na Cisjordânia. Além de Israel, Jordânia e Iraque também fecharam seus espaços aéreos, posteriormente reabertos.
O governo do Irã afirmou que o ataque foi uma retaliação ao assassinato dos chefes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh, e à invasão do Exército israelense ao Líbano, na segunda-feira (31). Teerã disse que vai retaliar qualquer novo ataque israelense.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou também que o ataque desta terça representa somente parte da capacidade ofensiva do Irã, e disse: "não entrem em confronto com o Irã". O Irã disse ainda que, após o envio de mísseis, o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido e a salvo.
O porta-voz do Exército israelense disse que o ataque foi "sério" e que "haverá consequências". Mais tarde, as Forças Armadas do país afirmaram que, ainda na noite desta terça, farão um "ataque poderoso no Oriente Médio", segundo a imprensa israelense.
Praticamente ao mesmo tempo em que os mísseis foram lançados, um atentado a tiros ocorreu em Jaffa, pequena cidade nos arredores de Tel Aviv (veja o vídeo abaixo). Segundo o site de notícias israelense Ynet, dois terroristas desceram do metrô e abriram fogo contra várias pessoas na Avenida Yerushalayim.
Oito pessoas morreram no ataque — dois suspeitos de serem os autores do ataque e seis moradores de Jaffa — segundo Israel.
Ataque a tiros em Jaffa, no sul de Tel Aviv, deixa mortos
Mais cedo nesta terça, a Casa Branca havia afirmado que o Irã preparava um ataque a Israel com mísseis balísticos e afirmou que um ataque teria "consequências severas".
Essa não foi a primeira ofensiva do Irã contra Israel, mas foi a mais intensa até agora. Em abril, forças iranianas lançaram 300 drones e mísseis contra o território israelenses em retaliação a um bombardeio ao Consulado do Irã em Damasco, na Síria, que causou a morte de um comandante do Exército iraniano.
Na ofensiva de abril, os drones e mísseis causaram diversas explosões nos arredores de Jerusalém, mas também não houve vítimas.
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Histórico do conflito
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:
Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah por meio de um bombardeio em Beirute.
Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. Cerca de 500 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.
Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.
Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando "uma nova fase na guerra".
A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.
Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.
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Arte/g1

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LEIA SEMPRE AQUI / É #FAKE que Kamala Harris poso...
Última mensagem por noticias - 03, Outubro, 2024, 11:45
É #FAKE que Kamala Harris posou para foto ao lado do rapper P. Diddy


     A vice-presidente dos EUA, na verdade, participava de um evento beneficente acompanhada do apresentador de TV Montel Williams. Imagem usada para espalhar desinformação é montagem. É #FAKE que Kamala Harris posou para foto ao lado do rapper P. Diddy
Montagem g1/Reprodução
Viralizou nas redes sociais uma foto na qual Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à presidência pelo Partido Democrata, supostamente aparece ao lado do rapper Sean Diddy Combs, mais conhecido como P. Diddy, acusado de tráfico sexual e agressões. É #FAKE.   
selo fake
g1
Publicações enganosas sugerem que Kamala chegou ao tapete vermelho de uma festa de mãos dadas com o artista, preso em 16 de setembro. O bilionário Donald Trump, que concorre à Casa Branca pelo Partido Republicano, também compartilhou a imagem falsa na rede social Truth Social, porém posteriormente a apagou, segundo a NBC News.
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O Fato ou Fake submeteu a imagem a uma ferramenta da plataforma TrueMedia.org — capaz de detectar o uso de inteligência artificial — que concluiu que há "evidências substanciais de manipulação".
Segundo a análise da ferramenta, a iluminação e as sombras no rosto de P. Diddy não combinam com o resto da fotografia. A nitidez da cabeça do rapper e do corpo também apresentam definições diferentes, sendo mais um indicativo de que o conteúdo foi adulterado digitalmente.
Uma busca reversa de imagens pelo Google Lens revelou que a foto original foi tirada em 18 de maio de 2001 pelo fotógrafo Ron Galella e está disponível no site da agência Getty Images. Na ocasião, Kamala estava, na verdade, acompanhada do apresentador de TV Montel Williams, com quem teve um breve relacionamento, e com a filha dele, Ashley Williams.
