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LEIA SEMPRE AQUI / Veneno na feijoada e conversas...
Última mensagem por noticias - 21, Outubro, 2025, 21:43
Veneno na feijoada e conversas 'em código' com irmã gêmea: os passos da polícia para acusar a 'serial killer de Guarulhos'


     Ana Paula Veloso Fernandes é acusada por quatro homicídios qualificados
Reprodução/Polícia Civil
No dia 16 de abril, o 1º Distrito Policial de Guarulhos recebeu uma denúncia que parecia rotineira: um bolo supostamente envenenado havia sido deixado em uma sala da Universidade de Guarulhos (UNG), acompanhado de um bilhete.
Duas alunas estariam sendo ameaçadas, entre elas a estudante de direito Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos. Semanas depois, Ana Paula se tornaria suspeita de ser uma serial killer.
O bolo foi recolhido pela Polícia Civil e enviado para perícia. Mas as câmeras de segurança da faculdade não registraram ninguém entrando com o pacote, o que levantou a suspeita de que quem o deixou ali conhecia bem o campus.
Foi outro detalhe, no entanto, que chamou a atenção dos investigadores: Ana Paula, até então vítima das ameaças, passou a frequentar a delegacia com insistência.
O que define um serial killer? g1 responde dúvidas dos leitores
"Ela alegava que havia alguém a perseguindo, que essa pessoa possivelmente teria enviado o bolo e que poderia estar envolvida na morte de uma amiga dela, ocorrida dias antes", relatou o delegado Halisson Ideiao Leite, responsável pela investigação.
O escrivão Rafael Vello também achou a situação fora do comum. "Não é normal que uma vítima procure tantas vezes a delegacia. Ele teve esse feeling logo no início", contou o delegado.
"O conhecimento que ela demonstrava, mesmo sendo apenas estudante, e a preocupação exagerada chamaram a atenção do escrivão."
Ana Paula afirmava que estava sendo ameaçada por quem deixou bolo na faculdade
Reprodução/Polícia Civil
A partir daí, os policiais passaram a observar Ana Paula mais de perto. "Passamos a ter mais cuidado, pois sabíamos que poderíamos estar diante de alguém que havia forjado o episódio do bolo", disse o delegado.
Até que os detalhes da investigação começaram a aparecer. O número de telefone usado para enviar mensagens ameaçadoras a Ana Paula e à colega havia sido registrado em nome de uma amiga dela um dia antes desta amiga morrer. A coincidência fez a polícia voltar a olhar para este caso.
Maria Aparecida Rodrigues havia conhecido Ana Paula pela internet. Sua morte, em 11 de abril, foi registrada primeiramente como "natural". Mas a polícia descobriu que Ana Paula foi uma das últimas pessoas a estar com ela.
No inquérito, há também o relato de que Maria Aparecida esteve na casa de Ana Paula, onde comeu bolo e tomou café antes de morrer.
Os investigadores intensificaram o monitoramento da estudante, mas tomando cuidados para que ela não percebesse que era investigada.
"Em nenhum momento, comunicamos nossas suspeitas ou indagamos dela. Tentamos deixá-la à vontade e deixá-la próxima para que a gente não perdesse essa possibilidade se, eventualmente, as suspeitas que a gente tinha se confirmassem", continua o delegado.
Dias depois, Ana Paula voltou à delegacia. Desta vez, para registrar uma nova denúncia — contra um coordenador da faculdade.
"Ela apresentou mais uma queixa aparentemente falsa", conta o delegado.
"Quando foi embora, decidimos fazer uma pesquisa mais detalhada em sistemas policiais. Foi quando percebemos que ela aparecia em outros casos de morte."
Novas mortes
A busca revelou dois boletins de ocorrência anteriores em que o nome da estudante estava citado.
O primeiro, de 31 de janeiro, relatava a morte de Marcelo Hari Fonseca, dono de um imóvel em Guarulhos, onde Ana Paula alugava os fundos. Ele foi encontrado morto após comer um sanduíche.
Segundo o relatório policial, Ana Paula confessou ter matado Marcelo após uma discussão e, em seguida, queimou o sofá onde o corpo foi achado, destruindo possíveis vestígios.
O segundo boletim, de 23 de maio, dizia respeito à morte de Hayder Mhazres, um tunisiano de 21 anos que havia conhecido Ana Paula por um aplicativo de encontros.
Ele morreu após tomar um milkshake. A estudante também foi quem chamou o socorro e informou o endereço errado do local, o que dificultou o trabalho da polícia.
"Neste momento, tivemos a certeza absoluta que não se tratavam de terríveis coincidências, mas que ela teria efetivamente participado da morte deles", afirma o delegado.
"Seria impossível uma pessoa estar presente em tantos casos de óbito sem que ela tivesse culpa naquelas mortes", continua.
