Nicolás Maduro diz que militares que saíram às ruas foram pagos; Juan Guaidó convoca novos protestos

Iniciado por noticias, 02, Maio, 2019, 15:01

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Nicolás Maduro diz que militares que saíram às ruas foram pagos; Juan Guaidó convoca novos protestos


   Em comunicado nas redes sociais, Guaidó chamou Maduro de 'tirano que se esconde com medo da população'. Chavista só falou no fim do dia, e negou que tenha perdido apoio militar. Maduro faz pronunciamento
Reprodução/GloboNews
Na primeira aparição pública desde o início dos conflitos na Venezuela desta terça-feira (30), Nicolás Maduro afirmou que os militares que apoiaram Juan Guaidó foram pagos pela oposição. O chavista ainda negou que tenha perdido respaldo das Forças Armadas e o controle da base de La Carlota, em Caracas.
"A base de La Carlota nunca foi tomada. Ela esteve e continuará sob alerta total", declarou Maduro.
Soldado fiel a Juan Guaidó aponta seu fuzil contra forças de Maduro diante da base aérea 'La Carlota' durante confronto em Caracas
Boris Vergara/AP
Durante o pronunciamento, chefe do regime exibiu um vídeo em que um suposto militar favorável a Guaidó afirmava que foi enganado para participar dos atos desta manhã. A autenticidade da gravação não foi confirmada.
ENTENDA A CRISE NA VENEZUELA
QUEM É JUAN GUAIDÓ
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O autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, iniciou um ato perto da base de La Carlota, considerada estratégica para a Venezuela, nas primeiras horas desta manhã. O líder oposicionista afirmava que conquistou o apoio dos militares venezuelanos, o que o regime chavista rechaçou. Houve confronto, e dezenas de pessoas ficaram feridas.
Onde estava Maduro?
Multidão de manifestantes pró-Maduro participa de protesto  em defesa do presidente perto do Palácio Miraflores, em Caracas, a cerca de 10 km da base aérea 'La Carlota'
Matias Delacroix/AFP
A declaração de Maduro desta noite foi a primeira aparição pública desde o início dos novos conflitos em Caracas pela manhã. Até então, ele só havia se pronunciado por meio de mensagens nas redes e por porta-vozes.
"Vamos continuar vitoriosos em todas as conjecturas. Nossa causa é de um povo que não quer ser colônia gringa", afirmou o chavista, em cadeia nacional.
Mais cedo, lideranças chavistas convocaram militantes a um ato em frente ao Palácio de Miraflores, de onde Maduro costuma discursar. O chavista, no entanto, não apareceu.
Venezuela é um país dividido entre chavistas e os opositores
Reprodução/Globo
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse ao jornalista Wolf Blitzer, da CNN, que Maduro estava pronto para deixar o país nesta terça-feira, mas foi convencido pela Rússia a ficar. Posteriormente, o chanceler do regime chavista, Jorge Arreaza, negou a informação.
Guaidó convoca ato no 1º de Maio
Juan Guaidó usa megafone para falar a multidão de cima de um carro em Caracas, após convocar o povo às ruas contra Maduro
Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Em mensagem divulgada nas redes sociais, Juan Guaidó convocou novos protestos para esta quarta-feira (1º). Ele disse, na gravação, que Nicolás Maduro "não tem o respaldo nem o respeito das Forças Armadas".
"Hoje, há possibilidade de uma rebelião pacífica contra um tirano que se fecha por medo da nossa gente", declarou Guaidó.
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Ao lado de Leopoldo López, Juan Guaidó fala a multidão de cima de um carro em Caracas, após convocar o povo às ruas contra Maduro
Cristian Hernández/AFP
O líder oposicionista, inclusive, já havia previsto o que chamava de "maior manifestação da história" para este feriado de Dia do Trabalhador. Segundo ele, a Venezuela está na fase final da "Operação Liberdade", nome dado ao movimento para destituir Maduro do poder.
Nesta terça-feira, o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab – próximo a Maduro –, alertou que o Ministério Público está juntando provas contra os "reincidentes nesta tentativa de atividade conspiratória à margem da legalidade" – o que aumenta o risco de prisão a Guaidó.
Nova etapa da Crise na Venezuela
Juliane Souza/G1
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