teologia é fiél?

Iniciado por marcosbr, 28, Dezembro, 2015, 23:57

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Muita gente anda confundindo a palavra "teologia"
Algumas pessoas que se denominam "teólogo" podem confundir mais do que explicar! Nos tempos modernos, estamos partindo para aquele velho ditado: "farinha pouca meu pirão primeiro"
Muitos cursos "teológicos" procuram influenciar trechos bíblicos, para se adaptarem a ensinamentos "religiosos"      Chegamos a ter um trecho único com "varias interpretações!
Lucas 23:42/43 É descrito segundo a "religião e tradução bíblica! (podemos falar mais tarde sobre traduções)

1: E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Almeida Corrigida Fiel)
2:Então ele disse: "Jesus, lembre-se de mim quando entrar no seu Reino. E ele lhe disse: Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no paraíso" (Tradução do Novo Mundo)

Na época de Jesus e dos apóstolos o grego Koinê era a língua internacional usada dentro do Império Romano como meio de comunicação entre vários povos ao redor do Mar Mediterrâneo.
Na tradução para português ficaria assim os versículos 42/43:
3:"E dizia Jesus lembra-te de mim quando vieres em o reino teu e disse a ele amém a ti digo hoje comigo estarás em o paraíso"
Muitos acham que foi, outros não... Alguns entendem "paraíso" com "céu" Outros não...
Eu sei duma coisa. Jesus antes da crucificação falou assim com seus discípulos:
  E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. João 8; 23

Não quero entrar no mérito de quem esta certo ou errado. Que cada um tire suas conclusões pessoais!

A ideia é mostrar como uma simples frase gera tantas polemicas! Buscar a "coisa" é fundamental!
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" João 8; 32

Voltemos a "teologia"

Teologia (do grego θεóς, transl. theos = "divindade" + λóγος, logos = "palavra", por extensão, "estudo, análise, consideração, discurso sobre alguma coisa ou algo"), no sentido literal, o estudo sistemático acerca da divindade (sua essência, existência e atributos). Pode também referir-se a um estudo de uma doutrina ou sistema particular de crenças religiosas - tal como a teologia judaica, a teologia cristã, a teologia islâmica.
A origem do termo nos remete à Hélade - a Grécia Antiga. O termo "teologia" aparece em Platão, mas o conceito já existia nos pré-socráticos. Platão o aplica aos mitos interpretando-os à luz crítica da filosofia considerando seu valor para a educação política. Nessa passagem do mito ao logos, trata-se de descobrir a verdade oculta nos mitos. Aristóteles, por sua vez, chama de "teólogos" os criadores dos mitos (Hesíodo, Homero, poetas que narraram os feitos dos deuses e heróis, suas origens, suas virtudes e também seus vícios e erros), e de "teologia" o estudo metafísico do ente em seu ser (considerando a metafísica ou "filosofia primeira", a mais elevada de todas as ciências).
A incorporação do termo "teologia" pelo cristianismo teve lugar na Idade Média, entre os séculos IV e V, com o significado de conhecimento e saber cristão acerca de Deus.
De acordo com a definição hegeliana, a teologia é o estudo das manifestações sociais de grupos em relação às divindades. Como toda área do conhecimento, possui então objetos de estudo definidos. Como não é possível estudar Deus diretamente, pois somente se pode estudar aquilo que se pode observar e se torna atual, o objeto da teologia seriam as representações sociais do divino nas diferentes culturas.
Assim, a teologia pode referir-se a várias religiões. Existem, portanto, a teologia hindu, a teologia judaica, a teologia budista, a teologia islâmica, a teologia cristã (incluindo a teologia católica-romana, a teologia protestante, a teologia mórmon e outras), a teologia umbandista e outras. No Brasil, tramita-se uma lei em que regulamenta a profissão de teólogo.
A Teologia exegética ou simplesmente exegética é a área da teologia que procura estudar e interpretar os livros sagrados, como a Bíblia e o Alcorão, através da exegese. A palavra exegética vem da palavra grega ekegéomai que quer dizer: penso, saco, extrair. A teologia exegética tem como finalidade estabelecer uma estudo sistemático dos livros sagrados utilizando o conhecimento das línguas originais em que foram escritos, como o hebraico e o grego antigo.
A Teologia bíblica estuda a Bíblia e organiza as conclusões obtidas pela Teologia exegética (que usa técnicas como a exegese para interpretar a Bíblia) em várias divisões e áreas de estudo, com a finalidade de estudar e conhecer a evolução ou a história progressiva da Revelação de Deus à humanidade, desde da sua queda e passando pelo Antigo Testamento e Novo Testamento.
A Teologia Bíblica, ao contrário da Teologia Sistemática, é indutiva, isto é, a partir da pesquisa exegética faz afirmações, ou seja, parte do específico para o geral. De um modo geral, a Teologia Bíblica parte da exegese de textos bíblicos como afirmação primeira, daí elaborando afirmações decorrentes.
A Teologia Bíblica ainda divide-se em:
Teologia Bíblica do Antigo Testamento. Nesta parte, os teólogos bíblicos dão especial ênfase às profecias e indícios revelados no Antigo Testamento relativos à vinda e missão de Jesus Cristo, o Messias;
Teologia Bíblica do Novo Testamento.
Não há uma Teologia Bíblica unificada, o que há são diversas teologias das tradições bíblicas. Mesmo no Antigo Testamento, encontram-se as teologias dos livros históricos, e estas ainda se subdividem em outras teologias de acordo com o método de pesquisa empregado, também encontram-se a teologia dos escritos proféticos e dos escritos sapienciais. No Novo Testamento há a teologia de Mateus, de João (Jo, 1Jo, 2Jo, 3Jo, Ap), de Paulo (Cartas Paulinas), de Lucas (Lc e At). O teólogo alemão Hans-Joachim Kraus aborda no livro Die Biblische Theologie esta problemática da múltiplas tradições e teologias bíblicas.

Há no século XXI, há uma teologia pós-moderna, engatinha-se uma sociedade de cultura pós-moderna, a teologia como "discurso", "estudo", tende a perder significado e importância. A teologia se vê ameaçada com as mudanças que incidem sobre ela e sobre a igreja cristã. O dogma fundamental da modernidade, que estabelecia o sujeito e a razão crítica como fonte de interpretação, conhecimento e aceitação das verdades, acaba ruindo por excesso dessa mesma razão moderna. Ela sofisticou-se de tal maneira que foge do controle da razão normal das pessoas, deixando em seu lugar a aceitação ou rejeição subjetiva, arbitrária. Quando se extrema a racionalidade, cai-se na irracionalidade, pois não sendo capaz de acompanhá-la, não nos resta senão aceitá-la ou rejeitá-la também sem razão.
Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta. (Chico Xavier)
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