Eles participavam da oitava corrida anual contra a esclerose múltipla, promovida no Century Plaza Hotel, em Century City, na Califórnia.
A montagem, usada para espalhar desinformação, foi produzida a partir da combinação de duas fotos. Além do registro do evento beneficente, a imagem do rosto de P. Diddy foi retirada de uma fotografia no Grammy Awards em 25 de janeiro de 2020, em Beverly Hills, que está disponível no site WireImage.
Vídeo fora de contexto
A fake news envolvendo a vice-presidente dos EUA e o rapper também tem sido compartilhada nas redes sociais por meio de um vídeo do evento beneficente com a seguinte legenda: "Nunca se esqueça de como Kamala Harris começou na vida. Ela não é estranha às festas do Diddy em Los Angeles".
A gravação foi feita pelo programa de TV Inside Edition, que publicou o vídeo no YouTube apenas em novembro de 2020.
As imagens não foram manipuladas, mas foram retiradas de contexto para induzir os internautas a acreditarem que Kamala estava de mãos dadas com P. Diddy no tapete vermelho.
Quem é P. Diddy?
Sean Diddy Combs, também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, de 54 anos, foi preso em Nova York, em 16 de setembro, após meses de investigações. O rapper e produtor musical vai responder às acusações de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição.
Em maio, a rede de TV norte-americana CNN também divulgou um vídeo que mostra Diddy arrastando e chutando Cassie Ventura, sua então namorada, no corredor de um hotel. O episódio aconteceu em 5 de março de 2016.
Em 2023, Cassie abriu um processo acusando o produtor musical de estupro e abuso físico. Segundo ela, os crimes aconteceram durante mais de uma década. Ele negou as acusações.
Diddy é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
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Última mensagem por noticias - 02, Outubro, 2024, 11:42
Como o furacão Helene causou dezenas de mortes e destruição generalizada pelo sul dos EUA


     Tempestade deixou mais de 80 mortos, segundo autoridades, em estados como Flórida, Geórgia, Carolina do Sul, Tennessee e Carolina do Norte. Furacão reuniu características que contribuíram para acelerar a devastação. Barcos invadem terra após passagem do furacão Helene em St. Petersburg, na Flórida
AP Photo/Mike Carlson
O furacão Helene atingiu a costa dos Estados Unidos na quinta-feira (26) com ventos fortes, chuvas pesadas e uma extensão tão grande que geraram a mistura perfeita para a devastação no sul do país. São 84 mortes confirmadas até a manhã deste domingo (29).
A tempestade chegou aos EUA em uma área de pinheiros e pântanos na costa de Big Bend, na Flórida, e imediatamente demonstrou seu poder de longo alcance a centenas de quilômetros de distância.
A Baía de Tampa foi inundada por uma enorme tempestade que levou água até os sótãos das casas. Atlanta, na Geórgia, recebeu mais de 279 milímetros de chuva, recorde para um período de 48 horas.
Foram tantas as árvores derrubadas na Carolina do Sul que, em um determinado momento, mais de 40% do estado ficou sem eletricidade.
Na Carolina do Norte, as represas estavam sob risco de colapso, e comunidades inteiras ficaram isoladas pelas enchentes. As inundações deixaram um hospital no Tennessee submerso, e mais de 50 pacientes tiveram que ser resgatados do telhado por helicóptero.
Furacão Helene deixa rastro de destruição nos EUA
Um furacão poderoso, extenso e acelerado
Como uma única tempestade desencadeou uma destruição tão ampla?
Dan Brown, especialista do National Hurricane Center, perto de Miami, disse que o Helene teve todos os atributos que o tornaram uma tempestade amplamente destrutiva.
O furacão foi extenso, com cerca de 560 quilômetros de largura. Poderoso, com ventos que atingiram 225 km/h quando ele atingiu a costa na quinta-feira à noite, criando uma tempestade generalizada.
Imagens mostram rastro de destruição com passagem do furacão Helene nos EUA; VÍDEO
Ele trouxe chuvas pesadas. E acelerou de forma rápida, rumando para o norte a até 39 km/h no mar e 48 km/h em terra.
O especialista comparou a escala geográfica da destruição de Helene aos furacões Agnes, de 1972, Hugo, de 1989, e Ivan, de 2004.