"Tínhamos a certeza de que se tratava de uma pessoa que estava matando. E isso se tornou, na verdade, uma luta contra o tempo. Tínhamos um tempo escasso, pois sabíamos que ela poderia voltar a matar."
Em depoimento, estudante confessou dois dos quatro crimes atribuídos a ela
Reprodução/Polícia Civil
Em julho, a Polícia Civil pediu à Justiça a prisão temporária de Ana Paula e uma operação de busca e apreensão em sua casa.
No local, os agentes encontraram um frasco de terbufós, um composto químico altamente tóxico usado na agricultura e frequentemente associado a envenenamentos.
"Conseguimos efetivamente confirmar o envolvimento dela em todos os três crimes, não só nos três crimes, mas também, por meio de extrações dos celulares apreendidos, conseguimos identificar um quarto crime."
O quarto crime citado pela polícia ocorreu no Rio de Janeiro. A vítima, Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, pai de uma amiga de Ana Paula, morreu em 26 de abril, após comer uma feijoada preparada pela investigada.
Segundo o inquérito, mensagens de áudio e texto recuperadas dos celulares mostram que Ana Paula teria recebido ajuda de sua irmã gêmea, Roberta Veloso Fernandes.
Nas conversas, elas falavam dos assassinatos por "código": chamavam de "TCC", sigla normalmente usada para se referir aos trabalhos de conclusão de curso de uma faculdade.
As mensagens indicavam planejamento e até a sugestão de que Ana Paula começasse a cobrar pelos TCCs, no mínimo, R$ 4 mil e em dinheiro vivo.
'Sem inteligência para ser serial killer', diz defesa
A Polícia Civil indiciou Ana Paula por quatro homicídios qualificados, que são considerados mais graves por envolverem maior crueldade — pelas mortes de Marcelo Hari Fonseca, Maria Aparecida Rodrigues, Neil Corrêa da Silva e Hayder Mhazres.
O relatório da polícia afirma que Ana Paula "apresenta-se como uma criminosa contumaz, (...) com alto grau de frieza", e que sua liberdade representaria "ameaça concreta à ordem pública".
Por isso, sua prisão temporária foi convertida em preventiva. A investigação também apura a possível participação da irmã gêmea de Ana Paula e de Michelle Corrêa da Silva, filha de Neil, suspeita de ser mandante da morte do pai.
"A Ana Paula é uma serial killer", diz o delegado.
"É uma pessoa que é bastante fria com relação às mortes. Ela realmente não demonstra nenhum tipo de arrependimento e ela é uma pessoa muito manipuladora."
Mas o advogado Almir Sobral, que defende as irmãs, afirma que Ana Paula não tem o perfil de uma assassina em série.
"O serial killer, segundo estudos, planeja, analisa e existe uma logística e a execução é bem manipulada. Ana Paula não tem inteligência para ser uma serial killer."
A defesa elogiou o trabalho da Polícia Civil, mas afirmou que conduz uma investigação paralela e está preocupada com a forma como o caso tem sido divulgado na imprensa.
"Começamos a apuração porque existem muitas ocorrências e muitas testemunhas dizendo coisas que não procedem. Os fatos não são exatamente como estão sendo apresentados. Há distorções que precisam ser analisadas no decorrer do processo", afirmou.
Segundo ele, as provas ainda estão em fase de conclusão, e por isso não se pode "crucificar" as irmãs antes do fim das perícias.
"Os corpos ainda estão sendo exumados. Só depois disso será possível confirmar se houve ou não ingestão de veneno", argumentou.
Sobre a irmã de Ana Paula, o advogado nega qualquer envolvimento nos crimes.
"Ela jamais conheceu o senhor Neil, nunca falou com Michelle e nem teve contato com nenhuma das vítimas. Estão tentando vincular a Roberta a esse homicídio apenas porque ela trocava WhatsApp e ligações telefônicas com a irmã", disse.
Em depoimento à Polícia Civil, Ana Paula confessou ter matado Marcelo Hari Fonseca e Neil Corrêa da Silva, mas negou envolvimento nas mortes de Hayder Mhazres e Maria Aparecida Rodrigues.
Sobral relativiza as declarações de Ana Paula dadas à polícia e não considera suas falas como uma confissão formal. "A defesa, tecnicamente, não encara isso como uma confissão."
Mas ele reconhece que a cliente pode ter envolvimento nos casos.
"Eu não digo que ela é inocente dos quatro casos. Também não digo que ela participou ativamente desses quatro casos. Talvez tenha mais pessoas envolvidas. São fatos que tento apurar."
Universitária diz à polícia de SP que matou animais com veneno
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Source: Veneno na feijoada e conversas 'em código' com irmã gêmea: os passos da polícia para acusar a 'serial killer de Guarulhos'
#2
LEIA SEMPRE AQUI / VÍDEOS: JL2 de terça-feira, 21...
Última mensagem por noticias - 21, Outubro, 2025, 21:42
VÍDEOS: JL2 de terça-feira, 21de outubro de 2025


