Departamento de Justiça dos EUA divulga documento que embasou busca na mansão de Trump; autoridades temiam identificação de informantes

Iniciado por noticias, 29, Agosto, 2022, 09:05

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Departamento de Justiça dos EUA divulga documento que embasou busca na mansão de Trump; autoridades temiam identificação de informantes


   Justiça obrigou a tornar público relatório usado pelo FBI para entrar na residência do ex-presidente em Mar-a-Lago, na Flórida. Na ocasião, centenas de papéis que pertenciam à Casa Branca foram recuperados. Departamento de Justiça dos EUA divulga documento que justificou buscas na casa de Trump
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira (26) uma versão editada do documento que o órgão usou para obter a aprovação judicial para fazer buscas na residência do ex-presidente Donald Trump na Flórida, no início do mês.
Do documento de 32 páginas, 23 foram bastante censuradas para preservar informações sensíveis, sendo que 11 foram totalmente ocultadas. Isso foi feito para proteger a investigação, que ainda não foi concluída.
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O que o documento revela
De acordo com a mídia americana, mesmo com os parágrafos censurados, é possível saber que:
O ex-presidente Trump levou mais de 700 páginas de documentos sigilosos, incluindo alguns relacionados às operações de inteligência mais secretas dos EUA.
O FBI analisou 184 documentos que estavam na residência de Trump depois que ele deixou a Casa Branca —vários deles tinham anotações feitas pelo ex-presidente— e entrevistou testemunhas para decidir fazer o pedido para realizar a ação de busca e apreensão;
Antes da operação de busca e apreensão, o governo dos EUA já tentava recuperar alguns documentos que Trump não podia ter tirado da Casa Branca e até mesmo conseguiu obter alguns desses papéis.
O medo do atual governo era que uma eventual publicação do conteúdo dos documentos que Trump levou para sua residência iria colocar em risco "recursos humanos clandestinos" (ou seja, espiões e informantes).
Além disso, também havia receio de que fosse revelado o método pelo qual as agências de inteligência interceptam as comunicações de seus alvos;
Há "um número significativo de testemunhas civis" que sabiam que Trump levou documentos da Casa Branca de forma clandestina e levado para sua residência em Mar-a-Lago.
Para o Departamento de Justiça, havia motivos para acreditar que havia na casa evidências de que Trump estava obstruindo a Justiça.
Trump chegou a mexer em alguns dos documentos que foram retirados de sua residência no fim de 2021; não se sabe se ele analisou todos;
No começo de junho, advogados de Trump tiveram um encontro com Jay Bratt, o chefe de contra-espionagem do Departamento de Justiça. Pouco antes desse encontro, um dos principais advogados de Trump foi até o local onde os papéis estavam guardados, em Mar-a-Lago, e procurou documentos sigilosos.
Parágrafos ocultados de documento que justifica operação na casa de Donald Trump em Mar-a-Lago
Jim Bourg/Reuters
Representantes do Departamento de Justiça reforçaram que a identidade de parte das testemunhas considerada em risco precisa ser protegida: "Antes de tudo, o governo deve proteger a identidade das testemunhas a essa altura da investigação e garantir a segurança delas".
Essas testemunhas, se tiverem suas identidades reveladas, estão sujeitas a retaliação, intimidação ou assédio —inclusive ameaças físicas; os riscos não são hipotéticos nesse caso, afirmou o Departamento de Justiça.
Reação de Trump
Trump publicou um texto na Truth Social, a rede social dele: "Declaração com muitos trechos ocultados! Nada mencionando 'nuclear', um subterfúgio total de relações públicas do FBI e Departamento de Justiça". O juiz nunca deveria ter permitido o "arrombamento" de sua casa, afirmou Trump. Ele acusa o juiz de odiá-lo.
Ex-presidente americano, Donald Trump, durante comemoração na sua casa de Mar-a-Lago em 21 de dezembro de 2016
Carlos Barria/REUTERS
Carta do advogado de Trump
Junto também foi divulgada uma carta do advogado de defesa de Trump, Evan Corcorcan, que escreveu ao departamento em 25 de maio para reclamar da investigação do Departamento de Justiça.
Leia Mais:
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A divulgação desta sexta já era esperada, já que segue uma determinação da Justiça norte-americana de quinta-feira (25), e lançam mais luz sobre as evidências que justificaram a busca sem precedentes - Trump, ao deixar a presidência, levou da Casa Branca centenas de documentos confidenciais e de propriedade estatal.
O Departamento de Justiça - o equivalente a um Ministério da Justiça - era contra essa divulgação, que, para o órgão, coloca em risco uma investigação criminal em andamento, além de revelar informações sobre testemunhas e tornar públicas técnicas de investigação.
Em 8 de agosto, para recuperar parte desses papéis, o FBI fez uma operação de busca e apreensão na casa de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, que foi revelada pelo próprio ex-presidente.
O que se sabe sobre a operação?
Viaturas policiais na frente da casa de Donald Trump, na Flórida
Terry Renna/AP
Na noite do dia 8 de agosto, o ex-presidente Donald Trump, dos EUA, publicou uma nota na qual afirmava que um grupo de agentes do FBI fazia uma operação em sua casa de Mar-a-Lago.
Não foi uma invasão a força, já que o FBI avisou o Serviço Secreto, que protege o ex-presidente, antes de chegar, de acordo com a rede NBC. Lá dentro, passaram horas revistando a residência. Abriram, inclusive, uma caixa forte.
Após buscas do FBI, apoiadores de Trump se reúnem em frente à casa do ex-presidente
O mandado de busca autorizou agentes do FBI a apreender materiais da residência de Trump em Mar-a-Lago para investigar crimes relacionados à Lei de Espionagem, que proíbe a retenção não autorizada de informações de segurança nacional que possam prejudicar os EUA ou ajudar um adversário.
Junto ao mandado, foi divulgado um inventário do que foi apreendido pelo FBI em Mar-a-Lago: 11 conjuntos de documentos confidenciais, entre os quais havia quatro que eram ultrassecretos e três secretos.
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