"Sistemas que se tornam muito poderosos, grandes e rápidos infelizmente têm potencial de impacto e danos para a terra", disse Brown no sábado (28).
Bandeira dos EUA em meio a destruição causada pelo furacão Helene em Horseshoe Beach, na Flórida
AP Photo/Stephen Smith
Essas foram algumas das muitas destruições causadas pelo Helene:
Flórida
A devastação de Helene começou na quinta-feira, horas antes de atingir a costa, quando varreu o Golfo do México. Seus ventos de 193 km/h geraram uma tempestade que carregou entre 2 e 4,5 metros de água para ilhas e bairros costeiros ao longo da costa oeste da Flórida.
Nove moradores, que ficaram para trás depois que seus bairros na área da Baía de Tampa receberam alertas para desocupação, se afogaram.
O xerife do condado de Pinellas, Bob Gualtieri, demonstrou frustração, dizendo que a decisão de emitir ordens de desocupação não é tomada de forma leviana.
Muitos que ignoraram as autoridades pediram ajuda, enquanto alguns buscaram refúgio em seus sótãos. Agentes tentaram ajudar, usando barcos e veículos 4x4, mas não conseguiram chegar a muitos bairros.
"Nós explicamos o caso, dissemos às pessoas o que elas precisavam fazer e elas escolheram o contrário", disse Gualtieri na sexta-feira.
Na quinta à noite, o olho do Helene atingiu a costa noroeste da Flórida na área de Big Bend, que já havia sido afetada pelos furacões Idalia e Debby nos últimos 13 meses.
Susan Sauls Hartway, que havia saído de sua casa à beira-mar, não a encontrou quando retornou na sexta-feira. "Não tinha ideia de que seria tão ruim", disse Hartway. "Isso é inacreditável."
Imagens de drone mostram estragos deixados pelo furacão Helene em Horseshoe Beach, Flórida
Geórgia
Após tocar o solo, o Helene rumou para a Geórgia, onde causou mais de 20 mortes.
Entre eles, estão uma mãe de 27 anos e seus gêmeos de 1 mês cuja casa foi atingida por árvores, na cidade de Thomson. Uma mulher de 89 anos morreu quando árvores caíram em sua casa nas proximidades.
Rhonda Bell e seu marido passavam uma noite mal dormida no quarto de baixo de casa nos arredores de Valdosta, onde o centro do furacão Helene passou logo após a meia-noite.
Os ventos quebraram galhos, arrancaram telhas e derrubaram cercas nas proximidades. Então, um carvalho alto caiu no telhado de um quarto no andar de cima.
"Eu simplesmente senti a casa inteira tremer", disse Bell. "Graças a Deus nós dois estamos vivos para contar sobre isso."
Atlanta foi atingida por 279 milímetros de chuva, o maior volume em 48 horas desde que a cidade começou a fazer esse registro, em 1878. Ruas inundaram, submergindo carros. Bombeiros resgataram pelo menos 20 pessoas.
Furacão Helene provoca estragos em Boone, na Carolina do Norte, nesta sexta-feira (27).
Jonathan Drake/Reuters
Carolina do Norte
As fortes chuvas do Helene nas montanhas do oeste causaram grandes inundações e deslizamentos de terra na região de Asheville, cortando boa parte da comunicação e bloqueando as estradas. Ao menos 30 pessoas morreram na região.
Um vídeo postado nas redes sociais mostrou grandes partes da cidade submersas.
A mais de 1.610 quilômetros de distância, no Texas, Jessica Drye Turner implorou no Facebook, na sexta-feira, para que alguém resgatasse seus familiares presos no telhado de Asheville.
No entanto, no sábado, Turner disse que o telhado desabou antes que a ajuda chegasse. Ela contou que seus pais, ambos na casa dos 70 anos, e seu sobrinho de 6 anos se afogaram.
"Não consigo expressar em palavras a tristeza, o desgosto e a devastação que minhas irmãs e eu estamos passando", escreveu.
Carolina do Sul
A tempestade foi especialmente mortal na Carolina do Sul. O maior impacto foram as quedas de árvores, e a tempestade também produziu tornados no estado.
No condado de Saluda, dois bombeiros morreram quando uma árvore caiu em seu caminhão enquanto eles atendiam uma emergência. No condado de Greenville, queda de árvores causaram quatro mortes.