     Assista às reportagens do telejornal com informações sobre o Pará.

Source: VÍDEOS: JL2 de terça-feira, 21de outubro de 2025
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EU ESCOLHO MEU GOVERNANTE / Protesto em todos os EUA contr...
Última mensagem por marcosbr - 19, Outubro, 2025, 00:58
 Assista aqui os vídeos de quem não quer ter um "rei", muito menos um ditador golpista!
 Este é o cidadão idolatrado pelo gado brasileiro. Um ditador a quem o Bozo fez uma declaração de amor...
 Americanos estão sentindo o gosto do que aconteceu no Brasil.
 Entregaram o poder a pessoas insanas, corruptas e megalomaníacas.
 Se lá não tem um STF, nem um XANDÃO... Os americanos vão ter que lutar muito!

 https://www.poder360.com.br/poder-internacional/protestos-contra-trump-reunem-milhares-nos-eua/

 E pensar que era isto que a direita queria fazer no Brasil...

  

  Até mesmo alguns militares já estão chegando a conclusão que estão sendo comandados por um louco!

   

#4
LEIA SEMPRE AQUI / Frente fria pode trazer chuvas...
Última mensagem por noticias - 17, Outubro, 2025, 23:41
Frente fria pode trazer chuvas fortes em Goiás para o fim de semana


     Chuva de granizo causa estragos em Jataí
Uma frente fria pode trazer chuvas fortes em Goiás para o fim de semana. Segundo o gerente do Centro de Informações Hidrológicas, Meteorológicas e Geológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, a frente fria vem do sul do país e a tendência é que atinja todo o estado, mas principalmente as cidades do Centro-Sul, como Rio Verde, Chapadão do Céu e Castelândia. 
Em Jataí, na região sudoeste de Goiás, uma chuva com granizo causou estragos na quinta-feira (17) (assista acima). Segundo reportagem da TV Anhanguera, uma árvore no meio da Praça Lambari, na região central da cidade, caiu com as fortes chuvas.
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Frente fria pode trazer chuvas fortes em Goiás para o fim de semana, Goiás
Wildes Barbosa/O Popular
Os moradores enviaram para a reportagem vídeos de como foi a chuva em Jataí. Segundo a reportagem, alguns cabos de energia chegaram a estourar com a tempestade na cidade.
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Alerta para 40 cidades
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para chuvas intensas em 40 cidades do estado com ventos intensos de 40 a 60 km por hora (veja lista das cidades abaixo).
Segundo o órgão, a quantidade de chuvas pode ser de 20 a 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia. 
O Cimehgo também alertou para o risco de queimadas em todo estado, além da amplitude térmica que pode começar com 19 °C de madrugada na região sudeste e 38 °C na região oeste de Goiás.
Cidades com risco de chuvas intensas:
Acreúna
Água Limpa
Aloândia
Amorinópolis
Anhanguera
Aparecida do Rio Doce
Aporé
Aragarças
Arenópolis
Aurilândia
Baliza
Bom Jardim de Goiás
Bom Jesus de Goiás
Buriti Alegre
Cachoeira Alta
Cachoeira de Goiás
Cachoeira Dourada
Caçu
Caiapônia
Caldas Novas
Castelândia
Catalão
Cezarina
Chapadão do Céu
Córrego do Ouro
Corumbaíba
Cromínia
Cumari
Davinópolis
Diorama
Doverlândia
Edealina
Edéia
Fazenda Nova
Firminópolis
Goiandira
Goiatuba
Gouvelândia
Guapó
Hidrolândia
📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.
VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Source: Frente fria pode trazer chuvas fortes em Goiás para o fim de semana
#5
LEIA SEMPRE AQUI / 'Estamos inventando a medicina...
Última mensagem por noticias - 17, Outubro, 2025, 23:41
'Estamos inventando a medicina de cativeiro': o hospital que vai tratar reféns libertados pelo Hamas após mais de 2 anos sequestrados


     Steinman diz que trabalhar na unidade lhe ensinou 'a força do espírito humano'.
BBC
Quando os 20 reféns israelenses libertados pelo Hamas nesta segunda-feira (13/10) foram transportados de helicóptero ao Centro Médico Rabin, em Petah Tikva, cidade próxima a Tel Aviv, uma das pessoas que mais os aguardava era a chefe de enfermagem Michal Steinman.
Ali, no setor de atendimento especializado no sexto andar do hospital, Steinman acompanharia o reencontro com familiares após mais de 700 dias de cativeiro, enquanto nutricionistas, médicos e especialistas em saúde mental monitoram e examinam cada etapa da recuperação física e psicológica.
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"É um privilégio", diz Steinman. "Estará entre os dois ou três momentos que vou conseguir lembrar quando eu tiver 70 ou 80 anos. Eles simbolizam muitos valores: como enfermeira, como mãe, como mulher, como israelense."
