Polícia faz buscas em floresta de Istambul em investigação sobre desaparecimento de jornalista saudita

Iniciado por noticias, 20, Outubro, 2018, 21:00

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Polícia faz buscas em floresta de Istambul em investigação sobre desaparecimento de jornalista saudita


   Funcionários do consulado saudita da cidade, onde Jamal Khashoggi foi visto pela última vez, prestam depoimento nesta sexta.  Jamal Khashoggi durante evento promovido pelo Middle East Monitor em Londres, no dia 29 de setembro
Middle East Monitor/Handout via REUTERS
Investigadores turcos fizeram uma operação de busca em uma floresta de Istambul, no âmbito da investigação pelo desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi, um crítico do regime de Riad. Funcionários do consulado saudita da cidade, onde ele foi visto pela última vez, também prestam depoimento nesta sexta-feira (19).
Polícia turca busca restos mortais de jornalista em floresta perto de Istambul
A operação na floresta Belgrado, na margem europeia de Istambul, começou na quinta-feira, informaram o jornal Cumhuriyet e o canal NTV.
O local, uma área ampla e remota, fica a 15 km do consulado saudita de Istambul, de acordo com a France Presse. Jamal Khashoggi compareceu à representação diplomática em 2 de outubro para questões burocráticas relativo ao seu casamento com uma turca.
Entenda o caso do jornalista saudita desaparecido
A região é cenário de investigação desde que a polícia constatou que diversos veículos saíram do consulado saudita no dia do desaparecimento do jornalista, segundo a NTV. Existe a suspeita de que pelo menos um dos automóveis seguiu para o bosque.
Khashoggi, que já havia sido próximo ao regime, se tornou um crítico do poderoso príncipe herdeiro saudita Mohamad Bin Salman.
Nem Turquia nem Estados Unidos confirmaram publicamente a morte de Khashoggi ou responsabilizaram oficialmente Riad.
Trump acha que está morto
Porém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quinta-feira (18) acreditar agora que Khashoggi está morto e alertou para consequências "muito severas" se a Arábia Saudita for considerada responsável.
"Certamente parece isso para mim. É muito triste", declarou Trump a jornalistas quando perguntado se ele acreditava que Khashoggi não está mais vivo.
Na quinta, o secretário americano de Estado, Mike Pompeo, que se encontrou com a família real saudita e com representantes turcos, revelou ter aconselhado Trump a dar "mais alguns dias" à Arábia Saudita para "completar" a investigação.
"Eu disse ao presidente Trump esta manhã que deveríamos dar a eles mais alguns dias", disse Pompeo, "Para que nós também tenhamos uma compreensão completa dos fatos" em torno do desaparecimento de Khashoggi.
"Isso permitirá tomar decisões sobre como os Estados Unidos devem responder a este caso", acrescentou.
Tortura
Um fluxo constante de vazamentos não confirmados de funcionários do governo à imprensa turca revela um cenário detalhado e escabroso dos últimos minutos de vida do jornalista, supostamente em uma operação de 15 agentes sauditas que o esperavam quando ele chegou ao consulado de Istambul para iniciar os trâmites de seu casamento.
A imprensa turca afirma que teve acesso a gravações de áudio nas quais os supostos assassinos de Khashoggi o torturam antes de sua decapitação.
O canal ABC News, citando uma fonte do governo turco, afirmou que durante a visita a Turquia o secretário de Estado ouviu a gravação de áudio e leu as transcrições. Algo que Pompeo e  o governo turco negaram.
"Não vi nem ouvi nenhuma gravação. Não vi nenhuma transcrição", afirmou Pompeo à imprensa durante uma viagem à América Latina.
Morte suspeita
Um dos 15 homens que estaria no consulado da Arábia Saudita em Istambul quando o jornalista Jamal Khashoggi foi visto pela última vez, no último dia 2, morreu em um acidente de carro, segundo o jornal governista turco "Yeni Safak", que não citou fontes.
O homem foi identificado pelo jornal - muito próximo do governo turco - como Meshaal Saad M. Albostani, um oficial da Força Aérea da Arábia Saudita e nascido em 1987.
A publicação também afirma que existem "rumores de que (Albostani) poderia ter sido silenciado", ou seja, assassinado, e que "não existe nenhuma informação sobre os detalhes do acidente que causou a morte de Albostani".

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