Quatro pessoas também morreram no condado de Aiken por conta da queda de árvores em casas, incluindo um homem de 78 anos e sua esposa de 74 anos.
Casal observa residência atingida pelas inundações do rio Pigeon após passagem do furacão Helene em Newport, no Tennessee
AP Photo/George Walker IV
Tennessee
As fortes chuvas do Helene fizeram com que os rios no leste do estado transbordassem e ameaçassem o colapso de represas, forçando a retirada de moradores da região.
Pacientes e outras pessoas em um hospital perto da divisa com a Carolina do Norte tiveram que ser levados para o telhado na sexta-feira quando águas do rio Nolichucky, que transbordou, invadiram o prédio.
O Hospital do Condado de Unicoi tentou retirar 11 pacientes e dezenas de outros, mas a água estava muito tortuosa para que os barcos enviados pela Agência de Gerenciamento de Emergências do Tennessee navegassem.
Helicópteros foram enviados para ajudar no resgate. Eventualmente, todos foram retirados.

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Última mensagem por noticias - 01, Outubro, 2024, 11:41
'Estamos vencendo', diz Netanyahu na ONU; delegações abandonam Assembleia Geral em protesto


     Premiê ameaçou Irã, indicou que seguirá ataques no Líbano e afirmou estar pronto para um 'governo civil local' em Gaza. Ele foi vaiado no início de sua fala, na semana de discursos dos 193 líderes de países da ONU. Ataques de Israel ao Hezbollah completaram uma semana nesta sexta, com mais de 700 mortes. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostra um mapa do Irã e aliados com a inscrição "a maldição" durante discurso na Assembleia Geral da ONU, em 27 de setembro de 2024.
Eduardo Munoz/ Reuters
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta sexta-feira (27) que Israel está vencendo a guerra e que busca a paz, mas que enfrentará inimigos como o Irã até o final.
"Não há nenhum lugar no Irã que Israel não posssa alcançar", disse o líder israelense, em discurso na Assembleia Geral da ONU.
A fala do premiê de Israel, atualmente em guera na Faixa de Gaza e no Líbano, era uma das mais esperadas da Assembleia Geral, em que líderes dos 193 países da ONU fazem discursos. Quando ele foi chamado na sessão, dezenas de membros de delegações abandonaram o plenário da ONU (veja vídeo abaixo), e houve aplausos e vaias. O presidente da sessão teve de pedir silêncio.
O premiê disse desejar "a bênção de uma reconciliação histórica entre árabes e judeus", mas indicou que seguirá com os bombardeios no Líbano. "Enquanto o Hezbollah escolher o caminho da guerra, Israel não tem outra opção. O Hezbollah tem nos atacado de maneira impiedosa há 20 anos", afirmou, em referência a foguetes que o grupo extremista lança constantemente contra o norte de Israel.
Israel vem bombardeando regiões do Líbano há uma semana, em uma nova página do conflito no Oriente Médio que já deixou mais de 700 mortos. O governo israelense afirma que o alvo é o Hezbollah, grupo extremista financiado pelo Irã que nasceu no Líbano com o intuito de lutar contra Israel.
Sem mencionar a proposta feita pelos Estados Unidos, seu principal aliado, sobre um cessar-fogo no conflito contra o Hezbollah, alegou que está lutando também pelo Ocidente.
"Não estamos só nos defendendo. Também estamos defendendo vocês contra um inimigo comum que ameaça nosso modelo de vida", discursou, em referência ao Irã. "Israel vem tolerando essa situação intolerável por quase um ano. Bem, eu vim aqui hoje para dizer que já chega", disse.
"Eu não pretendia vir aqui este ano. Meu país está em guerra, lutando por sua sobrevivência. Mas depois de ouvir mentiras contra meu país por muitos aqui, resolvi vir", disse. "Israel busca a paz, torce pela paz, e vai tornar a fazer a paz. No entanto, enfrentamos um inimigo selvagem e precisamos combatê-lo".
Delegações abandonam a Assembleia Geral em protesto antes de discurso de Netanyahu
No discurso, ele acusou o Irã de ter bombardeado Israel diretamente pela primeira vez, com mísseis lançados na quinta-feira (26) direto do território iraniano. E disse que está preparado para uma guerra contra o país. "Se vocês atacarem a gente, nós te atacaremos", afirmou.