É a terceira vez que a unidade de atendimento a reféns entra em operação. A BBC visitou o setor no sábado (11/10), quando a equipe de saúde foi informada sobre as identidades das pessoas que atenderiam.
Israel comemora a libertação de reféns pelo Hamas
"Não existe uma área chamada medicina do cativeiro, estamos inventando uma", disse Steinman à BBC. Segundo ela, a equipe aprendeu duas grandes lições nas libertações de reféns anteriores, em novembro de 2023 e janeiro deste ano.
A primeira lição é agir como "detetive médica", tentando compreender o que aconteceu durante aqueles longos dias e noites de cativeiro.
Nos casos anteriores, com reféns muitas vezes desnutridos, algemados e espancados, "havia alterações nos exames de sangue, nas enzimas, que não conseguíamos entender", contou.
Eles também aprenderam que alguns sintomas podem levar dias ou semanas para aparecer.
"O cativeiro deixa marcas que o corpo lembra", diz Steinman. "É possível ver todas essas camadas. Leva tempo para entender o que aconteceu com o corpo e com a alma deles."
"Ainda estamos cuidando dos reféns que voltaram em janeiro e fevereiro e, a cada semana, descobrimos algo novo", afirma.
Esta é a terceira vez que a unidade do Centro Médico Rabin recebe reféns, após acordos de libertação ocorridos no final de 2023 e em janeiro de 2025.
Reuters via BBC
A segunda lição é dar tempo. A equipe envolve um grande número de profissionais de diferentes áreas: nutricionistas, assistentes sociais, especialistas em saúde mental, além de toda a equipe médica.
Cada quarto privativo de reféns libertados tem uma placa de "não perturbe". O clima de hotel é proposital, assim como os kits de cuidado, a decoração acolhedora, a iluminação suave, a cama hospitalar e os monitores. Há uma cama de solteiro extra para aqueles que não querem ficar sozinhos à noite, permitindo que um parente ou acompanhante durma ao lado. Os familiares mais próximos também têm quarto próprio, logo em frente ao do refém libertado.
"Você sabe que profissionais da saúde são orientados por tarefas. Há um cronograma. [...] Mas aqui é preciso dar muito mais espaço. É preciso decidir o que é urgente e o que pode esperar dois dias. É necessário ser humilde e flexível, sem abrir mão da responsabilidade médica", explica Steinman.
Entre essas responsabilidades está determinar o que os reféns, alguns dos quais podem ter perdido mais da metade do peso corporal durante o cativeiro, podem comer e com que rapidez.
A recuperação física é apenas parte da história. Karina Shwartz, diretora de serviço social do Centro Médico Rabin, é outra integrante chave da equipe, responsável não apenas pelos reféns, mas também por seus familiares mais próximos. Eles precisam calibrar delicadamente a dinâmica familiar, saber quando falar e quando permanecer em silêncio, diz ela.
"O mais importante é o que não estamos dizendo", afirma. "Se estamos na sala e alguém nos conta algo muito difícil sobre quase ter morrido no cativeiro, e permanecemos em silêncio, é um silêncio muito alto."
Mas, ao mesmo tempo, é preciso se conter. "Não podemos falar sobre dois anos em uma semana. Os reféns precisam de espaço e tempo. Também precisam de silêncio. Temos que ouvir. Ouvir a história deles."
Karina Shwartz e sua equipe preparam os reféns para deixar o hospital e retornar ao mundo exterior.
BBC
A equipe da unidade de retorno de reféns enfatiza que o trabalho não termina quando os reféns voltam para casa. A reabilitação médica e psicológica continuará, e os reféns também precisam ser preparados, diz Shwartz, para o momento "em que o mundo real chega".
A mensagem que ela e sua equipe tentam transmitir aos reféns e às famílias é que todos vão querer vê-los. Durante dois anos, eles foram figuras públicas.
"Todos vão querer ser amigos. Dizemos a eles: é aceitável dizer não. É seguro dizer não", afirma.
Por enquanto, o nervosismo em torno da expectativa da equipe é quase palpável.
"Vocês deveriam ver minhas mensagens no WhatsApp", comenta Steinman. Ela diz que quase todos os 1.700 enfermeiros do complexo médico se ofereceram para fazer turnos extras na unidade.
"Você volta a ter esperança", afirma. "Trabalhar aqui faz você perceber que a vida e os seres humanos são bons. Você percebe a força do espírito humano."
Ainda assim, o maior prazer, segundo Steinman, será quando o trabalho terminar.
"Esta é a terceira vez que abrimos a unidade. Saber que será a última vez: que quando fecharmos este lugar e dissermos que a missão está cumprida, saberemos que o pesadelo acabou."

Source: 'Estamos inventando a medicina de cativeiro': o hospital que vai tratar reféns libertados pelo Hamas após mais de 2 anos sequestrados
#6
LEIA SEMPRE AQUI / Corina Machado agradece Trump ...
Última mensagem por noticias - 14, Outubro, 2025, 19:14
Corina Machado agradece Trump em 1º declaração após receber Nobel da Paz


     María Corina Machado leva Nobel da Paz 2025
Na primeira declaração direta após receber o Nobel da Paz de 2025 nesta sexta-feira (10), a líder da oposição venezuelana María Corina Machado dedicou a premiação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao povo venezuelano.
Corina Machado também afirmou que a premiação é um "impulso para concluir nossa tarefa" de derrubar o regime de Nicolás Maduro. Ela é uma das principais vozes da oposição democrática ao presidente e vive escondida na Venezuela desde que contestou o resultado das últimas eleições.
"Eu dedico este prêmio ao sofrimento do povo venezuelano e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa!", escreveu Corina Machado em suas redes sociais após o anúncio da premiação.
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Já o governo de Donald Trump, também em sua primeira publicação sobre a laureada, não parabenizou Corina pela premiação e criticou o Comitê do Nobel.
"O Comitê do Nobel provou que eles colocam a política na frente da paz", disse o diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung.
O governo dos Estados Unidos tinha expectativa de que Trump levasse o Nobel da Paz, e o próprio presidente norte-americano disse que ele merecia a premiação por supostamente resolver conflitos globais.
Entenda: Por que Trump não ganhou o Prêmio Nobel da Paz? O que especialistas disseram
No entanto, em uma carta endereçada aos venezuelanos, Corina não mencionou o presidente norte-americano. E disse aceitar a premiação em nome do povo da Venezuela. 
"Com profunda gratidão, aceito a honra de receber o Prêmio Nobel da Paz, que o Comitê Norueguês me confere, e que recebo em nome do povo da Venezuela, que tem lutado pela sua liberdade com coragem, dignidade, inteligência e amor admiráveis", disse Corina no documento.
"Este respaldo imenso mostra que a comunidade democrática mundial entende e compartilha da nossa luta. É um firme chamado para que a transição para a democracia na Venezuela se concretize de forma imediata".
Carta da opositora venezuelana María Corina Machado após receber o Prêmio Nobel da Paz, em 10 de outubro de 2025.
Reprodução/ Redes sociais
"Este imenso reconhecimento à luta de todos os venezuelanos é um impulso para concluirmos nossa tarefa: conquistar a liberdade. Estamos no limiar da vitória e, hoje mais do que nunca, contamos com o presidente Trump, com o povo dos Estados Unidos, com os povos da América Latina e com as nações democráticas do mundo como nossos principais aliados para alcançar a liberdade e a democracia. A Venezuela será livre!", diz o texto.
A fala foi uma referência à disputa que a oposição trava contra o regime de Maduro desde as eleições de 2024, quando o presidente se reelegeu sem apresentar atas eleitorais e com a instrumentalização de todas as instituições governamentais venezuelano, como a autoridade eleitoral, o Congresso e o Tribunal Supremo de Justiça.
Corina Machado afirma que o candidato que representava a oposição, Edmundo González, venceu a eleição com ampla margem e diz ter as atas eleitorais para comprovar. Desde então, a opositora busca ascender ao poder na Venezuela.
Mais cedo, durante uma conversa com o diretor do Instituto Nobel, que ligou para Corina Machado antes do anúncio oficial para informar sobre o prêmio, a opositora venezuelana disse achar que não merecia a premiação.
"Estou honrada e muito agradecida", disse ainda a venezuelana. "Ainda não chegamos lá, mas esta é certamente o maior reconhecimento para o nosso povo".
A líder opositora venezuelana foi reconhecida "por seus esforços persistentes em favor da restauração pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela", segundo o Comitê do Nobel. O prêmio totaliza 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões).
'Uma das vozes mais corajosas da América Latina'
Foto de arquivo: Maria Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, discursa para apoiadores em protesto contra posse de Maduro para um terceiro mandato, em Caracas, em 9 de janeiro de 2025.
Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Foto de arquivo
Ainda segundo o Comitê Norueguês, María Corina Machado foi escolhida por representar "um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos".
O texto do comitê descreve a opositora como uma figura unificadora em um cenário político antes fragmentado, capaz de reunir grupos rivais em torno da defesa de eleições livres e da restauração do Estado de Direito.
"A democracia é uma condição prévia para a paz duradoura. Quando líderes autoritários tomam o poder, é essencial reconhecer os defensores da liberdade que se erguem e resistem", destacou o comunicado.
Corina Machado é fundadora do movimento Súmate, criado há mais de 20 anos para fiscalizar eleições e promover o voto livre no país. Ela se tornou símbolo da resistência ao regime de Nicolás Maduro, enfrentando perseguições, bloqueio de candidatura e ameaças à própria vida — mas, mesmo assim, decidiu permanecer na Venezuela.
"Ela manteve-se no país, mesmo sob grave risco, inspirando milhões de pessoas", diz o comitê.
Infográfico - Os vencedores do Prêmio Nobel 2025
Arte/g1
Democracia sob repressão
Comitê do Nobel liga para Maria Corina Machado para comunicar prêmio
A entidade lembrou que a Venezuela, antes considerada uma democracia estável, mergulhou em uma crise humanitária e econômica sob um regime "brutal e autoritário". Segundo o texto, o país enfrenta pobreza extrema, êxodo de mais de 8 milhões de pessoas e repressão sistemática à oposição, com fraudes eleitorais, prisões e censura à imprensa.
Centenas de milhares de voluntários se mobilizaram como observadores para proteger os votos nas últimas eleições no país, mesmo sob risco de detenção e tortura. O comitê destacou que "os esforços da oposição foram inovadores, corajosos, pacíficos e democráticos".
Segundo o Comitê Norueguês, Corina Machado cumpre os três critérios estabelecidos por Alfred Nobel para o prêmio: promover fraternidade entre nações, reduzir a militarização e trabalhar pela paz.
Pelo testamento de Alfred Nobel (1833-1896), o Prêmio Nobel da Paz deve ser entregue à pessoa ou organização que tenha contribuído de forma significativa para a promoção da paz.
"Ela demonstrou que as ferramentas da democracia também são as ferramentas da paz. María Corina Machado personifica a esperança de um futuro em que os direitos fundamentais dos cidadãos sejam protegidos e suas vozes ouvidas", concluiu o comunicado.
Noruega, e não Suécia
Pela vontade de Alfred Nobel expressa em seu testamento, o Nobel da Paz é o único Nobel a ser entregue na Noruega, e não em sua Suécia Natal.
Entre 1814 e 1905, Suécia e Noruega constituíam um reino unido sob o mesmo monarca e o mesmo corpo diplomático, embora permanecessem Estados distintos, com constituições, leis e até forças armadas separadas. A dissolução foi realizada de forma pacífica.
O Comitê Norueguês do Nobel é formado por cinco membros, todos indicados pelo Parlamento norueguês para um mandato de seis anos. A cerimônia de entrega é realizada em Oslo — desde 1990, na prefeitura da capital.
O evento de entrega ocorre todo dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred, e a medalha é entregue pelo presidente do Comitê. É comum o rei da Noruega estar presente na solenidade.

Source: Corina Machado agradece Trump em 1º declaração após receber Nobel da Paz
#7
LEIA SEMPRE AQUI / Jornais e TVs dos EUA se recus...
Última mensagem por noticias - 14, Outubro, 2025, 19:13
Jornais e TVs dos EUA se recusam a obedecer censura prévia imposta pelo governo Trump no Pentágono