A delegação do Irã foi uma das que se levantaram do plenário antes do início do discurso de Netanyahu.
O premiê afirmou no discurso que, em quase um ano de guerra na Faixa de Gaza, Israel já matou ou capturou "mais da metade dos 40.000 soldados do Hamas" e afirmou estar "pronto para apoiar uma administração civil local comprometida com a paz".
"Essa guerra pode ter um fim agora. Tudo o que falta é que o Hamas se renda, entregue as armas e devolva os reféns", afirmou. "Não queremos ver uma só pessoa, uma só pessoa inocente, morrer. Isso é sempre uma tragédia".
Citou ainda uma passagem na Bíblia que diz que "a alternativa de Israel não falhará". "Essa promessa antiga sempre foi mantida, e seguirá sempre mantida".
"Ano passado, eu disse aqui que enfrentamos a mesma escolha atemporal que Moisés colocou diante do povo de Israel há milhares de anos, quando estávamos prestes a entrar na terra prometida. Moisés nos disse que nossas ações determinarão se deixaremos às gerações futuras uma bênção ou uma maldição, e essa é a escolha que enfrentamos hoje, a maldição da agressão incessante do Irã, ou a bênção de uma reconciliação histórica entre árabes e judeus.
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Uma semana de ataques
Entenda o conflito no Oriente Médio e a possibilidade de uma guerra geral
Nove pessoas de uma mesma família morreram em um bombardeio à cidade de Shebaa, no sul do Líbano, nesta sexta-feira (27), que deixou 25 mortos no total. Quatro delas eram crianças, segundo o prefeito da cidade, Mohammad Saab.
Do outro lado, as Forças Armadas de Israel disseram que o Hezbollah lançou mísseis contra a cidade de Haifa, a terceira maior de Israel e que virou alvo do grupo extremista desde o início da escalada dos conflitos entre as duas partes.
A escalada da troca de ataques entre Israel e o Hezbollah — que já acontecia de forma constante desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há quase um ano — ocorreu após explosões em série de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah, que acusam Israel pelo ataque.
A escalada provocou também um êxodo sem precendetes no Líbano desde a guerra de 2006. Nesta sexta-feira, a ACNUR, a agência da ONU para refugiados, afirmou que mais de 30 mil pessoas de diferentes regiões do Líbano fugiram para a vizinha Síria nas últimas 72  horas.
Outros milhares de pessoas também tentam deixar o país, mas dezenas de companhias aéreas cancelaram operações nos aeroportos libaneses. O Itamaraty disse esta semana que está consultando brasileiros que queiram deixar o Líbano para estudar a repatriação ao Brasil — há 21 mil cidadãos brasileiros morando no Líbano, a maior comunidade brasileira no Oriente Médio.
Nesta sexta-feira, o irmão do brasileiro de 15 anos que morreu junto com o pai durante um dos bombardeios israelenses no Líbano chegou ao Brasil e relatou o momento em que a família foi atingida pelo ataque. "Não dava para respirar", disse ele no aeroporto de Foz do Iguaçu a jornalistas (veja vídeo abaixo).
Jovem que sobreviveu a um bombardeiro no Líbano trabalhava com o pai e o irmão no momento
Do lado de Israel, milhares de pessoas no norte tiveram de deixar suas casas por conta dos lançamentos de mísseis e foguetes pelo Hezbollah — o governo israelense prometeu que a nova fase só terminará quando os moradores conesguirem retornar com segurança.
Por isso, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, rejeitou na quinta-feira (26) uma proposta de cessar-fogo conjunta feita por diversos países, entre eles os Estados Unidos, o Reino Unido e os Emirados Árabes.
Em outra frente de ataque também nesta sexta, as forças israelenses mataram cinco soldados sírios em um bombardeio na região fronteira entre o Líbano e a Síria. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal da Síria.
Integrantes do resgate e moradores observam destruição deixada por bombardeio israelense em Shebaa, no sul do Líbano, perto da fronteira com Israel
Rabih DAHER / AFP

Source: 'Estamos vencendo', diz Netanyahu na ONU; delegações abandonam Assembleia Geral em protesto