     Trump assina ordem para mudar nome do Pentágono para 'Departamento de Guerra'
Redes de TV dos EUA publicaram nesta terça-feira (14) uma nota conjunta dizendo que não irão obedecer à determinação de censura prévia imposta pelo Departamento de Guerra a jornalistas com acesso ao Pentágono. Elas se juntam a outros veículos que também se recusam a compactuar com as regras da gestão Trump.
No fim de setembro, o departamento passou a exigir que os jornalistas credenciados contem com sua aprovação para publicar qualquer informação que lhe diga respeito, secreta ou não, sob o risco de perderem o acesso ao Pentágono.
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Diversos outros veículos de imprensa também se recusaram a cumprir as novas regras do Departamento de Guerra. Entre as empresas, como publicações e agências de notícias, estão: The New York Times, Reuters, Associated Press, Bloomberg News, The Wall Street Journal, The Washington Post, NPR, Axios, Politico, The Guardian, The Atlantic, The Hill, Newsmax, Breaking Defense e Task & Purpose.
"Hoje, nós nos juntamos a virtualmente todos os outros veículos de imprensa ao nos negarmos a concordar com as novas exigências do Pentágono, as quais restringiriam a capacidade dos jornalistas de manter a nação e o mundo informados de questões importantes de segurança nacional. A determinação é sem precedentes e ameaça proteções jornalísticas básicas", diz a nota.
"Nós continuaremos a cobrir as Forças Armadas dos EUA da forma como cada um dos nossos veículos vêm fazendo por muitas décadas, mantendo os princípios de uma imprensa livre e independente."
O texto é assinado pelos canais ABC News, CBS News, CNN, Fox News Media e NBC News.
A Fox News tende a realizar uma cobertura favorável a Trump, enquanto as outras emissoras costumam adotar uma postura mais crítica aos republicanos.
O secretário de Guerra, Pete Hegseth, era âncora da Fox News antes de assumir o Pentágono.
O porta-voz-chefe do Pentágono, Sean Parnell, declarou em um comunicado na segunda-feira (13): "A determinação não exige que eles (imprensa) concordem, apenas que reconheçam que entendem qual é a nossa política. Isso fez com que repórteres entrassem em colapso total, se lamentando online. Mantemos nossa política porque é o melhor para nossas tropas e para a segurança nacional deste país."
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth
EPA-EFE/REX/Shutterstock
Censura
Segundo o Pentágono, as informações sobre o Departamento de Guerra "devem ser aprovadas para divulgação pública por um funcionário autorizado, antes de sua publicação, mesmo que não seja classificada".
Isso inclui informações coletadas por jornalistas por meio de fontes internas anônimas, fora dos canais oficiais de comunicação.
O descumprimento dessa norma é citado explicitamente como justificativa para que a credencial do jornalista seja casssada. Pete Hegseth defendeu a regra.
"A imprensa já não pode circular pelos corredores de uma instalação de segurança. Use sua credencial e cumpra as normas, ou vá para casa", escreveu no X.
Trump, depois de processar o Wall Street Journal e o The New York Times e se regozijar com a suspensão do programa do comediante Jimmy Kimmel de sua emissora por seus comentários políticos (revertida dias depois), qualificou na sexta-feira como "ilegal" a cobertura midiática que considerou excessivamente negativa sobre ele.

Source: Jornais e TVs dos EUA se recusam a obedecer censura prévia imposta pelo governo Trump no Pentágono
#8
LEIA SEMPRE AQUI / Putin critica Prêmio Nobel e d...
Última mensagem por noticias - 14, Outubro, 2025, 19:13
Putin critica Prêmio Nobel e diz que 'Trump faz muito pela paz'; presidente dos EUA agradece russo


     María Corina Machado leva Nobel da Paz 2025
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou nesta sexta-feira (10) o Prêmio Nobel da Paz, após a premiação de 2025 ser concedida à oposicionista venezuelana María Corina Machado.
Sem defender diretamente a concessão do prêmio para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump -- que esperava ser o laureado --, Putin também disse achar que "Trump fez muito pela paz" no mundo.
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"Houve casos em que o Comitê do Nobel concedeu o prêmio a pessoas que não fizeram nada pela paz. O prestígio do prêmio se perdeu em grande medida", declarou o presidente russo em entrevista coletiva.
Questionado pelos jornalistas se ele achava que o norte-americano deveria ter levado o Nobel, Putin disse que "não sou eu quem tem que decidir isso", mas também afirmou que "Trump resolve muitos problemas complexos e crises que duravam décadas".
Em uma publicação em sua rede social Truth Social, Trump agradeceu o comentário de seu homólogo russo:
"Obrigado ao presidente Putin!", escreveu o presidente dos EUA.
Infográfico - Os vencedores do Prêmio Nobel 2025
Arte/g1
Corina agradece Trump
Carta da opositora venezuelana María Corina Machado após receber o Prêmio Nobel da Paz, em 10 de outubro de 2025.
Reprodução/ Redes sociais
Na primeira declaração direta após receber o Nobel da Paz de 2025 nesta sexta-feira (10), a líder da oposição venezuelana María Corina Machado dedicou a premiação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao povo venezuelano.
Corina também afirmou que a premiação é um "impulso para concluir nossa tarefa" de derrubar o regime de Nicolás Maduro.
"Eu dedico este prêmio ao sofrimento do povo venezuelano e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa!", escreveu Corina em suas redes sociais após o anúncio da premiação.
Já o governo de Donald Trump, também em sua primeira publicação sobre a laureada, não parabenizou Corina pela premiação e criticou o Comitê do Nobel.
"O Comitê do Nobel provou que eles colocam a política na frente da paz", disse o diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung.
O governo dos Estados Unidos tinha expectativa de que Trump levasse o Nobel da Paz, e o próprio presidente norte-americano disse que ele merecia a premiação por supostamente resolver conflitos globais.
No entanto, em uma carta endereçada aos venezuelanos, Corina não mencionou o presidente norte-americano. E disse aceitar a premiação em nome do povo da Venezuela. 
"Com profunda gratidão, aceito a honra de receber o Prêmio Nobel da Paz, que o Comitê Norueguês me confere, e que recebo em nome do povo da Venezuela, que tem lutado pela sua liberdade com coragem, dignidade, inteligência e amor admiráveis", disse Corina no documento.
"Este respaldo imenso mostra que a comunidade democrática mundial entende e compartilha da nossa luta. É um firme chamado para que a transição para a democracia na Venezuela se concretize de forma imediata".
"Este imenso reconhecimento à luta de todos os venezuelanos é um impulso para concluirmos nossa tarefa: conquistar a liberdade. Estamos no limiar da vitória e, hoje mais do que nunca, contamos com o presidente Trump, com o povo dos Estados Unidos, com os povos da América Latina e com as nações democráticas do mundo como nossos principais aliados para alcançar a liberdade e a democracia. A Venezuela será livre!".
A fala foi uma referência à disputa que a oposição trava contra o regime de Nicolás Maduro desde as eleições de 2024, quando o presidente se reelegeu sem apresentar atas eleitorais e com a instrumentalização de todas as instituições governamentais venezuelano, como a autoridade eleitoral, o Congresso e o Tribunal Supremo de Justiça.
Corina Machado afirma que o candidato que representava a oposição, Edmundo González, venceu a eleição com ampla margem e diz ter as atas eleitorais para comprovar. Desde então, a opositora busca ascender ao poder na Venezuela.
Mais cedo, durante uma conversa com o diretor do Instituto Nobel, que ligou para Corina Machado antes do anúncio oficial para informar sobre o prêmio, a opositora veenzuelana disse achar que não merecia a premiação.
"Estou honrada e muito agradecida", disse ainda a venezuelana. "Ainda não chegamos lá, mas esta é certamente o maior reconhecimento para o nosso povo".
A líder opositora venezuelana foi reconhecida "por seus esforços persistentes em favor da restauração pacífica da democracia e dos direitos humanos na Venezuela", segundo o Comitê do Nobel. O prêmio totaliza 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,2 milhões).
Comitê do Nobel liga para Maria Corina Machado para comunicar prêmio
'Uma das vozes mais corajosas da América Latina'
María Corina Machado convocou seus apoiadores a não comparecer às urnas nas eleições venezuelanas de domingo (25/05).
Alfredo Lasry R/Getty Images via BBC
Segundo o Comitê Norueguês, María Corina Machado foi escolhida por representar "um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos".
O texto do comitê descreve a opositora como uma figura unificadora em um cenário político antes fragmentado, capaz de reunir grupos rivais em torno da defesa de eleições livres e da restauração do Estado de Direito.
"A democracia é uma condição prévia para a paz duradoura. Quando líderes autoritários tomam o poder, é essencial reconhecer os defensores da liberdade que se erguem e resistem", destacou o comunicado.
Machado é fundadora do movimento Súmate, criado há mais de 20 anos para fiscalizar eleições e promover o voto livre no país. Ela se tornou símbolo da resistência ao regime de Nicolás Maduro, enfrentando perseguições, bloqueio de candidatura e ameaças à própria vida — mas, mesmo assim, decidiu permanecer na Venezuela.
"Ela manteve-se no país, mesmo sob grave risco, inspirando milhões de pessoas", diz o comitê.
Democracia sob repressão
A entidade lembrou que a Venezuela, antes considerada uma democracia estável, mergulhou em uma crise humanitária e econômica sob um regime "brutal e autoritário".
Segundo o texto, o país enfrenta pobreza extrema, êxodo de mais de 8 milhões de pessoas e repressão sistemática à oposição, com fraudes eleitorais, prisões e censura à imprensa.
Em 2024, Machado foi impedida de disputar as eleições presidenciais, mas apoiou Edmundo González Urrutia, candidato da oposição unificada.
Centenas de milhares de voluntários se mobilizaram como observadores para proteger os votos, mesmo sob risco de detenção e tortura. O comitê destacou que "os esforços da oposição foram inovadores, corajosos, pacíficos e democráticos".
'Os instrumentos da democracia são também os da paz'
O Comitê Norueguês afirmou que Machado cumpre os três critérios estabelecidos por Alfred Nobel para o prêmio: promover fraternidade entre nações, reduzir a militarização e trabalhar pela paz.
"Ela demonstrou que as ferramentas da democracia também são as ferramentas da paz. María Corina Machado personifica a esperança de um futuro em que os direitos fundamentais dos cidadãos sejam protegidos e suas vozes ouvidas", concluiu o comunicado.
Quem é María Corina Machado
Nascida em 1967, na Venezuela, María Corina Machado é uma das principais vozes da oposição democrática ao regime de Nicolás Maduro. Engenheira de formação, com estudos em finanças, ela iniciou a carreira no setor privado antes de se dedicar à política e à defesa dos direitos civis.
Em 2023, anunciou sua candidatura à Presidência da República, mas teve a inscrição barrada pelo regime. Nas eleições de 2024, apoiou o opositor Edmundo González Urrutia, cuja vitória foi negada pelo governo, apesar das evidências apresentadas pela oposição. Leia mais sobre quem é María Corina Machado aqui.
Segundo o Comitê Norueguês do Nobel, Machado recebe o Prêmio Nobel da Paz de 2025 "por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia".
"María Corina Machado mantém acesa a chama da democracia em meio à escuridão crescente", afirma o texto oficial da premiação.
Nobel da Paz
Pelo testamento de Alfred Nobel (1833-1896), o Prêmio Nobel da Paz deve ser entregue à pessoa ou organização que tenha contribuído de forma significativa para a fraternidade entre as nações, a abolição ou redução de exércitos permanentes, e a promoção de congressos de paz.
O ano foi marcado por uma intensa campanha para que o presidente dos EUA, Donald Trump, receba a honraria, capitaneada pelo próprio republicano. Entenda por que Trump não venceu o prêmio.
Analistas já diziam antes do prêmio que as chances de Trump ser agraciado eram praticamente nulas nesta edição.
Entre os nomes apontados como favoritos ao prêmio neste ano estavam o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), as Salas de Resposta de Emergência do Sudão e a ONU, que completou 80 anos neste ano.
"Muita gente diz que eu deveria ganhar o Nobel da Paz", diz Donald Trump na ONU
De 'mercador da morte' a promotor da paz
Nobel foi um químico, engenheiro e inventor sueco. Considerado brilhante, ele fez fortuna com a venda de explosivos, incluindo sua invenção mais famosa, a dinamite, tanto para exércitos quanto para empresas de mineração.
Não é possível saber por que ele decidiu criar o famoso prêmio para a promoção da paz: Nobel estabeleceu a honraria em testamento e, sendo introvertido e solitário durante boa parte da vida, não forneceu explicação para sua escolha.
O que se sabe, é que, oito anos antes de morrer, Alfred deve ter se surpreendido ao abrir um jornal francês e dar de cara com seu próprio obituário — quem havia morrido era seu irmão, Ludvig, mas a publicação se confundiu.
"O mercador da morte está morto", dizia o texto, em referência a Alfred.
Há biógrafos que contestam essa versão e creditam o Nobel da Paz à intensa amizade com a pacifista austríaca Bertha von Suttner.
Busto de Alfred Nobel no prédio onde o prêmio é entregue, em Oslo, na Noruega
Reuters
Noruega, e não Suécia
Pela vontade de Alfred Nobel expressa em seu testamento, o Nobel da Paz é o único Nobel a ser entregue na Noruega, e não em sua Suécia Natal.
Entre 1814 e 1905, Suécia e Noruega constituíam um reino unido sob o mesmo monarca e o mesmo corpo diplomático, embora permanecessem Estados distintos, com constituições, leis e até forças armadas separadas. A dissolução foi realizada de forma pacífica.
O Comitê Norueguês do Nobel é formado por cinco membros, todos indicados pelo Parlamento norueguês para um mandato de seis anos. A cerimônia de entrega é realizada em Oslo — desde 1990, na prefeitura da capital.
O evento de entrega ocorre todo dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred, e a medalha é entregue pelo presidente do Comitê. É comum o rei da Noruega estar presente na solenidade.
Principais ganhadores
Até 2024, 19 mulheres e 92 homens haviam recebido o prêmio. Por 19 vezes, o comitê organizador resolveu não entregar a honraria a ninguém — a última em 1972.
O prêmio foi entregue pela primeira vez em 1901. Naquele ano, os ganhadores foram Frédéric Passy e Henry Dunant. Passy foi um dos fundadores da União Interparlamentar, que media acordos multilaterais entre Parlamentos do mundo todo. Já Dunant foi um dos criadores da Cruz Vermelha.
Em 2024, o Nobel da Paz foi concedido à Nihon Hidankyo, uma organização que representa sobreviventes dos bombardeios nucleares de 1945 em Hiroshima e Nagasaki.
Houve decisões contestadas, como as do diplomata americano Henry Kissinger, em 1973, e a de Barack Obama, em 2009.
Mahatma Gandhi foi indicado cinco vezes para receber o Prêmio Nobel, mas nunca venceu.
Veja, abaixo, outras personalidades e instituições que venceram o Nobel da Paz:
Theodore Roosevelt, ex-presidente dos EUA, em 1906.
Cruz Vermelha, em 1917, 1944 e 1963.
Woodrow Wilson, ex-presidente dos EUA e fundador da Liga das Nações, em 1919.
Cordell Hull, um dos fundadores da ONU, em 1945.
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em 1954 e 1981.
Martin Luther King Jr, ativista norte-americano, em 1964.
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 1965.
Henry Kissinger, secretário de Estado dos EUA, em 1973
Madre Teresa de Calcutá, em 1979.
Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama, em 1989.
Mikhail Gorbachev, ex-presidente da União Soviética, em 1990.
Aung San Suu Kyi, ativista pelos direitos humanos, em 1991.
Nelson Mandela, ativista anti-Apartheid e futuro presidente da África do Sul, em 1993
Médicos Sem Fronteiras, em 1999.
ONU, em 2001.
Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, em 2007.
Barack Obama, em 2009
União Europeia, em 2012
Malala Yousafzai, ativista paquistanesa, em 2014.
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Source: Putin critica Prêmio Nobel e diz que 'Trump faz muito pela paz'; presidente dos EUA agradece russo
#9
EU ESCOLHO MEU GOVERNANTE / Re: DOMINGO NO PARQUE!
Última mensagem por marcosbr - 11, Outubro, 2025, 18:52
 Não fosse a coragem do STF, Forças Armadas lucidas e a indignação da População...
 Poderíamos ter tido um desfecho trágico, se prevalecesse a vontade destes loucos irresponsáveis.
 Hoje viraram piada na internet. Mas cuidado... A loucura ainda não foi sanada!
 Infelizmente ainda restam pessoas contagiadas por esta doença antidemocrática!
 Chega ao ponto de se dizerem "patriotas/evangélicos" e se enrolam nas bandeiras de Israel e dos EUA.
 Seria cômico se não fosse trágico:

 
#10
EU ESCOLHO MEU GOVERNANTE / DOMINGO NO PARQUE!
Última mensagem por marcosbr - 11, Outubro, 2025, 18:33
Alexandre de Morais, também conhecido como "Xandão"... Deixou o termo "domingo no parque" bastante famoso.



Mas agora você vai saber a verdade sobre outras expressões famosas.
Existe uma musica que provavelmente é a origem de:
Olha a faca, E agora José? entre outras...
Ela mostra como um "domingo no parque" pode terminar em tragédia.
Para os jovens... Aí você esta vendo Gilberto Gil, Rita Lee e os mutantes!



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